sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

“The Voice Brasil”: Quinta temporada com presença desnecessária de Ivete Sangalo se recupera com criatividade em etapa final


É inquestionável que a vitória de Mylena Jardim na final da quinta edição do “The Voice Brasil” da Rede Globo, nessa quinta-feira (29), foi merecida. Não é preciso nem ter o ouvido, a técnica e a sensibilidade de um especialista em música para perceber que a jovem de apenas 17 anos, que começou com a técnica Claudia Leitte e acabou indo para o time de Michel Teló, tem talento. Assim como também mostraram potencial seus concorrentes nessa final, Dan Costa, preparado por Lulu Santos, Danilo Franco, que continuou com Claudia Leitte, e Affonso Capello, do técnico Carlinhos Brown. Um ponto bem forte que valorizou a escolha da campeã foi ela ter entrado no programa cantando Sandra de Sá e encerrou com Tribalistas. Já que é The Voice Brasil, que o vencedor realmente faça por merecer soltando a voz com músicas brasileiras na versão do reality em seu país.

É claro que, desde a primeira temporada, o que não faltam são acusações de que se trata de uma disputa com cartas marcadas desde o início quando 48 candidatos são aprovados em meio a centenas de inscritos, e apenas quatro chegam à final. São acusações de que se trata de um jogo de cartas marcadas no qual vence quem interessa à indústria fonográfica porque vai vender mais discos, vais fazer mais shows, vai ser mais midiático. Também rolam aquelas denúncias de maus tratos feitas por quem participou das seletivas. Não duvido de nada do que dizem, mas gostaria muito de receber vídeos ou áudios que provassem essas acusações. Na Era do celular em que vivemos, não é muito difícil conseguir provas. E como meu objetivo maior aqui é analisar o programa que vai ao ar, não vou perder o foco do resultado final mostrado na televisão.

E, como atração, o programa teve algumas falhas. Como o fato de Milton Guedes ser convidado para fazer uma participação como gaitista, quando Mylena e Danilo abriram o show cantando em dupla, e ficar lá no fundo do palco como mero figurante. Foi até chamado de gênio por Tiago Leiffer, que beirou ao ridículo ao dizer para o músico: “Parabéns, muito bom número”. E Lulu, quando o músico já não estava mais no palco corroborou para os falsos elogios “Ele tem estado na minha banda, sai e entra há 30 anos, é extraordinário”. Estranha colocação. Mas, pior foi a apresentação de Afonso, que foi literalmente engolido no palco por Hamilton de Hollanda e Cíntia Rebelo, ex-participantes que se destacaram nessa competição. Embora tenha sido boa a ideia de os finalistas poderem convidar ex-participantes da temporada para se apresentarem com eles na final. Assim como emocionou a participação dos participantes do The Voice Kids cantando “Vilarejo”.

Sem dúvida, essa quinta temporada acertou ao fazer a Batalha de Técnicos e o Remix. Por outro lado, foi um tiro no pé chamar Ivete Sangalo para ser Super Técnica. A ideia foi tão estapafúrdia que a cantora entrou e saiu de cena sem qualquer explicação ou justificativa. Assim como a presença de Mariana Rios foi totalmente desnecessária. Na final, a atriz acabou virando uma garota-propaganda da Caixa Econômica Federal, patrocinadora do programa. Não fica feio apenas para a imagem dela, não, fica muito pior para a emissora que expõe seus contratados a esse tipo de situação.
Enfim, foi mais uma boa temporada com uma campeã competente. Nada mais.



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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

“Cozinha Sob Pressão”: Na final, campeã apela com um discurso fora de contexto e chef apresenta visual de trama mexicana


Depois de uma semana agitada pela repercussão da final do “MasterChef Profissionais”, na Band, o último episódio do “Hell’s Kitchen – Cozinha Sob Pressão” passou quase despercebido nesse sábado (17), no SBT. Curiosamente, enquanto um movimentou as redes sociais por levantar a questão do machismo nas cozinhas profissionais, o outro, que nessa quarta temporada tentou surpreender por ser a primeira vez que uma mulher comandou a atração, naufragou justamente pela falta de pulso, estilo e personalidade da mesma em uma final. A chef Danielle Dahoui estreou na função bastante insegura ao assumir a missão de deixar de lado a agressividade que é a marca registrada de Gordon Ramson copiada por Carlos Bertolazzi, e exagerou no tom maternal. Foi melhorando seu desempenho no decorrer do programa, mas na reta final voltou a se perder na forma tatibitate de tratar os concorrentes e desandou de vez na final, quando precisava ter uma postura mais madura e incisiva.

Aliás, seu maior erro no último episódio foi ter se colocado como convidada e não como dona do programa. O próprio figurino escolhido para a ocasião merece um comentário à parte. Foi muito estranho ela aparecer no restaurante sem seu doma de chef máxima das duas equipes que estavam na cozinha. Para piorar, faltou bom gosto na escolha do vestido: um preto básico, curto, de mangas compridas e soltas, totalmente inconvenientes em uma cozinha, e uma cintura justa que não favoreceu a silhueta da apresentadora. Assim como o cabelo e a maquiagem que no conjunto faziam lembrar uma personagem de novela mexicana. Nada a ver com a circunstância.

Já na prova entre os três últimos concorrentes, Cris, Gabriel e Maílson, foi legal a ideia de fazer às cegas a avaliação dos pratos para a decisão dos dois finalistas, mas a chef não precisava necessariamente ter ficado em um quarto escuro. O mesmo tipo de avaliação é feito em “Duelo de Mães”, também do SBT, e os jurados não precisam nem ter os olhos vendados, basta ficarem isolados sem saber quem preparou qual receita. Dahoui poderia analisar também a aparência da comida, sem necessariamente saber quem preparou. Além do mais, ficou artificial sua voz trêmula o tempo todo ao falar com os últimos concorrentes. Uma emoção tão forçosamente nervosa que perdeu a naturalidade.

E quando restaram apenas Cris e Maílson na disputa, os dois apelaram demais em seus depoimentos. Cris foi a mais exagerada, dizendo que estava ali “pelas minorias, pelos excluídos”. E Maílson repetiu o velho discurso de estar ali pensando em ajudar seu pai, sua mãe, toda a família. Nesse tipo de competição, o que o público quer ver é uma disputa entre dois competidores empenhados em mostrar seus talentos e, acima de tudo, orgulhosos por estar tendo a oportunidade de buscar a vitória mostrando seus dotes como excelentes profissionais de cozinha. Esses discursos prontos que soam como chantagem emocional podem funcionar em programas como o “Casos de Família”, não em um reality de culinária.

