domingo, 27 de novembro de 2016

“Duelo de Mães”: Disputa destoa ao mostrar modelo como mãe famosa solitária, sem qualquer citação sobre os filhos trigêmeos


No ar há um mês, “Duelo de Mães” vem apresentando um resultado satisfatório em termos de audiência nas noites de sábado no SBT, logicamente dentro dos índices geralmente atingidos pela emissora. Sem grandes pretensões, o programa que mostra uma competição de culinária entre mães de famosos ou mães famosas agrada principalmente pelo cenário divertido, pela edição enxuta e pelo carisma de Ticiana Villas Boas como apresentadora. Mas o episódio exibido nesse sábado (26) destoou dos dez que foram ao ar anteriormente por não ter seguido a máxima do título. Os convidados famosos eram o estilista Alexandre Herchcovitch e a modelo e apresentadora Isabella Fiorentino. Mas apenas ele foi acompanhado de sua mãe, dona Regina, enquanto Isabella apareceu sozinha na tradicional apresentação dos competidores da vez, em que mães e filhos aparecem nas duas janelas do cenário.

Ficou estranho porque a própria apresentadora abriu o programa dizendo: “Bem vindos a mais um duelo de mães, uma competição emocionante entre duas mães de famosos em busca do título de melhor cozinheira e ao prêmio de R$ 5 mil”. É compreensível que os trigêmeos de Isabella, Lorenzo, Nicholas e Bernardo, estão com apenas 5 anos, mas eles nem ao menos foram citados em nenhum momento por Ticiana. Se as crianças não podiam comparecer, até porque uma delas sofre de um problema motor, então porque a modelo não levou a própria mãe para cozinhar? Ou até mesmo a sua sogra, como fez a cantora Wanessa quando participou do programa. Inclusive, Tania Buaiz duelou na cozinha com a cantora Vanessa Jackson, que levou os três filhos, também crianças.  

Aí, enquanto na torcida de dona Regina o filho Alexandre levou o pai, dois cunhados e seu assistente, na torcida de Isabella estavam seu pai, duas irmãs e duas amigas. A mãe da modelo, Jane, não foi nem para torcer pela filha. O fato de não estar seguindo a proposta original do programa complicou também quando chegou a segunda e decisiva prova, na qual as “mães” devem preparar uma receita proposta pelo chef renomado da vez. Nesse episódio o convidado foi o chef Salvatore Loi, que sugeriu o preparo de uma salada especial de alface frisée crocante perfumada com infusão de baunilha, vieiras e mussarela de búfala.

Nessa última etapa a avaliação é feita às cegas por dois integrantes da família de cada cozinheira. Quem avaliou do lado de Regina foi o filho e o marido, e da parte de Isabela foi o pai e uma das irmãs. E aparece Ticiana anunciando: “Chegou a hora de escolher o prato preferido e correr o risco de votar contra a mãe da própria família”. Como assim, a modelo é “mãe da família”? Ficou estranho. Felizmente, depois de ter perdido a primeira prova para Isabella, dona Regina recebeu três votos contra um da outra mãe solitária e comemorou a vitória com o filho Herchcovitch. Tomara que nos próximos episódios os duelos voltem a ter novamente a presença de mães e filhos de ambos os lados.


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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Em resultado justo, Cristopher Clark vence em votação popular e supera marketing de jovens candidatos


A vitória de Cristopher Clarck, de 43 anos, no “X Factor Brasil”, da Band, nessa quarta-feira (23), foi uma espécie de sinalizador que se acendeu indicando que ainda é possível ver um resultado justo em competições musicais em que é sabido que geralmente pesa mais os interesses do mercado da indústria fonográfica do que o talento do candidato. Ainda assim, ficou visível que a presença do Ravena entre os três finalistas foi injusta quando, logo na abertura do programa houve a apresentação do Top 10 da competição, e lá estavam cantores muito mais competentes, como Heloá, Naomi, Rafael e Miguel. Felizmente, o grupo formado dentro do programa ficou em terceiro lugar. Ficou no ar apenas a dúvida se essa colocação não foi consequência das inúmeras denúncias feitas na internet de que na última apresentação as meninas foram beneficiadas por um playback. Se sim ou não, valeu a disputa final ter ficado mesmo entre Cristopher e Jenni Moselo.

Como apresentadora, a atriz Fernanda Paes Leme interpretou bem seu papel mostrando desenvoltura no palco e também que tem bagagem nas suas relações interpessoais no mundo das celebridades. Isso conta ponto não apenas na sua interação com jurados, participantes, convidados, como na identificação com quem está na plateia. Também teve a ver as atrações musicais da noite ter artistas que participaram do programa na fase de treinamento dos candidatos, como Ludmila e Tiago Iorc, além do Jota Quest. No quesito candidatos, essa primeira edição do “X Factor Brasil” mostrou que temos, sim, cantores com qualidade vocal à espera apenas de uma oportunidade. Claro que apareceram “calouros” no meio do caminho, mas eles também são necessários para dar o toque de entretenimento.

