quarta-feira, 3 de outubro de 2012

“Máscaras”: Último capítulo segue enredo confuso de toda novela e mantém excesso de cenas de violência e trocas de casais


O último capítulo de “Máscaras”, que foi ao ar na Record nessa terça-feira (2), foi tão confuso como começou a ficar toda a novela de Lauro César Muniz, que estreou em março, a partir do segundo mês no ar. A história até começou bem, com um roteiro denso, tratando de um problema delicado que é a depressão pós-parto através de Maria, personagem de Miriam Freeland. Mas, de repente, o foco ficou centrado nas tramas envolvendo uma organização criminosa, nas quais os principais personagens eram Otávio (Fernando Pavão), Elisa (Paloma Duarte), Décio (Petrônio Gontijo), Martim (Heitor Martinez), Novais (Bemvindo Sequeira) e Toga (Marcelo Escorel). E começou um troca-troca desenfreado de identidades e de pares românticos.

O exagero nas cenas de perseguição, tortura, tiros, sangue e olhares raivosos também não faltaram no final. Em alguns momentos o texto chegava a ser até engraçado. Como quando Martim, no meio da tortura que antecedeu seu assassinato, gritou: “Isso é crime!”. Sim, um criminoso que viveu cercado por criminosos esperava o quê? E quando um de seus algozes disse que não iria disparar contra Martim, mas fazer uma roleta russa contra ele próprio e afirmou: “Eu tenho o corpo fechado”, e caiu duro quando a bala entrou por um lado de sua cabeça e saiu pelo outro? Ele próprio se encarregou de “abrir” seu corpo.

De repente, após uma passagem de tempo, aparecem todos na festa de aniversário dos filhos de Otávio e Maria. A maioria das personagens femininas aparece com bebês nos braços. Passa mais um tempo, Elisa é perdoada na Justiça por seus crimes e é condenada apenas a prestar serviços comunitários. E aí acontece a novidade da novela.

Pouco antes do encerramento do capítulo, aparece Elisa saindo de uma festa em uma instituição beneficente, pegando um táxi e, em seguida, o veículo aparece estacionando no Recnov, centro de produção da Record, onde Paloma Duarte desce falando não mais como a personagem da ficção, mas a atriz da vida real.

Enquanto se dirige para o estúdio, onde, segundo ela própria conta, vai gravar sua última cena, Paloma vai mostrando os bastidores da emissora e discorrendo sobre todo o projeto de criação de uma novela. As imagens aí, na vida real, aparecem em preto e branco. Curioso é que a atriz, que chegou a desmentir boatos de que estava insatisfeita com seu papel e de que destratava a equipe, cumprimenta os colegas de elenco, técnicos e demais envolvidos em “Máscaras”, sempre com um largo sorriso. 

E quando retornaram as cores, de volta à ficção, o que se viu foi que, como se nada tivesse acontecido, Elisa estava novamente com Otávio, que já tinha se separado de Maria. E todos se tornaram grandes amigos, convivendo na maior alegria. Só faltou um “foram felizes até que as próximas máscaras caiam”.


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