Até mesmo na hora do anúncio de Cris como vencedora, ela voltou a apelar gritando “A primeira mulher!”, e dedicando a vitória “às mulheres e às minorias”. Aí faltou muito de uma atitude mais coerente da direção do programa, que deveria ter se tocado que a participante estava pesando a mão na dose da mesma bandeira. E, para completar, ainda colocou um som épico como música incidental na final, transformando o show ainda mais bizarro, fora de contexto e fora da cozinha. Que sirva de experiência para não repetir a mesma receita na próxima temporada.


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domingo, 18 de dezembro de 2016

“The Voice Brasil”: Candidata é deselegante na reação ao trocar de técnico em fase Remix, novidade que vem agitar a disputa


Depois da decepção de ter anunciado como novidade a presença de Ivete Sangalo na figura de Supertécnica do “The Voice Brasil”, na Rede Globo, e da Batalha dos Técnicos, que também deixou a desejar, a ideia do Remix iniciada nessa quinta-feira (15) finalmente veio mostrar algo de realmente interessante nessa quinta temporada. Nessa fase, os técnicos assistem de frente à apresentação dos candidatos e podem apertar o botão vermelho, mesmo que o candidato já pertença a outro técnico. Dessa forma, a disputa ganhou uma perspectiva diferente e ficou mais interessante não apenas pela competição de vozes como também pela briga entre Carlinhos Brown, Claudia Leitte, Lulu Santos e Michel Teló.

Dentro das regras dessa nova fase, fica até estranho ver um técnico não bater o botão para um candidato do seu próprio grupo, como aconteceu com Teló quando Amanda se apresentou. Acontece que ele já estava com mais candidatos vindos da etapa anterior e a intenção no Remix é igualar o número de candidatos nos quatro times. E é aí que fica evidente que o desejo de permanecer na competição fala mais alto do que qualquer idolatria a qualquer um dos técnicos.

Essa fase começa a evidenciar um fator de sensibilidade pessoal e profissional que tem que ser avaliado no caráter de cada cantor. Soou muito estranho o fato de Mylena Jardim, que pertencia ao time de Claudia Leitte, após ter ficado de fora da competição e ser salva por Michel Teló para continuar na disputa ter dedicado seu tempo a rasgar elogios a sua ex técnica e não ter feito qualquer agradecimento a seu salvador que, não por acaso, também foi um dos que virou a cadeira para ela na primeira fase. Foi indelicado e deselegante.


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“MasterChef Profissionais”: Disputa culinária evidencia batalha de egos e denuncia atitudes machistas recorrentes nas cozinhas


A primeira temporada do “MasterChef Profissionais”, que terminou na terça-feira (13), teve um impacto maior do que talvez a Band previsse ao decidir lançar essa versão inédita do “MasterChef” que tradicionalmente reúne cozinheiros amadores. A questão mais polêmica levantada desde a estreia há três meses, com 14 concorrentes, foi o comportamento machista que há no meio e que ainda não havia sido mostrado tão abertamente diante das câmeras, apesar da quantidade cada vez maior de programas de culinária na televisão. E a primeira campeã foi justamente uma mulher, a paulista Dayse, que à primeira vista não atraiu muito a simpatia do público mas aos poucos foi ganhando admiração por sua sinceridade e simplicidade e surpreendendo com suas receitas improvisadas. Enquanto seu adversário na final, Marcelo, fez uma trajetória inversa, passando do jeito modesto e até tímido para um comportamento exagerado e exibicionista, o que causou certo incômodo até entre seus admiradores, apesar de toda sua genialidade, ousadia e técnica na elaboração dos pratos.

A vitória de Dayse atraiu a atenção até da mídia internacional, que chamou a paulista de “heroína feminista”, enquanto Marcelo, também paulista e de origem libanesa, incomodado e inconformado com a derrota, declarou à imprensa nacional que “brasileiro gosta de fracos e oprimidos”. A frase não foi feliz, mas é preciso reconhecer que Marcelo não foi o representante maior do machismo evidenciado no programa. Talvez sua característica mais forte mesmo seja mesmo o espírito acirrado de competidor que não admite perder para ninguém, seja homem ou mulher, e o deixa obcecado pela vitória. Não se pode, porém, fazer o mesmo tipo de defesa em relação a Ivo, que usava seus 25 anos de experiência como justificativa para se sentir superior a todos.

Logo nos primeiros episódios, o veterano já mostrou sua visão machista ao ser chamado para ajudar Priscylla em uma prova em grupo e ter deixado a participante totalmente desestruturada emocionalmente por sua forma agressiva de tratá-la como se ela fosse sua subordinada. Em uma prova mais recente, Ivo chegou a mandar Dayse varrer o chão, enquanto ele dominava a condução da cozinha. A calma como ela reagia às provocações era consequência de sua própria experiência e por já conhecer o temperamento do ex chefe. Elegância que ela demonstrou também à provocação de João, que gritou um “Vai, gordinha”, do alto do mezanino, justamente enquanto ela cozinhava durante a final, para tentar desestabilizá-la. Aliás, se houvesse troféu para os mais rejeitados do programa por seus comportamentos, João e Ivo seriam fortes concorrentes. Priscylla correria por fora como candidata a bibelô fora da casinha (ou seria fora da cozinha?), já que não conseguia preparar um prato sem pedir ajuda aos colegas. E ao ser eliminada num programa no qual um preconceito maior falava mais alto, disse que era sua beleza que incomodava.  

O que ficou claro nessa versão inédita do MasterChef é que a competição entre profissionais pode acabar indo além da simples disputa culinária e desencadear também uma batalha paralela de egos. Ali não são pessoas com outras profissões que resolveram arriscar como cozinheiros amadores e talvez mudem o rumo de suas vidas para começar a investir em culinária. Ali são profissionais que estudaram gastronomia, têm formação e prática em cozinhas renomadas e se comportam com certo grau de auto suficiência e confiança que não fazem parte do perfil de novatos. Até Ana Paula Padrão sentiu essa diferença durante a entrevista que fez com João, quando o professor foi eliminado e a chamou de “leiga”. Na gravação da prova final, a apresentadora não perdeu a chance de fazer referência à forma como foi chamada pelo participante. Ou seja, até o ego da jornalista ficou mexido.
Por falar em gravação da final, a emissora aprendeu a lição e parece ter deixado de lado definitivamente a ideia de fingir um ao vivo quando a parte mais importante do programa, que é a prova entre os dois finalistas, foi realizada previamente. Tiveram inclusive o cuidado de fechar a parte gravada com uma mensagem emocionada de Ana Paula, dos três jurados, Érick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carossela, e dos dois finalistas, Dayse e Marcelo, sobre a jornada de todos nessa competição.   