Aliás, os jurados, o ex-Titãs Paulo Miklos, o vocalista do NX Zero Di Ferrero, a cantora Alnne Rosa e o produtor musical Rick Bonadio, oscilaram entre realmente levar a sério suas funções de julgar ou tentarem entreter e ganhar audiência através de gracinhas e briguinhas encenadas para criar polêmica. Miklos decepcionou com suas defesas do Ravena, Di fazia cara blazé como se nem ele soubesse o que estava fazendo ali, Alinne foi divulgar seu trio elétrico e Rick abusou na indelicadeza ao avacalhar os candidatos dos outros mentores. O que fica mais evidente é que a profissão de jurado deve ter ficado lá no passado. É recorrente a carência de profissionais que atendam fielmente o posto nos programas de competições musicais que temos visto ultimamente. Mas o resultado do conjunto da obra dos 26 episódios do primeiro “X Factor Brasil” agradou a direção da emissora e a Band já confirmou uma segunda temporada em 2017.


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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

“MasterChef Profissionais”: Fádia denuncia que postura machista vista no programa é uma realidade nas cozinhas profissionais


Nessa altura do “MasterChef Profissionais”, da Band, em que restaram realmente grandes cozinheiros, a saída de Fádia da disputa no episódio dessa terça-feira (22) fez a diferença, apesar de todo o nervosismo durante as provas, a elegância e consciência do próprio valor demonstrado pela eliminada. Na disputa com Dayse, Dário, Ivo e Marcelo por uma vaga na semifinal, a candidata mais uma vez mostrou uma personalidade peculiar em relação aos demais ao fazer uma despedida sem drama dos jurados, Érick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella. Pelo contrário, de forma confiante e segura, Fádia convidou os três chefs a serem padrinhos do restaurante que vai abrir em breve.

E, diferentemente de outros eliminados que aproveitaram o momento da despedida com a apresentadora Ana Paula Padrão no vestiário onde todos deixam seus domas para desabafarem suas mágoas e tristezas, Fádia fez desse um momento único para manifestar sua vontade de imprimir sua marca no mercado. “Essa é uma oportunidade muito grande de nós termos um reconhecimento no mercado que infelizmente na nossa profissão é muito difícil ter. O mais importante para mim não é o valor em dinheiro, eu acho que todo mundo entrou aqui com o princípio de mostrar o seu trabalho, de mostrar porque escolheu isso como profissão”, falou ela, sem nem ter ideia que momentos antes a edição mostrou Dayse em um depoimento afirmando que para ela não importava ser considerada a mais fraca desde que saísse com o prêmio no bolso. 

Mas Fádia também foi a primeira a falar sobre a postura machista que existe no ambiente da cozinha. E, pelo jeito, não é apenas no programa que isso acontece. “Tem os machistas aí que não aceitam nossa presença dentro de uma cozinha mais corrida, mais puxada, só que desde que eu coloquei isso na minha cabeça de seguir isso como profissão, eu disse, eu sou mulher mas tenho competência para estar no lugar de qualquer um”, disse ela, com voz trêmula, emocionada, mas muito verdadeira.

Um exemplo de bom caráter que a candidata mostrou ao longo de sua trajetória na competição, como quando auxiliou Priscylla por achar que ela era “frágil emocionalmente”, ou quando não contestou na prova em que teve que destrinchar um cordeio quando havia dois homens em sua equipe, Marcelo e João. Em nenhum momento ela usou como desculpa ter se prejudicado por ajudar outros concorrentes, como aconteceu quando cedeu suas claras de ovos para Dário e ainda deixou seu suflê passar do ponto no forno porque poderia prejudicar o mesmo colega. 

Enfim, Fádia pode ser uma daquelas participantes que, infelizmente, não rende muito ibope porque não cria polêmicas nem gera discussões. Mas, com certeza, deixou um bom exemplo de ética e profissionalismo e ainda vendeu o peixe do restaurante que vai abrir com um marketing bem positivo.


 


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sábado, 19 de novembro de 2016

“Rock Story”: Destaque para tramas ágeis e bem costuradas e para interpretações e direção minimalistas em universo musical


Em dez capítulos, “Rock Story”, novela das sete da Rede Globo que estreou na quarta-feira (9), conseguiu cumprir o básico do que se espera de um folhetim em qualquer horário que seja exibido: envolver o público na história logo nas primeiras cenas, deixar que saiba quem é quem e que a expectativa sobre o que vem depois aconteça naturalmente a partir de ganchos realmente instigantes. De autoria de Maria Helena Nascimento, as tramas partem da simplicidade para desembocar em dramas que poderiam ser pesados, não fossem tratados com sutileza pela direção geral assinada por Dennis Carvalho e Maria de Médicis, que está afinada com o texto não apenas na estética visual quanto no direcionamento da interpretação do elenco.

A novela poderia suscitar a ideia de ser apenas mais um produto romanticamente pueril ao ser anunciada como “uma história de música movida a amor e uma história de amor movida a música” e que o foco seria a rivalidade entre Gui (Vladimir Brichta), um roqueiro da antiga, e Léo (Rafael Vitti), mais um jovem saído diretamente da máquina fonográfica que visa apenas produzir artistas vendáveis em larga escala. Mas não foi o que aconteceu. Logo na primeira semana se viu que o foco será muito mais abrangente, maduro e complexo. O universo musical serve muito mais como pano de fundo de outras histórias.

