Marcelo Tas definiu bem ao anunciar que o “CQC”
dessa segunda-feira (1), na Band, seria “galáctico”, na comemoração de sua
edição de número duzentos. O programa já começou em grande estilo, com a
apresentação da Orquestra de Câmara da Escola de Comunicação e Artes da USP, e,
como não poderia deixar de ser, foi dedicado a Hebe Camargo, apresentadora que
faleceu no sábado (29).
A melhor ideia da edição, sem dúvida, foi colocar
convidados no papel de “aprendizes de repórteres do CQC”, acompanhados de um
integrante do programa, dando dicas de perguntas e como se portar. Participaram
da brincadeira a humorista da MTV Dani Calabresa, a modelo Mariana
Weickert, a culinarista Palmirinha, os músicos Nasi, Luan Santana e Thaíde e a
ex-BBB Jaque Khury. Todos usando devidamente o terno que é marca registrada dos
CQCs.
Acostumada a fazer graça, Dani foi a que mais bagunça fez, deixando no
chinelo até Rafael Cortez, que a acompanhou a uma badalada inauguração de uma
casa noturna em São Paulo. E Palmirinha, que teve como “professor” Ronald Rios,
foi a mais fofa. Ao entrevistar Fiuk, ela largou: “Não pode mentir para a vovó”.
Danilo Gentili apareceu em uma cena gravada na qual ele fingia estar
esnobando a festa dos ex-companheiros. E não faltou nem Rafael Bastos, mostrado
em um vídeo com a entrevista que ele deu a Marília Gabriela após ser demitido
da Band em que dizia que o "CQC" era “um programa de bundão”. A frase acabou virando
piada na edição 200.
O programa só pecou ao fazer uma encenação longa demais de um churrasco
realizado na casa de Marcelo Tas, no qual um integrante zoava com o outro a
respeito de sua infância ou da forma como cada um tinha conseguido ser
contratado para o programa. Ficou cansativo, parecendo ter sido feito apenas
para massagear os egos inflados de todos.
Mas valeu pela divertida participação de Cátia Fonseca, apresentadora do
programa “Mulheres” na TV Gazeta, e rainha das falhas da televisão brasileira que
são mostradas semanalmente no quadro “Top Five”. E pela presença até mesmo da
presidenta Dilma Roussef, que recebeu Marcelo Tas em Brasília durante o
lançamento do Pacto Nacional Pela Redução de Acidentes, e enalteceu a
campanha promovida pelo “CQC”, chamada Não Foi Acidente, contra as mortes
provocadas por motoristas que dirigem embriagados.
Tomara que o crescimento da audiência conseguido por essa edição
especial, que colocou a Band na vice-liderança, estimule os integrantes do programa
a voltarem a fazer um “CQC” com o mesmo espírito de Custe O Que Custar que os
moveu na estreia, em 2008.