E no último bloco Paola se superou em seu discurso* antes do resultado ao vivo, “Você escolheu uma profissão que ainda é dominada pelos homens. (...) Às vezes, a gente tem que ouvir umas idiotices que eu vou te falar, né?”, afirmou Paola. Acima e além de qualquer tipo de preconceito ou machismo, o que faltou mesmo a Marcelo na final foi educação. Ele foi extremamente deselegante ao nem ao menos parabenizar a adversária pela vitória. Dayse foi quem lhe estendeu a mão para cumprimentá-lo por estar ali com ela na final. Se não lhe cabe o título de machista, cabe o de mau perdedor. E quem não sabe perder não merece vencer.


*Discurso de Paola:
“Assim como eu, assim como Ana, você escolheu uma profissão que ainda é dominada pelos homens e eu acredito que assim como foi para mim e para outras mulheres não tenha sido nada fácil. Às vezes, a gente tem que ouvir umas idiotices que eu vou te falar, né? Mas o bom é que você que está aí, e isso quer dizer muitas coisas. Você não está aí por ser mulher, você está aí por ter um talento inacreditável e por cozinhar bem pra caramba. Nós jurados não vemos gênero, nem cor, nem religião, nem cintura, nem altura, nem se é simpático ou se não é, nós vemos pessoas e nosso trabalho é julgar pratos. Pratos que nos surpreendam porque têm autenticidade, criatividade, sabor e alma. A sua comida tem tudo isso. Você hoje pode ganhar ou não, não importa, mas você já ganhou uma coisa que talvez você não saiba, mas abriu os olhos para nós, eles, o país ou o mundo inteiro para começar a olhar sem gênero, sem gênero, 
com características diferentes, dois cozinheiros incríveis, parabéns aos dois”.

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

“The Voice Brasil”: Competição perde seriedade e comprometimento em fase que mostra técnicos brincando de duelar


A “Batalha dos Técnicos” do “The Voice Brasil”, da Rede Globo, estreou na quinta-feira (1) marcou também a fase ao vivo, mas estava tudo tão bem ensaiado que parecia até ter sido gravado previamente. O que não confirma essa suspeita é o fato de que agora quem decide quem continua na competição é o público através de votação pela internet ou via SMS. A novidade, aliás, desconcertou até Tiago Leifert, deixou o palco que após anunciar a primeira dupla de candidatas e voltou correndo dizenque tinha esquecido de dar os números para votação. “Ao vivo”, afirmou no ato Lulu Santos, mas com um certo tom de ironia na voz. Ficou estranho também quando o apresentador chamou a assistente de palco com o primeiro resultado da votação, e o cantor, do nada, falou: “Vê se ela tropeça agora”. E Claudia Leitte acrescentou: “Vai devagar dessa vez, por favor”. Como assim “tropeça agora” e “devagar dessa vez”, se era a primeira dupla a se apresentar na noite e ninguém apareceu tropeçando no ar? Afinal, é ao vivo mesmo ou foram falhas ocorridas no ensaio?

Na “Batalha dos Técnicos”, uma novidade criada nessa quinta temporada, Lulu, Claudia, Carlinhos Brown e Michel Teló se enfrentam através do duelo entre um candidato de cada time. O primeiro time é decidido através de sorteio, o técnico sorteado escolhe a voz de um outro time para o desafio e o técnico do outro time, por sua vez, escolhe uma outra voz do time adverso sorteado para duelar com alguém do seu time. E o primeiro sorteio já aconteceu com jeito de armação, quando Tiago Leifert pega uma urna e tira de lá o cubo com a cara de Claudia Leitte, sem mostrar os demais cubos. Ninguém sabe se não era apenas ela que estava na tal urna. Aí imediatamente os dois técnicos escolhem quem vai cantar. E em poucos minutos os dois candidatos já estão no palco com a banda devidamente preparada para tocar a música escolhida por cada um. E após se apresentarem, os votos são computados e a porcentagem do vitorioso aparece na tela numa velocidade espantosa.

Com tanta eficiência, a competição deveria acontecer desde o início ao vivo. Afinal, nem Ivete Sangalo, a “supertécnica”, fez muita diferença ao sair de cena sem qualquer despedida após uma participação relâmpago enquanto o programa era assumidamente gravado. Assim como Mariana Rios continua queimando seu filme de atriz ao assumir uma função que tem menos destaque até mesmo que o das assistentes de palco do “Domingão do Faustão”.




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sábado, 3 de dezembro de 2016

“Cozinha Sob Pressão”: Dahoui volta a tratar cozinheiros como crianças no jardim de infância e não deixa Maílson se defender


A direção do “Hell’s Kitchen – Cozinha Sob Pressão” do SBT estava tão preocupa em inovar colocando uma mulher no comando da competição que acabou deixando a desejar na seleção dos participantes. Enquanto a chef Daniella Dahoui oscila entre momentos que parece estar se superando como apresentadora e outros que volta a não mostrar segurança na função, os cozinheiros que ela comanda vão de mal a pior. Já na reta final da quarta temporada os cozinheiros finalistas têm mostrado um desempenho totalmente aquém do esperado.

No programa de sábado (26), a cozinha do restaurante foi até fechada sem que os clientes fossem devidamente atendidos por conta de erros absurdos, como servir peixe com espinha e arroz de lula com casca de nozes. E aí a culpa é de quem selecionou candidatos tão despreparados, da chef que não sabe se impor ou da direção do programa que está direcionando a competição de forma amadora? Mais uma vez, nesse mesmo episódio, os concorrentes foram tratados como crianças, tendo que se vestir de bailarinas e fazer um tipo de paródia do balé Quebra Nozes. Uma cena constrangedora para eles e para quem assistiu.

Curiosamente, o serviço foi ladeira abaixo justamente após a eliminação de Flora, no episódio anterior, que era considerada a competidora que mais desestabilizava a todos na cozinha. Inclusive a própria Dahoui. Ora, se a gaúcha era quem prejudicava o bom desempenho de todos por ser hiperativa, falar muito e acirrar o clima competitivo, então por que o serviço não fluiu melhor sem a sua presença?