Uma aposta bem feita está no fato de Alinne Moraes ter sido escalada para ser a antagonista de Nathalia Dill, atrizes que trazem o DNA de heroínas marcantes em novelas recentes. É claro que dá um tempero extra o fato de ambas terem que defender com muito mais garra suas personagens. Alinne é Diana, a mulher de Gui, que vive dividida entre a vida familiar com o marido e a filha e a adrenalina de manter um caso extraconjugal com Léo, e Nathalia é Júlia, que tem sua vida pacata virada do avesso após ser enganada pelo namorado, Alex (Caio Paduan), que na verdade é um traficante, acaba sendo perseguida pela polícia e assume a identidade de sua irmã gêmea, Leonora, que mora nos Estados Unidos.

Além de Alinne, Nathalia e Brichta, o ator Nicolas Prates também está mostrando que a escola de “Malhação” lhe fez muito bem e vem encarando com segurança as cenas de Zacarias, filho do primeiro casamento de Gui. A relação entre pai e filho segura boa parte da novela não só pelo contexto quanto pela química entre os dois atores. Por outro lado, se era essa a ideia, Rafael Vitti também está se saindo bem em despertar uma ojeriza natural ao perfil de jovens astros como Léo.

E fora do eixo central, destaque para Danilo Mesquita, que interpreta Nicolau, filho único de Haroldo (Paulo Betti) e Gilda (Suzy Rêgo), que descobre sozinho ter câncer e resolve manter segredo para não causar sofrimento a seus pais. O ator, que participou de “I Love Paraisópolis” na Globo e fez o rebelde Tales em “Os Dez Mandamentos” na Record, vem se saindo bem e tem tudo para aproveitar a oportunidade de fazer do drama de seu personagem um trampolim para sua carreira.    

“Rock Story” poderá não ser um fenômeno, mas começou melhor do que outros folhetins da emissora no ar atualmente. Mesmo tendo o universo musical como pano de fundo, tem uma história mais coerente e contada com agilidade, enquanto outras parece estarem investindo menos em conteúdo e mais em clipes de imagens que vendam a trilha sonora da novela.


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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Público manda melhores candidatas, Heloá e Jenni, para repescagem e Diego é o primeiro eliminado da noite


O resultado da noite de eliminação do “X Factor Brasil”, da Band, nessa quarta-feira (16), mostrou que de nada adiantou o conselho que o produtor musical Rick Bonadio deu na semana passada: “O público deve ficar atento na hora de votar, pois estão deixando grandes talentos de fora”, alertou o jurado. Diego foi o primeiro a ser eliminado por ter sido o último na lista de votação pela internet ou via SMS. O que não chegou a ser uma grande surpresa, pois nas noites anteriores ele já tinha ficado entre os menos votados. O que realmente causou espanto na noite foi Heloá deixar o programa por acabar em mais uma repescagem justamente com Jenni. Sem sombra de dúvida, ambas sempre estiveram entre os melhores dessa temporada. E diante do empate na decisão final dos quatro jurados, valeu novamente a votação do público, que acabou salvando Jenni.

Não foi à toa que Alinne Rosa, mentora das duas, ficou indignada ao vê-las disputando a última vaga na semifinal. “Não estou acreditando de estar nessa situação absurda”, esbravejou a jurada várias vezes. O clima ficou pesado e só contribuiu para deixar ainda menos empolgante a edição que em noite de eliminação costuma ser bem chata. Como nas anteriores, depois da apresentação conjunta do Top 6 o que houve foi uma enrolação para preencher o tempo no ar, com a repetição dos melhores momentos e de bastidores da noite temática de segunda-feira (14) e a apresentadora Fernanda Paes Leme lendo os números para votação de cada um dos seis candidatos. Como convidada da noite teve a rapper Karol Conka, cantando três músicas. E para encerrar a noite quem se apresentou foi Paulo Miklos, que estava visivelmente sem jeito por ser mentor do Ravena, o grupo de meninas mais votado e notadamente o mais fraco.  

Mas esse tipo de situação em que os candidatos mais fortes perdem espaço para outros medianos é recorrente em competições em que no final o peso maior da decisão é dado ao voto do público. É sabido que os jovens formam a maioria de internautas que mais se dedica a fazer campanhas em prol de seus preferidos, daí ser compreensível a votação expressiva para as meninas do Ravena e também para o crush Conrado. Não é preciso ser um profissional em música para ter percebido que os dois foram os mais fracos em suas últimas apresentações. Assim como não é muito difícil perceber que esse tipo de sistema de escolha, via votação do público, funciona como uma espécie de pesquisa para a indústria fonográfica ter um sinal de quem é mais vendável no mercado. Agora só falta Cristopher e Jenni, os únicos que realmente mostram ter voz, talento e profissionalismo, ficarem de fora da final, graças aos fãs clubes dos midiáticos Conrado e Ravena.


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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

“MasterChef Profissionais”: João, campeão em rejeição do público, leva lição de Ana Paula Padrão ao ser eliminado do programa


Nem mesmo no dia de sua eliminação do “MasterChef Profissionais”, da Band, nessa terça-feira (15), o professor de gastronomia João conseguiu ter todos os holofotes que sempre se achou merecedor para iluminar todo o seu brilho. Apesar de o pernambucano ter sido o campeão em rejeição do público por ser considerado “o mais chato” de todos os participantes, o episódio não foi dos mais empolgantes. Na verdade, o único diferencial foi a saia-justa entre ele e Ana Paula Araújo, no momento em que a apresentadora entrevista o eliminado na saída.

