O último capítulo de “Máscaras”, que foi ao ar na
Record nessa terça-feira (2), foi tão confuso como começou a ficar toda a
novela de Lauro César Muniz, que estreou em março, a partir do segundo mês no
ar. A história até começou bem, com um roteiro denso, tratando de um problema
delicado que é a depressão pós-parto através de Maria, personagem de Miriam
Freeland. Mas, de repente, o foco ficou centrado nas tramas
envolvendo uma organização criminosa, nas quais os principais personagens eram
Otávio (Fernando Pavão), Elisa (Paloma Duarte), Décio (Petrônio Gontijo), Martim
(Heitor Martinez), Novais (Bemvindo Sequeira) e Toga (Marcelo Escorel). E
começou um troca-troca desenfreado de identidades e de pares românticos.
O exagero nas cenas de perseguição, tortura, tiros,
sangue e olhares raivosos também não faltaram no final. Em alguns momentos o
texto chegava a ser até engraçado. Como quando Martim, no meio da tortura que
antecedeu seu assassinato, gritou: “Isso é crime!”. Sim, um criminoso que viveu
cercado por criminosos esperava o quê? E quando um de seus algozes disse que
não iria disparar contra Martim, mas fazer uma roleta russa contra ele próprio
e afirmou: “Eu tenho o corpo fechado”, e caiu duro quando a bala entrou por um
lado de sua cabeça e saiu pelo outro? Ele próprio se encarregou de “abrir” seu
corpo.
De repente, após uma passagem de tempo, aparecem
todos na festa de aniversário dos filhos de Otávio e Maria. A maioria das
personagens femininas aparece com bebês nos braços. Passa mais um tempo, Elisa
é perdoada na Justiça por seus crimes e é condenada apenas a prestar serviços
comunitários. E aí acontece a novidade da novela.
Pouco antes do encerramento do capítulo, aparece Elisa
saindo de uma festa em uma instituição beneficente, pegando um táxi e, em
seguida, o veículo aparece estacionando no Recnov, centro de produção da
Record, onde Paloma Duarte desce falando não mais como a personagem da ficção,
mas a atriz da vida real.
E quando retornaram as cores, de volta à ficção, o que se viu foi que, como se nada tivesse acontecido, Elisa estava novamente com Otávio, que já tinha se separado de Maria. E todos se tornaram grandes amigos, convivendo na maior alegria. Só faltou um “foram felizes até que as próximas máscaras caiam”.
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