E por que agora a chef fica o tempo todo acompanhando de perto o grupo cozinhar, coisa que antes não acontecia? Será que é porque está faltando a presença de alguém que movimente a disputa? Aí quando Maílson, o único a ter coragem de se defender quando Dahoui colocou todos na eliminação, a chef o condenou por estar tentando livrar a própria pele. Ora, se ele tinha consciência de que tinha feito a parte dele, não era justo se defender? Ele apenas queria saber onde tinha falhado no seu comprometimento. E ela deu uma resposta evasiva, generalizando e distribuindo a culpa entre todos sem assumir a própria responsabilidade. Ou seja, mais uma vez ela adotou a postura professoral que tinha nos primeiros episódios, tratando todos como se fossem crianças no jardim de infância.

Realmente, essa está sendo uma temporada de cozinha para iniciantes. Tanto para os participantes quanto para a chef apresentadora, que com sua inexperiência diante das câmeras vem eliminando os cozinheiros com um pouco mais de competência do que a média dos selecionados em prol dos que “se comportam” de forma que “não coloque o dela na reta”. Como a própria gosta de repetir. Parece que a experiência Hell’s Kitchen está sendo mesmo para a própria Dahoui na televisão.


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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

"MasterChef Profissionais": Ivo é eliminado, Marcelo exagera na torcida e Dayse reforça que há machismo nas grandes cozinhas


A eliminação de Ivo no “MasterChef Profissionais” dessa terça-feira (29), na Band, foi uma verdadeira explosão não de sabores mas de sentimentos, ações e reações. Teve Paola Carossela se emocionando ao anunciar a eliminação do participante, teve Érick Jacquin gritando para Marcelo conter sua comemoração no mezanino por Dário ter se salvado e teve o próprio Ivo chorando na entrevista de despedida. Mas suas lágrimas não esconderam a postura machista que manifestou desde o começo do programa. Quando Ana Paula Padrão perguntou quem iria ganhar, Ivo apontou Marcelo ou Dário. “E a Dayse, é uma aluna bacana, né?”, indagou a apresentadora. “Ela é teimosa, mas está surpreendente, espero que se dê muito bem também”, falou o cozinheiro, não conseguindo disfarçar o mesmo incômodo demonstrado outras vezes em que sua ex-assistente o superou nas provas.

Considerado o veterano da competição por ter 25 anos de atuação no mercado, Ivo se equivocou ao acreditar que ser mais experiente que os outros bastaria para ele ganhar o jogo. Logo na primeira prova desse episódio 9, que consistia fazer três técnicas diferentes de um produto, cujo convidado foi um estudioso da gastronomia brasileira, Ricardo Maranhão, Dário mostrou-se confiante por ter participado recentemente de uma palestra do historiador. Ou seja, ele é jovem, tem pouca experiência, mas está buscando novos conhecimentos também fora da cozinha.

E como o próprio Ivo afirmou no começo do programa: “Tem hora que a gente não está no dia bacana, não está no dia ideal”. Não foi um bom dia para ele, que se deu mal na prova Surf and Turf, que consistia em combinar proteínas do mar e da terra. Mas além de perder a competição, o cozinheiro também perdeu a chance de ter deixado uma imagem menos machista e autoritária. A tal humildade citada por Ana Paula Padrão no vestiário não correspondeu ao que foi mostrado ao longo dos episódios anteriores nos quais foi visível a forma grosseira como Ivo tratou primeiro Priscylla, desestabilizando a cozinheira que já eliminada, e depois Dayse, que não deixou se abalar nem quando seu ex “chefe” sugeriu que ela pegasse uma vassoura e varresse a cozinha, e agora é semifinalista. Numa posição orgulhoso e arrogante, Ivo nem correspondeu plenamente ao abraço de Dário na sua despedida.

Mas quem extrapolou mesmo foi Marcelo na comemoração exagerada quando Dário subiu ao mezanino. Com um comportamento descontrolado e tentando chamar a atenção falando em voz alta, levou Jacquin até a gritar três vezes “Menos!”, para ele respeitar o momento do eliminado. Paola também ficou incomodada e, após acompanhar Ivo até a porta de saída, olhou para o mezanino e fez um sinal para eles abrirem o olho.

Realmente é constrangedora a forma como Marcelo demonstra sua ojeriza por Dayse e a preferência por ter outro homem com ele na final. Mais irritante ainda é seu comportamento no mezanino, o tempo inteiro fazendo comentários pessoais sobre os outros que estão cozinhando, mas sempre com o olhar nervoso voltado para os jurados ou para os câmeras. Entre as pérolas ditas por Marcelo, sozinho no mezanino, estão: “Se essa mina ficar vai ser a maior roubalheira da face da Terra” e “Me surpreenda e me faça calar a boca”. Ficou tão evidente que era proposital as críticas contra a receita de Dayse que Paola até o chamou para descer e provar o prato da concorrente depois de pronto. E ele teve que enfiar a viola da prepotência no saco e reconhecer que a única mulher que resta na competição tinha criado uma receita deliciosa. 

“Eu deveria mostrar pro Marcelo que sou uma boa cozinheira, mas não estou nem aí pra ele”, afirmou Dayse, tranquilamente. Foi sem rancor também que ela subiu ao mezanino como melhor dos melhores na prova de eliminação, sendo recebida com reverências por Marcelo. “Olha a falsidade”, debochou Fogaça, diante da postura contraditória do cozinheiro. Enquanto isso, o conceito de Dayse, que no começo não despertou muito a simpatia do público, só vem subindo no programa. Foi curioso no clipe que mostrou um pouco da sua trajetória ela ter contado que já teve que enfrentar situações difíceis nos seus 12 anos como chef de cozinha, principalmente por causa do machismo que impera no meio. “Eu tive um subchefe que sabia onde eu poderia chegar e dava até tapa na minha cara”, contou ela, levando na esportiva e acrescentando: “Se eu não tivesse engolido esses sapos talvez não estivesse aqui agora, né?”. Coincidência ou não, depois de Fádia, eliminada no episódio anterior, agora é uma semifinalista que denuncia o preconceito de homens em relação a mulheres nas cozinhas profissionais. Parece sintomático...