Mesmo tentando se controlar, quando se viu longe dos demais concorrentes e dos jurados, João acabou admitindo ter se sentido injustiçado na prova em equipe que consistia fazer um prato de picadinho de cordeiro com um acompanhamento. Ele, Marcelo e Fádia perderam para Ivo, Dário e Dayse, que prepararam um purê de aipim com carne refogada. “Acho que esse não é um prato à altura do MasterChef”, afirmou, lacrando mais um de seus julgamentos. Foi quando Ana Paula defendeu que o sabor é o mais importante no prato em um restaurante, e ele rebateu afirmando que a jornalista é leiga no assunto. “Sou completamente leiga, mas sou a ponta final da sua profissão. Se você não me agradar, não agrada ninguém”, disse a apresentadora, colocando-se na posição de cliente. “Você não está sentindo o que eu estou sentindo. (...) Ninguém é dono da razão, não estou com raiva, não estou frustrado”, defendeu-se o professor. 

Ana Paula concluiu lembrando que ali é um jogo com três julgadores, vários convidados e a regra é a mesma para todos que se inscrevem. “Volta para o seu estado com orgulho, a linha entre a opinião forte e a arrogância é muito tênue”, acrescentou ela. João aceitou, mas ainda assim não foi embora sem antes soltar mais uma pérola: “Quando as pessoas assistirem esse episódio vão sentir um baque, não estão esperando que eu saia, né?”, declarou, com seu habitual ar de presunção.

No mais, o episódio teve Marcelo se firmando como forte favorito para chegar à final; Ivo extrapolando no autoritarismo e na forma machista de tratar as concorrentes mulheres e ficando vermelho de inveja do sucesso alheio; Fádia se entregando ao cansaço físico e emocional e dando uma de Priscylla ao fazer a prova de eliminação baseando-se na ajuda do mezanino, e finalmente Dayse analisando o comportamento impróprio de Ivo e também de Dário em relação a ela nos trabalhos em equipe. E enquanto os outros cozinheiros ficam brincando e cantando vitória, ela fica só observa. “Eu até gosto que fique todo mundo falando que tá na final... É legal a surpresa, né? Vamos ver”, brincou Dayse no fim do episódio.


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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Jurados assumem jogo de cena, Cristopher e Jenni se destacam, e Ravena e Conrado deixam muito a desejar


O nível das performances, tantos dos candidatos quanto dos jurados, ganhou um verniz diferenciado na edição dessa segunda-feira (14) do “X Factor Brasil”, da Band, em que se apresentou o Top 6 da competição. É claro que foi uma grande misancene o produtor musical Rick Bonadio sair da bancada de jurado e ir até o palco dar um beijo em Diego, candidato até então menosprezado por ele. Mas, funcionou o jogo de cena. Assim como ficou claro que aqueles que realmente aspiram o título de campeão estão se empenhando muito mais, enquanto outros estão ali apenas pela vitrine. Até as reações da plateia estão mais coerentes em relação às noites anteriores diante das críticas ou elogios dos jurados.

Em mais uma noite temática em que a escolha do repertório foi baseada em grandes sucessos do cinema, alguns acertaram, outros não atingiram a bilheteria esperada. Di Ferrero entregou nas mãos de Conrado a missão de interpretar “Será”, sucesso da Legião Urbana que foi trilha do filme “Somos Tão Jovens”. Não rolou. Faltou Renato Russo na veia. Ou seu mentor lhe deu uma missão quase impossível, sabendo de seu estilo meio apático. Ele também não se deu bem interpretando Bon Jovi, parecia mais um cover de Kurt Cobain. Talvez na próxima Conrado venha de Nirvana...

Mais constrangedor foi ver Ravena cantando “Já Sei Namorar”, dos Tribalistas, escolhida por Paulo Miklos e tirada do filme “De Pernas pro Ar”. Deveriam dar os nomes individuais de todas as integrantes, pois é visível que duas ali, a negra e a loira, são as menos fracas. Alinne Rosa deu a definição perfeita para a sensação que as meninas passaram: “Vou ali cantar no karaokê”. Até o mentor do grupo, Paulo Miklos, reconheceu que elas precisam de mais garra. Mas, parece que elas estão mais preocupadas mesmo em ter fãs clubes e milhares de seguidores nas redes sociais...

Entre os melhores da noite, Cristopher o único remanescente do time de Rick Bonadio, não deixou qualquer dúvida de que tem potencial para uma final. E não é questão de ser o mais experiente, como seu mentor insiste em repetir. Aliás, está ficando até chato o jurado repetir o tempo todo que o candidato tem 43 anos. Jenni também se recuperou depois da apresentação mediana do programa anterior. E parece que Alinne está querendo instigar a rivalidade entre suas duas pupilas. Depois que Heloá arrebentou inserindo um trecho de “É o Poder”, da rapper Karol Conká, em uma apresentação sua, a mentora deu “Beijinho no Ombro” para Jenni causar em sua segunda música na noite. Mas a torcida dos familiares e amigos da candidata estão extrapolando nas gracinhas. Primeiro foram perucas, agora, fantasias de unicórnios. Estão criando um perfil infantilóide que pode acabar prejudicando Jenni.

Teve ainda Diego sendo atingido no rosto pelo braço de um bailarino durante a coreografia de sua apresentação, Cristopher tendo que recomeçar a música por causa de um problema técnico com seu microfone, e Rick Bonadio quebrando o protocolo para amenizar a sua “fama de mau”. Após Diego cantar “Metamorfose”, de Raul Seixas, o produtor musical saiu da bancada de jurados e foi até o palco se reconciliar com o candidato: “Na última vez da apresentação dele eu fui duro, porque eu acho que uma crítica profissional não pode ser confundida com ódio. (...) Eu te respeito muito, mas eu sempre vou pegar no seu pé quando você cantar mal. Hoje você cantou bem!”, disse Rick. As palavras soaram como sinceras, mas o beijo no rosto do cantor pareceu “técnico”. Agora vamos ver se o conselho que ele deu no programa anterior vai surtir resultado e ser seguido pelo público na noite de eliminação dessa quarta-feira (16). “O público deve ficar atento na hora de votar, pois estão deixando grandes talentos de fora”. A dica foi dada.


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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

“Jogo de Panelas”: Participante no “Mais Você” é constrangido ao ser julgado como réu de forma deselegante por Ana Maria


Ana Maria Braga conseguiu ser mais uma vez indelicada com um dos participantes da vigésima edição do “Jogo de Panelas” no “Mais Você” dessa segunda-feira (14), quando foi anunciada a campeã da disputa que aconteceu ao longo da semana passada na Rede Globo. Depois de ter sido absurdamente deselegante ao escrachar em cima do fato de Amanda ter a língua presa, ela pegou Weslei para Cristo no encontro do grupo, também formado por Raimundo, Daniel e Izabela, todos de Goiânia, Goiás. Aliás, coincidentemente, a vencedora, Iza, foi justamente a única entre os cinco concorrentes que afirmou não ter nenhum interesse em culinária. No dia em que foi mostrado o jantar dela, quando a apresentadora perguntou com que frequência ela visitava a cozinha de sua casa, a resposta foi: “Nunca!”.

Mas o que marcou a final desse “Jogo de Panelas”, foi a forma deselegante como Ana Maria tratou Weslei. Independentemente do comportamento dele durante a disputa, que até despertou a antipatia de alguns telespectadores que se manifestaram nas redes sociais, a apresentadora não teve o devido tato ao abordar as discussões no decorrer do quadro e tratou Weslei como se estivessem em um tribunal. Até o lugar que escolheram para o jovem à mesa foi como se ele fosse o réu e a apresentadora, a juíza. Lógico que o coitado se sentiu acuado e constrangido. Deu até pena.

Mesmo após Weslei ter se desculpado pelos seus rompantes e até abraçado Amanda, Daniel e Raimundo, em sinal de paz, Ana continuou insistindo em dar lição de moral no jovem. Chegou ao cúmulo de dizer que o gosto de pimenta que ele sentiu na sobremesa de Raimundo era um gosto “sugestionado pelo subconsciente”. Como ela podia garantir com tanta segurança que não havia pimenta no prato? O próprio Weslei falou que a ardência podia ser por Raimundo ter pego a mesma faca que usou ao cortar os temperos para abrir o pote de sorvete. O que faz muito mais sentido do que ter sido culpa do “poder da mente” o doce estar apimentado. E, outro detalhe: Raimundo serviu a sobremesa em pratos iguais aos da entrada. Se foram os mesmos, será que foram bem lavados?

Ficou estranho a forma como Ana Maria desde o começo se colocou em defesa do publicitário. Por que não mostrou também o mesmo esculachando Weslei enquanto cozinhava no dia do seu jantar e largou até um “Seu fdp...”, referindo-se ao motoboy? Se isso não é falsidade então é o quê? E a apresentadora achou a maior graça ao ver o vídeo mostrando Raimundo dizendo o palavrão.

É só rever o programa de sexta-feira (11) para ver também que desde o começo Raimundo disse que colocaria o ingrediente surpresa na sobremesa para “suavizar a pimenta”. Aí no fim do jantar, como ele “esqueceu” de colocar as folhas de hortelã no sorvete, inventou uma história de que a ideia era colocar na entrada. E Ana Maria, de forma intencional ou não, embarcou na mesma “viagem” dele.    

Apesar de que não é mais novidade a forma tendenciosa como a apresentadora demonstra sua preferência por um ou outro participante de disputas culinárias no programa. Vide o que foi visto na última edição do “Super Chef Celebridades”, no qual ela liderou a panelinha formada por Ery Johnson, André Gonçalves, Danielle Winits e Mumuzinho. Alguém precisa avisá-la que já passou de feio e constrangedor. 

Aliás, também esqueceram de alertar a apresentadora de que essa foi a vigésima edição do “Jogo de Panelas”. Deixaram Ana Maria repetindo a cada programa que “já foram feitas quase 20 edições”. E dá-lhe gargalhar de tudo e de todos. Como perguntou Weslei em um dos muitos momentos de devaneios de Raimundo no jantar anos 70: “De que árvore vocês caíram?”