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domingo, 27 de novembro de 2016

“Duelo de Mães”: Disputa destoa ao mostrar modelo como mãe famosa solitária, sem qualquer citação sobre os filhos trigêmeos


No ar há um mês, “Duelo de Mães” vem apresentando um resultado satisfatório em termos de audiência nas noites de sábado no SBT, logicamente dentro dos índices geralmente atingidos pela emissora. Sem grandes pretensões, o programa que mostra uma competição de culinária entre mães de famosos ou mães famosas agrada principalmente pelo cenário divertido, pela edição enxuta e pelo carisma de Ticiana Villas Boas como apresentadora. Mas o episódio exibido nesse sábado (26) destoou dos dez que foram ao ar anteriormente por não ter seguido a máxima do título. Os convidados famosos eram o estilista Alexandre Herchcovitch e a modelo e apresentadora Isabella Fiorentino. Mas apenas ele foi acompanhado de sua mãe, dona Regina, enquanto Isabella apareceu sozinha na tradicional apresentação dos competidores da vez, em que mães e filhos aparecem nas duas janelas do cenário.

Ficou estranho porque a própria apresentadora abriu o programa dizendo: “Bem vindos a mais um duelo de mães, uma competição emocionante entre duas mães de famosos em busca do título de melhor cozinheira e ao prêmio de R$ 5 mil”. É compreensível que os trigêmeos de Isabella, Lorenzo, Nicholas e Bernardo, estão com apenas 5 anos, mas eles nem ao menos foram citados em nenhum momento por Ticiana. Se as crianças não podiam comparecer, até porque uma delas sofre de um problema motor, então porque a modelo não levou a própria mãe para cozinhar? Ou até mesmo a sua sogra, como fez a cantora Wanessa quando participou do programa. Inclusive, Tania Buaiz duelou na cozinha com a cantora Vanessa Jackson, que levou os três filhos, também crianças.  

Aí, enquanto na torcida de dona Regina o filho Alexandre levou o pai, dois cunhados e seu assistente, na torcida de Isabella estavam seu pai, duas irmãs e duas amigas. A mãe da modelo, Jane, não foi nem para torcer pela filha. O fato de não estar seguindo a proposta original do programa complicou também quando chegou a segunda e decisiva prova, na qual as “mães” devem preparar uma receita proposta pelo chef renomado da vez. Nesse episódio o convidado foi o chef Salvatore Loi, que sugeriu o preparo de uma salada especial de alface frisée crocante perfumada com infusão de baunilha, vieiras e mussarela de búfala.

Nessa última etapa a avaliação é feita às cegas por dois integrantes da família de cada cozinheira. Quem avaliou do lado de Regina foi o filho e o marido, e da parte de Isabela foi o pai e uma das irmãs. E aparece Ticiana anunciando: “Chegou a hora de escolher o prato preferido e correr o risco de votar contra a mãe da própria família”. Como assim, a modelo é “mãe da família”? Ficou estranho. Felizmente, depois de ter perdido a primeira prova para Isabella, dona Regina recebeu três votos contra um da outra mãe solitária e comemorou a vitória com o filho Herchcovitch. Tomara que nos próximos episódios os duelos voltem a ter novamente a presença de mães e filhos de ambos os lados.


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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Em resultado justo, Cristopher Clark vence em votação popular e supera marketing de jovens candidatos


A vitória de Cristopher Clarck, de 43 anos, no “X Factor Brasil”, da Band, nessa quarta-feira (23), foi uma espécie de sinalizador que se acendeu indicando que ainda é possível ver um resultado justo em competições musicais em que é sabido que geralmente pesa mais os interesses do mercado da indústria fonográfica do que o talento do candidato. Ainda assim, ficou visível que a presença do Ravena entre os três finalistas foi injusta quando, logo na abertura do programa houve a apresentação do Top 10 da competição, e lá estavam cantores muito mais competentes, como Heloá, Naomi, Rafael e Miguel. Felizmente, o grupo formado dentro do programa ficou em terceiro lugar. Ficou no ar apenas a dúvida se essa colocação não foi consequência das inúmeras denúncias feitas na internet de que na última apresentação as meninas foram beneficiadas por um playback. Se sim ou não, valeu a disputa final ter ficado mesmo entre Cristopher e Jenni Moselo.

Como apresentadora, a atriz Fernanda Paes Leme interpretou bem seu papel mostrando desenvoltura no palco e também que tem bagagem nas suas relações interpessoais no mundo das celebridades. Isso conta ponto não apenas na sua interação com jurados, participantes, convidados, como na identificação com quem está na plateia. Também teve a ver as atrações musicais da noite ter artistas que participaram do programa na fase de treinamento dos candidatos, como Ludmila e Tiago Iorc, além do Jota Quest. No quesito candidatos, essa primeira edição do “X Factor Brasil” mostrou que temos, sim, cantores com qualidade vocal à espera apenas de uma oportunidade. Claro que apareceram “calouros” no meio do caminho, mas eles também são necessários para dar o toque de entretenimento.

Aliás, os jurados, o ex-Titãs Paulo Miklos, o vocalista do NX Zero Di Ferrero, a cantora Alnne Rosa e o produtor musical Rick Bonadio, oscilaram entre realmente levar a sério suas funções de julgar ou tentarem entreter e ganhar audiência através de gracinhas e briguinhas encenadas para criar polêmica. Miklos decepcionou com suas defesas do Ravena, Di fazia cara blazé como se nem ele soubesse o que estava fazendo ali, Alinne foi divulgar seu trio elétrico e Rick abusou na indelicadeza ao avacalhar os candidatos dos outros mentores. O que fica mais evidente é que a profissão de jurado deve ter ficado lá no passado. É recorrente a carência de profissionais que atendam fielmente o posto nos programas de competições musicais que temos visto ultimamente. Mas o resultado do conjunto da obra dos 26 episódios do primeiro “X Factor Brasil” agradou a direção da emissora e a Band já confirmou uma segunda temporada em 2017.


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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

“MasterChef Profissionais”: Fádia denuncia que postura machista vista no programa é uma realidade nas cozinhas profissionais


Nessa altura do “MasterChef Profissionais”, da Band, em que restaram realmente grandes cozinheiros, a saída de Fádia da disputa no episódio dessa terça-feira (22) fez a diferença, apesar de todo o nervosismo durante as provas, a elegância e consciência do próprio valor demonstrado pela eliminada. Na disputa com Dayse, Dário, Ivo e Marcelo por uma vaga na semifinal, a candidata mais uma vez mostrou uma personalidade peculiar em relação aos demais ao fazer uma despedida sem drama dos jurados, Érick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella. Pelo contrário, de forma confiante e segura, Fádia convidou os três chefs a serem padrinhos do restaurante que vai abrir em breve.