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domingo, 13 de novembro de 2016

“Fantástico”: Programa ignora importância mundial de eleição presidencial americana e o cunho jornalístico e ético da informação


Domingo, 13 de novembro, está no ar o “Fantástico”. Há anos atrás esta chamada era apenas a abertura da primeira página de uma revista eletrônica que tinha o compromisso de oferecer aos telespectadores o que tinha acontecido de mais relevante para o país e para o mundo durante a semana. Era a hora de se sentar diante da televisão e aguardar por reportagens jornalísticas cuidadosamente apuradas e esmiuçadas em todos os cantos do planeta. Era. Não é mais. Em plena semana em que o mundo assistiu a Donald Trump ser anunciado como novo Presidente dos Estados Unidos na terça-feira (8), o “Fantástico” deste domingo (13), cinco dias após a eleição, começa exibindo pautas que nada trazem de muito atual e somente depois mais de uma hora de programa no ar finalmente toca no assunto. E apresenta uma reportagem com um perfil repetitivo do candidato eleito, mostrando mais do mesmo. Não houve um trabalho mais profundo sobre tudo que envolveu o sistema eleitoral, ou seja, riqueza de detalhes sobre o antes o durante e o depois do pleito. Não tinham equipes mobilizadas lá para isso? O próprio editor-chefe do "Jornal Nacional", William Bonner, não viajou até lá para fazer uma cobertura à altura do seu profissionalismo?

Não teve nem a busca de especialistas que analisassem o que tal resultado pode representar efetivamente para a economia mundial, já que a grande preocupação dos brasileiros é com a crise do Brasil. A única preocupação foi em mostrar as ameaças de Trump de deportar imigrantes que estejam de forma ilegal no país e que tenham antecedentes criminais.

Mas o que mais chamou a atenção na reportagem foi a forma como não houve ali nenhuma preocupação de respeitar a imparcialidade que deve reger o jornalismo e oferecer ao telespectador elementos que permitissem a ele fazer juízo de valor sobre o que acha certo ou errado. Nada foi mostrado sobre a outra candidata, Hillary Clinton, e sobre os prováveis motivos para sua derrota. Houve uma pressa constrangedora em registrar a notícia. A matéria começou a ser exibida falando sobre uma provável perseguição de Trump a imigrantes, negros e muçulmanos e terminou emendando de forma abrupta com uma matéria sobre o lançamento de “Elis”, filme que está chegando aos cinemas contando a história da trajetória de Elis Regina.

E o que teve mais no “Fantástico”?

Bom, melhor nem falar...


 

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

“Jogo de Panelas”: Quadro brinca com problema de dicção e mostra descuido ao não investigar alergia alimentar de inscritos


A vigésima edição do “Jogo de Panelas” do “Mais Você”, da Rede Globo, pode ser o que reuniu o grupo de participantes mais improvável de dar certo. Não apenas pelo perfil completamente peculiar de cada um como também porque à primeira vista eles não teriam quase nada que contribuísse para tornar o quadro atraente. Para agravar o improvável sucesso, teve uma participante com um problema sério de dicção e uma outra com uma alergia alimentar que poderia acarretar em grave consequência. Mas tudo foi levado na brincadeira pela apresentadora do programa, Ana Maria Braga.

O jogo consiste em selecionar cinco pessoas de da capital de um estado, dessa vez foi Goiânia, em Goiás, e a cada noite uma delas recebe as outras para um jantar temático em sua casa. Conta ponto a comida, a decoração e o figurino. Vence quem somar a melhor nota. E o ingrediente que prevaleceu nessa edição foi a discórdia, que começou com pitadas de provocação no primeiro jantar, segunda-feira (7), e caprichou na dose no último, nessa sexta-feira (11). Será que a escolha foi intencional, levando em conta que o ponto alto da edição anterior, feita no Rio de Janeiro, foi justamente as provocações de um dos candidatos, o artista plástico paranaense Anderson, que sentia verdadeiro prazer em alfinetar os outros concorrentes?

O que ficou claro é que a equipe responsável pela seleção dos participantes quis reunir perfis muitos distintos e já visando que entre eles houvesse aqueles que poderiam entrar em conflito. Na ala moderada entrou Iza, que se manteve neutra fazendo o politicamente correto o tempo todo, confessou no ao vivo que nunca entra em uma cozinha e caprichou ao se fazer de vítima para ganhar voto em seu jantar, no qual até a lasanha despencou da forma. Enquanto o sommelier Daniel e a DJ Amanda foram os mais autênticos e mantiveram o controle enquanto puderam, até não aguentarem mais e decidirem se posicionar diante das polêmicas suscitadas entre o moto-táxi Wesley e o publicitário Raimundo. Os dois não se toleraram desde o começo e a intolerância se manifestou de ambas as partes.  

Já Ana Maria Braga foi um sexto elemento no clima de discórdia. Ao receber Daniel para apresentar o primeiro jantar, com o tema Sete Pecados escolhido por ele, a apresentadora foi pouco elegante na forma de falar que Wesley desconhecia o significado de Luxúria ao ter se vestido de Faraó, pelo luxo da vestimenta. Ana Maria, achando graça de tudo, levou o troco quando ele, ao vivo, explicou no ar que tinha pesquisado sobre Luxúria na internet e escolheu a fantasia pela definição dada pelo Google. “Eu não sabia que tinha essa outra definição bíblica”, esclareceu o participante. O que serviu de lição para geral.

A apresentadora também pisou na bola e errou feio ao levar na brincadeira um problema de dicção de Amanda, que não consegue soletrar a letra erre na primeira sílaba das palavras por ter a língua presa. Foi constrangedor ver tanto Ana Maria quanto o boneco Louro José imitando a participante, quando deveriam na verdade, fazer desse caso pauta para uma reportagem que ajudasse pessoas que, como Amanda, sofrem de sigmatismo. “É uma ga-ra-cinha. Eu acho muito lindo!”, repetia a apresentadora.