E, diferentemente de outros eliminados que aproveitaram o momento da despedida com a apresentadora Ana Paula Padrão no vestiário onde todos deixam seus domas para desabafarem suas mágoas e tristezas, Fádia fez desse um momento único para manifestar sua vontade de imprimir sua marca no mercado. “Essa é uma oportunidade muito grande de nós termos um reconhecimento no mercado que infelizmente na nossa profissão é muito difícil ter. O mais importante para mim não é o valor em dinheiro, eu acho que todo mundo entrou aqui com o princípio de mostrar o seu trabalho, de mostrar porque escolheu isso como profissão”, falou ela, sem nem ter ideia que momentos antes a edição mostrou Dayse em um depoimento afirmando que para ela não importava ser considerada a mais fraca desde que saísse com o prêmio no bolso. 

Mas Fádia também foi a primeira a falar sobre a postura machista que existe no ambiente da cozinha. E, pelo jeito, não é apenas no programa que isso acontece. “Tem os machistas aí que não aceitam nossa presença dentro de uma cozinha mais corrida, mais puxada, só que desde que eu coloquei isso na minha cabeça de seguir isso como profissão, eu disse, eu sou mulher mas tenho competência para estar no lugar de qualquer um”, disse ela, com voz trêmula, emocionada, mas muito verdadeira.

Um exemplo de bom caráter que a candidata mostrou ao longo de sua trajetória na competição, como quando auxiliou Priscylla por achar que ela era “frágil emocionalmente”, ou quando não contestou na prova em que teve que destrinchar um cordeio quando havia dois homens em sua equipe, Marcelo e João. Em nenhum momento ela usou como desculpa ter se prejudicado por ajudar outros concorrentes, como aconteceu quando cedeu suas claras de ovos para Dário e ainda deixou seu suflê passar do ponto no forno porque poderia prejudicar o mesmo colega. 

Enfim, Fádia pode ser uma daquelas participantes que, infelizmente, não rende muito ibope porque não cria polêmicas nem gera discussões. Mas, com certeza, deixou um bom exemplo de ética e profissionalismo e ainda vendeu o peixe do restaurante que vai abrir com um marketing bem positivo.


 


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sábado, 19 de novembro de 2016

“Rock Story”: Destaque para tramas ágeis e bem costuradas e para interpretações e direção minimalistas em universo musical


Em dez capítulos, “Rock Story”, novela das sete da Rede Globo que estreou na quarta-feira (9), conseguiu cumprir o básico do que se espera de um folhetim em qualquer horário que seja exibido: envolver o público na história logo nas primeiras cenas, deixar que saiba quem é quem e que a expectativa sobre o que vem depois aconteça naturalmente a partir de ganchos realmente instigantes. De autoria de Maria Helena Nascimento, as tramas partem da simplicidade para desembocar em dramas que poderiam ser pesados, não fossem tratados com sutileza pela direção geral assinada por Dennis Carvalho e Maria de Médicis, que está afinada com o texto não apenas na estética visual quanto no direcionamento da interpretação do elenco.

A novela poderia suscitar a ideia de ser apenas mais um produto romanticamente pueril ao ser anunciada como “uma história de música movida a amor e uma história de amor movida a música” e que o foco seria a rivalidade entre Gui (Vladimir Brichta), um roqueiro da antiga, e Léo (Rafael Vitti), mais um jovem saído diretamente da máquina fonográfica que visa apenas produzir artistas vendáveis em larga escala. Mas não foi o que aconteceu. Logo na primeira semana se viu que o foco será muito mais abrangente, maduro e complexo. O universo musical serve muito mais como pano de fundo de outras histórias.

Uma aposta bem feita está no fato de Alinne Moraes ter sido escalada para ser a antagonista de Nathalia Dill, atrizes que trazem o DNA de heroínas marcantes em novelas recentes. É claro que dá um tempero extra o fato de ambas terem que defender com muito mais garra suas personagens. Alinne é Diana, a mulher de Gui, que vive dividida entre a vida familiar com o marido e a filha e a adrenalina de manter um caso extraconjugal com Léo, e Nathalia é Júlia, que tem sua vida pacata virada do avesso após ser enganada pelo namorado, Alex (Caio Paduan), que na verdade é um traficante, acaba sendo perseguida pela polícia e assume a identidade de sua irmã gêmea, Leonora, que mora nos Estados Unidos.

Além de Alinne, Nathalia e Brichta, o ator Nicolas Prates também está mostrando que a escola de “Malhação” lhe fez muito bem e vem encarando com segurança as cenas de Zacarias, filho do primeiro casamento de Gui. A relação entre pai e filho segura boa parte da novela não só pelo contexto quanto pela química entre os dois atores. Por outro lado, se era essa a ideia, Rafael Vitti também está se saindo bem em despertar uma ojeriza natural ao perfil de jovens astros como Léo.

E fora do eixo central, destaque para Danilo Mesquita, que interpreta Nicolau, filho único de Haroldo (Paulo Betti) e Gilda (Suzy Rêgo), que descobre sozinho ter câncer e resolve manter segredo para não causar sofrimento a seus pais. O ator, que participou de “I Love Paraisópolis” na Globo e fez o rebelde Tales em “Os Dez Mandamentos” na Record, vem se saindo bem e tem tudo para aproveitar a oportunidade de fazer do drama de seu personagem um trampolim para sua carreira.    

“Rock Story” poderá não ser um fenômeno, mas começou melhor do que outros folhetins da emissora no ar atualmente. Mesmo tendo o universo musical como pano de fundo, tem uma história mais coerente e contada com agilidade, enquanto outras parece estarem investindo menos em conteúdo e mais em clipes de imagens que vendam a trilha sonora da novela.


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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Público manda melhores candidatas, Heloá e Jenni, para repescagem e Diego é o primeiro eliminado da noite


O resultado da noite de eliminação do “X Factor Brasil”, da Band, nessa quarta-feira (16), mostrou que de nada adiantou o conselho que o produtor musical Rick Bonadio deu na semana passada: “O público deve ficar atento na hora de votar, pois estão deixando grandes talentos de fora”, alertou o jurado. Diego foi o primeiro a ser eliminado por ter sido o último na lista de votação pela internet ou via SMS. O que não chegou a ser uma grande surpresa, pois nas noites anteriores ele já tinha ficado entre os menos votados. O que realmente causou espanto na noite foi Heloá deixar o programa por acabar em mais uma repescagem justamente com Jenni. Sem sombra de dúvida, ambas sempre estiveram entre os melhores dessa temporada. E diante do empate na decisão final dos quatro jurados, valeu novamente a votação do público, que acabou salvando Jenni.

Não foi à toa que Alinne Rosa, mentora das duas, ficou indignada ao vê-las disputando a última vaga na semifinal. “Não estou acreditando de estar nessa situação absurda”, esbravejou a jurada várias vezes. O clima ficou pesado e só contribuiu para deixar ainda menos empolgante a edição que em noite de eliminação costuma ser bem chata. Como nas anteriores, depois da apresentação conjunta do Top 6 o que houve foi uma enrolação para preencher o tempo no ar, com a repetição dos melhores momentos e de bastidores da noite temática de segunda-feira (14) e a apresentadora Fernanda Paes Leme lendo os números para votação de cada um dos seis candidatos. Como convidada da noite teve a rapper Karol Conka, cantando três músicas. E para encerrar a noite quem se apresentou foi Paulo Miklos, que estava visivelmente sem jeito por ser mentor do Ravena, o grupo de meninas mais votado e notadamente o mais fraco.  

Mas esse tipo de situação em que os candidatos mais fortes perdem espaço para outros medianos é recorrente em competições em que no final o peso maior da decisão é dado ao voto do público. É sabido que os jovens formam a maioria de internautas que mais se dedica a fazer campanhas em prol de seus preferidos, daí ser compreensível a votação expressiva para as meninas do Ravena e também para o crush Conrado. Não é preciso ser um profissional em música para ter percebido que os dois foram os mais fracos em suas últimas apresentações. Assim como não é muito difícil perceber que esse tipo de sistema de escolha, via votação do público, funciona como uma espécie de pesquisa para a indústria fonográfica ter um sinal de quem é mais vendável no mercado. Agora só falta Cristopher e Jenni, os únicos que realmente mostram ter voz, talento e profissionalismo, ficarem de fora da final, graças aos fãs clubes dos midiáticos Conrado e Ravena.


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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

“MasterChef Profissionais”: João, campeão em rejeição do público, leva lição de Ana Paula Padrão ao ser eliminado do programa


Nem mesmo no dia de sua eliminação do “MasterChef Profissionais”, da Band, nessa terça-feira (15), o professor de gastronomia João conseguiu ter todos os holofotes que sempre se achou merecedor para iluminar todo o seu brilho. Apesar de o pernambucano ter sido o campeão em rejeição do público por ser considerado “o mais chato” de todos os participantes, o episódio não foi dos mais empolgantes. Na verdade, o único diferencial foi a saia-justa entre ele e Ana Paula Araújo, no momento em que a apresentadora entrevista o eliminado na saída.

Mesmo tentando se controlar, quando se viu longe dos demais concorrentes e dos jurados, João acabou admitindo ter se sentido injustiçado na prova em equipe que consistia fazer um prato de picadinho de cordeiro com um acompanhamento. Ele, Marcelo e Fádia perderam para Ivo, Dário e Dayse, que prepararam um purê de aipim com carne refogada. “Acho que esse não é um prato à altura do MasterChef”, afirmou, lacrando mais um de seus julgamentos. Foi quando Ana Paula defendeu que o sabor é o mais importante no prato em um restaurante, e ele rebateu afirmando que a jornalista é leiga no assunto. “Sou completamente leiga, mas sou a ponta final da sua profissão. Se você não me agradar, não agrada ninguém”, disse a apresentadora, colocando-se na posição de cliente. “Você não está sentindo o que eu estou sentindo. (...) Ninguém é dono da razão, não estou com raiva, não estou frustrado”, defendeu-se o professor. 

Ana Paula concluiu lembrando que ali é um jogo com três julgadores, vários convidados e a regra é a mesma para todos que se inscrevem. “Volta para o seu estado com orgulho, a linha entre a opinião forte e a arrogância é muito tênue”, acrescentou ela. João aceitou, mas ainda assim não foi embora sem antes soltar mais uma pérola: “Quando as pessoas assistirem esse episódio vão sentir um baque, não estão esperando que eu saia, né?”, declarou, com seu habitual ar de presunção.

No mais, o episódio teve Marcelo se firmando como forte favorito para chegar à final; Ivo extrapolando no autoritarismo e na forma machista de tratar as concorrentes mulheres e ficando vermelho de inveja do sucesso alheio; Fádia se entregando ao cansaço físico e emocional e dando uma de Priscylla ao fazer a prova de eliminação baseando-se na ajuda do mezanino, e finalmente Dayse analisando o comportamento impróprio de Ivo e também de Dário em relação a ela nos trabalhos em equipe. E enquanto os outros cozinheiros ficam brincando e cantando vitória, ela fica só observa. “Eu até gosto que fique todo mundo falando que tá na final... É legal a surpresa, né? Vamos ver”, brincou Dayse no fim do episódio.


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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Jurados assumem jogo de cena, Cristopher e Jenni se destacam, e Ravena e Conrado deixam muito a desejar


O nível das performances, tantos dos candidatos quanto dos jurados, ganhou um verniz diferenciado na edição dessa segunda-feira (14) do “X Factor Brasil”, da Band, em que se apresentou o Top 6 da competição. É claro que foi uma grande misancene o produtor musical Rick Bonadio sair da bancada de jurado e ir até o palco dar um beijo em Diego, candidato até então menosprezado por ele. Mas, funcionou o jogo de cena. Assim como ficou claro que aqueles que realmente aspiram o título de campeão estão se empenhando muito mais, enquanto outros estão ali apenas pela vitrine. Até as reações da plateia estão mais coerentes em relação às noites anteriores diante das críticas ou elogios dos jurados.

Em mais uma noite temática em que a escolha do repertório foi baseada em grandes sucessos do cinema, alguns acertaram, outros não atingiram a bilheteria esperada. Di Ferrero entregou nas mãos de Conrado a missão de interpretar “Será”, sucesso da Legião Urbana que foi trilha do filme “Somos Tão Jovens”. Não rolou. Faltou Renato Russo na veia. Ou seu mentor lhe deu uma missão quase impossível, sabendo de seu estilo meio apático. Ele também não se deu bem interpretando Bon Jovi, parecia mais um cover de Kurt Cobain. Talvez na próxima Conrado venha de Nirvana...