Foi muito sério o descaso como foi tratado o caso de dicção de Amanda que, diga-se de passagem, tem cura e não deveria ser motivo de chacota. Mas é estranho igualmente que uma competição centrada na culinária aceite a inscrição de quem simplesmente não tem nenhuma relação com a cozinha, como foi o caso de Iza que, para piorar, revelou que corria o risco de ter a glote fechada se comesse o abacaxi servido em um jantar. Como a direção do programa não cobra da produção que na seleção dos participantes seja feita uma investigação sobre problemas de alergia ou intolerância a determinados alimentos, ingredientes ou temperos?

O nome do campeão será anunciado na segunda-feira (14) com os cinco participantes reunidos no programa ao vivo. Independentemente do resultado, seria interessante que para as próximas edições do quadro, caso aconteça, que a direção e a produção sejam mais cuidadosas na seleção. E que a apresentadora também se informe melhor sobre cada um dos participantes antes de recebê-los no programa. Ao vivo ninguém engana.


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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

“The Voice Brasil”: Ivete Sangalo ganha título de Supertécnica mas tem função inferior a assistentes de edições passadas


Para quem foi anunciada como grande novidade na atual temporada do “The Voice Brasil”, da Rede Globo, Ivete Sangalo não teve nessa quarta-feira (9) uma estreia à altura do superlativo que vem à frente do título do cargo que lhe deram. De Supertécnica não teve nada. Muito antes pelo contrário. Pelo menos nessa sua primeira aparição, a cantora teve uma atuação até menos expressiva do que tinham os chamados “assistentes” nas temporadas anteriores. Entre os que ocuparam aquela função estão Luiza Possi, Rogério Flausino, Ed Motta, Maria Gadú, e até Di Ferrero, hoje jurado do “X Factor Brasil” na Band. E eles apareciam não apenas nos ensaios como se faziam presentes assistindo junto aos técnicos a cada apresentação dos candidatos. Um detalhe que faz, sim, toda a diferença.

O que fica parecendo é que o convite a Ivete aconteceu muito mais para criar factoides em torno de uma possível rivalidade entre ela e Claudia Leitte, que pertence ao corpo de técnicos ao lado de Lulu Santos, Carlinhos Brown e Michel Teló. Se a ideia foi fazer lobby e fornecer material para a mídia sensacionalista, até nisso o tiro saiu pela culatra. O assunto já se esgotou em si. E nem forçando a barra comentários sobre a plástica de cada uma rende algum tipo de explanação que valha a pena repercutir.

E por que não teve bastidor para a escolha da dupla de Michel Teló para a Batalha quando quem não foi escolhido não foi salvo pelos outros? Nem para as duas que cantaram samba no time do Carlinhos Brown e que também a que não foi escolhida pelo técnico não foi salva. E também não teve para uma das duplas de Lulu. Apenas as duas duplas de Claudia Leite apareceram com a Supertécnica, mesmo uma delas não tendo sido salva.

Fazendo um aparte, o que é o Tiago Leifert fazendo merchandising de um banco no meio do programa? Se bobear daqui a pouco Titi vai estar anunciando o Cogumelo do Sol...

Aí entra Ivete para fazer o show de encerramento do programa com Tiago anunciando que a baiana vai cantar a música que ela escolheu para o carnaval de 2017. Ou seja, mais um merchan básico e escancarado.



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“MasterChef Profissionais”: Somente no sexto episódio jurados eliminam a candidata mais despreparada de toda a competição


Precisou passar cinco semanas desde a estreia do “MasterChef Profissionais”, da Band, para os jurados perceberem que para ganhar o título máximo da competição o candidato deve realmente ter o talento e a postura de um grande cozinheiro. “Não sei se somente cozinhar bem ajuda. Essa pessoa tem que começar a brilhar” afirmou Paola Carossella no programa dessa terça-feira (8), quando ela, Henrique Fogaça e Érick Jacquin decidiram pela eliminação de Priscylla, que não conseguiu fazer um caramelo nem uma torta de limão desconstruída.

Ou seja, foi preciso que sete cozinheiros fossem eliminados antes para que os jurados finalmente percebessem que a jovem candidata de 27 anos era a menos preparada dos 14 selecionados. Na verdade, ela chegou até essa altura da competição graças à boa vontade de seus colegas, que estavam sempre prontos para ajudá-la dando dicas sobre as receitas, emprestando ingredientes para seus pratos ou até mesmo com ensinamentos básicos sobre como manusear uma batedeira ou ligar e controlar a temperatura de um forno. Será que só os telespectadores percebiam a extrema falta de profissionalismo da candidata? Onde eles estavam quando Dayse deu o que sobrou do seu caramelo a Priscila para terem que ainda perguntar se ela tinha feito a calda? E o pior é que a candidata ainda gaguejou e tentou enrolar antes de confessar que não tinha feito. Sorrindo, claro! Uma marca registrada que só depõe contra ela própria, pois denota uma falta de interesse sobre tudo. É como se nada realmente importasse para ela, dando certo ou errado, estava sempre mostrando os dentes.