Mais constrangedor foi ver Ravena cantando “Já Sei Namorar”, dos Tribalistas, escolhida por Paulo Miklos e tirada do filme “De Pernas pro Ar”. Deveriam dar os nomes individuais de todas as integrantes, pois é visível que duas ali, a negra e a loira, são as menos fracas. Alinne Rosa deu a definição perfeita para a sensação que as meninas passaram: “Vou ali cantar no karaokê”. Até o mentor do grupo, Paulo Miklos, reconheceu que elas precisam de mais garra. Mas, parece que elas estão mais preocupadas mesmo em ter fãs clubes e milhares de seguidores nas redes sociais...

Entre os melhores da noite, Cristopher o único remanescente do time de Rick Bonadio, não deixou qualquer dúvida de que tem potencial para uma final. E não é questão de ser o mais experiente, como seu mentor insiste em repetir. Aliás, está ficando até chato o jurado repetir o tempo todo que o candidato tem 43 anos. Jenni também se recuperou depois da apresentação mediana do programa anterior. E parece que Alinne está querendo instigar a rivalidade entre suas duas pupilas. Depois que Heloá arrebentou inserindo um trecho de “É o Poder”, da rapper Karol Conká, em uma apresentação sua, a mentora deu “Beijinho no Ombro” para Jenni causar em sua segunda música na noite. Mas a torcida dos familiares e amigos da candidata estão extrapolando nas gracinhas. Primeiro foram perucas, agora, fantasias de unicórnios. Estão criando um perfil infantilóide que pode acabar prejudicando Jenni.

Teve ainda Diego sendo atingido no rosto pelo braço de um bailarino durante a coreografia de sua apresentação, Cristopher tendo que recomeçar a música por causa de um problema técnico com seu microfone, e Rick Bonadio quebrando o protocolo para amenizar a sua “fama de mau”. Após Diego cantar “Metamorfose”, de Raul Seixas, o produtor musical saiu da bancada de jurados e foi até o palco se reconciliar com o candidato: “Na última vez da apresentação dele eu fui duro, porque eu acho que uma crítica profissional não pode ser confundida com ódio. (...) Eu te respeito muito, mas eu sempre vou pegar no seu pé quando você cantar mal. Hoje você cantou bem!”, disse Rick. As palavras soaram como sinceras, mas o beijo no rosto do cantor pareceu “técnico”. Agora vamos ver se o conselho que ele deu no programa anterior vai surtir resultado e ser seguido pelo público na noite de eliminação dessa quarta-feira (16). “O público deve ficar atento na hora de votar, pois estão deixando grandes talentos de fora”. A dica foi dada.


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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

“Jogo de Panelas”: Participante no “Mais Você” é constrangido ao ser julgado como réu de forma deselegante por Ana Maria


Ana Maria Braga conseguiu ser mais uma vez indelicada com um dos participantes da vigésima edição do “Jogo de Panelas” no “Mais Você” dessa segunda-feira (14), quando foi anunciada a campeã da disputa que aconteceu ao longo da semana passada na Rede Globo. Depois de ter sido absurdamente deselegante ao escrachar em cima do fato de Amanda ter a língua presa, ela pegou Weslei para Cristo no encontro do grupo, também formado por Raimundo, Daniel e Izabela, todos de Goiânia, Goiás. Aliás, coincidentemente, a vencedora, Iza, foi justamente a única entre os cinco concorrentes que afirmou não ter nenhum interesse em culinária. No dia em que foi mostrado o jantar dela, quando a apresentadora perguntou com que frequência ela visitava a cozinha de sua casa, a resposta foi: “Nunca!”.

Mas o que marcou a final desse “Jogo de Panelas”, foi a forma deselegante como Ana Maria tratou Weslei. Independentemente do comportamento dele durante a disputa, que até despertou a antipatia de alguns telespectadores que se manifestaram nas redes sociais, a apresentadora não teve o devido tato ao abordar as discussões no decorrer do quadro e tratou Weslei como se estivessem em um tribunal. Até o lugar que escolheram para o jovem à mesa foi como se ele fosse o réu e a apresentadora, a juíza. Lógico que o coitado se sentiu acuado e constrangido. Deu até pena.

Mesmo após Weslei ter se desculpado pelos seus rompantes e até abraçado Amanda, Daniel e Raimundo, em sinal de paz, Ana continuou insistindo em dar lição de moral no jovem. Chegou ao cúmulo de dizer que o gosto de pimenta que ele sentiu na sobremesa de Raimundo era um gosto “sugestionado pelo subconsciente”. Como ela podia garantir com tanta segurança que não havia pimenta no prato? O próprio Weslei falou que a ardência podia ser por Raimundo ter pego a mesma faca que usou ao cortar os temperos para abrir o pote de sorvete. O que faz muito mais sentido do que ter sido culpa do “poder da mente” o doce estar apimentado. E, outro detalhe: Raimundo serviu a sobremesa em pratos iguais aos da entrada. Se foram os mesmos, será que foram bem lavados?

Ficou estranho a forma como Ana Maria desde o começo se colocou em defesa do publicitário. Por que não mostrou também o mesmo esculachando Weslei enquanto cozinhava no dia do seu jantar e largou até um “Seu fdp...”, referindo-se ao motoboy? Se isso não é falsidade então é o quê? E a apresentadora achou a maior graça ao ver o vídeo mostrando Raimundo dizendo o palavrão.

É só rever o programa de sexta-feira (11) para ver também que desde o começo Raimundo disse que colocaria o ingrediente surpresa na sobremesa para “suavizar a pimenta”. Aí no fim do jantar, como ele “esqueceu” de colocar as folhas de hortelã no sorvete, inventou uma história de que a ideia era colocar na entrada. E Ana Maria, de forma intencional ou não, embarcou na mesma “viagem” dele.    

Apesar de que não é mais novidade a forma tendenciosa como a apresentadora demonstra sua preferência por um ou outro participante de disputas culinárias no programa. Vide o que foi visto na última edição do “Super Chef Celebridades”, no qual ela liderou a panelinha formada por Ery Johnson, André Gonçalves, Danielle Winits e Mumuzinho. Alguém precisa avisá-la que já passou de feio e constrangedor. 

Aliás, também esqueceram de alertar a apresentadora de que essa foi a vigésima edição do “Jogo de Panelas”. Deixaram Ana Maria repetindo a cada programa que “já foram feitas quase 20 edições”. E dá-lhe gargalhar de tudo e de todos. Como perguntou Weslei em um dos muitos momentos de devaneios de Raimundo no jantar anos 70: “De que árvore vocês caíram?”


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