Com a saída de Priscylla, as atenções vão se concentrar muito mais no pedantismo de João e no autoritarismo e machismo de Ivo. O cozinheiro veterano não disfarça a raiva quando perde alguma prova, principalmente se a vencedora for Dayse, sua ex-ajudante. E o jovem professor está se especializando cada vez mais como julgador do trabalho dos demais concorrentes e na bajulação. Ele chegou a dizer que tinha feito uma clave de sol sobre um piano de caramelo em homenagem a Fogaça, que tem uma banda. Jacquin até ironizou, porque o tipo de som do outro nada tem a ver com esse instrumento.

Apesar de que o mezanino tem incentivado os candidatos a revelarem outras características. Como Marcelo que, após vencer a prova de serviço ao lado de João e Fádia, ficou mais opinativo enquanto observavam lá de cima os demais na prova de eliminação. Só que ele muda de opinião conforme os jurados fazem uma avaliação diferente da dele. Apesar de que foi sincero quando o prato de Priscylla foi criticado: “Só por um milagre de Deus ela está aqui até agora”, admitiu Marcelo.

Mas algumas tiradas da concorrente até faziam rir, como quando ela foi direto para a prova de eliminação e disse, no mezanino, ter certeza de que se sairia bem na prova de equipe da qual ficou de fora. Sendo que quando participou de uma, há algumas semanas, foi a que se saiu pior e mais prejudicou sua equipe. E quando Fogaça perguntou se estavam desanimados, antes de começar a prova de eliminação, foi a única que respondeu: “Sim, chef!”. Foi tão surreal que até Dayse, ao lado dela, não se segurou e riu. Isso depois de já ter largado um “Odeio caramelo”, um “Odeio releitura” e um “Odeio torta de limão”. E mais tarde deixou o programa, com seu indefectível sorriso, dizendo: “Saio feliz por ser sobremesa”. Oi?

A sensação que fica é de que Priscylla estava muito mais interessada na vitrine do programa, já que se acha a mais linda de todas em qualquer lugar. Deveria se inscrever em um concurso de beleza se este é o forte dela. “Ela está falando que vai sair desde o primeiro episódio”, lembrou Fádia, que percebeu a estratégia da outra. “A Priscylla nas provas mostra muito negativismo, parece que é para a gente deixar ela de canto, pra não ser a pessoa mais importante naquele momento. Então sempre fica aquela dúvida na hora da prova: será que ela não sabe mesmo ou está inventando pra gente cair no lero dela”, completou Marcelo.

Priscylla só precisa assistir à gravação desse programa e prestar atenção no que lhe foi dito na hora da sua despedida dos jurados, pois na saída, ela falou para a apresentadora Ana Paula Padrão que Jacquin a convidou para trabalhar com ele. E o que o chef na verdade afirmou foi: “Se você quer um lugar para aprender eu te arrumo. Para aprender a fazer confeitaria”. É bem diferente de “Vem aprender comigo”. Ou, Priscylla usou o mesmo artifício de quando fez a torta de limão desconstruía com massa crua e disse na cara dura: “Quem sabe cola?”. Ou quando ao esperar a avaliação de seu prato e filosofou: “Joguei para o universo. Vamos ver o que vai voltar para mim”. Como diz a Paola, com seu sotaque argentino, foi de cair o “quejo”...




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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

“Haja Coração”: Mariana Ximenes brilha em último capítulo morno em que nem fim do suspense sobre casal romântico empolga


Na tentativa de ter uma identidade própria e fugir do final óbvio de Tancinha (Mariana Ximenes) com Beto (João Baldesserini), como aconteceu em “Sassaricando”, o último capítulo de “Haja Coração”, novela das sete da Rede Globo, que foi ao ar nessa terça-feira (8), mostrou a feirante optando pelo amor de Apolo (Malvino Salvador). Na história de Silvio de Abreu exibida há 28 anos e que inspirou a trama atual, escrita por Daniel Ortiz, o escolhido da mocinha foi o publicitário, que na nova versão se deu muito bem com a entrada em cena de Paloma Oliveira, fazendo uma participação inesperada e exuberante para ser o novo alvo do eterno conquistador. Foi a sequência mais legal do capítulo, já que a cena do casamento de Tancinha e Apolo, que coube num porta retrato, deixou o final bem sem graça. Além de ter contrariado o resultado de várias enquetes nas quais a maioria do público manifestou preferir que o eleito fosse Beto e não o piloto.

Ao longo de cinco meses no ar, “Haja Coração” passou por altos e baixos. Começou muito preocupada em não ser vista como um remake e, com isso, no meio do caminho quase se perdeu na tentativa de contar uma história que não tinha mais como ser cem por cento original. Na reta final tentou fazer um bom acabamento para esconder os pontos fracos da fase de alinhavo, mas extrapolou em algumas saídas encontradas. Um dos pontos que não funcionaram no arremate foi a ideia de transformar quase todos os malvados em bonzinhos arrependidos. Foi bem rasa a justificativa de que Carmela (Chandelli Braz) maltratava Shirley (Sabrina Petraglia) por se sentir responsável pelo defeito na perna da irmã. Assim como ficou vaga a regeneração dos ambiciosos, como Leonardo (Gabriel Godoy), Gigi (Marcelo Médici) e Aparício (Alexandre Borges). O que salvou mesmo foi tudo ter sido feito em tom de comédia.

Já o núcleo envolvendo Malu Mader, Carolina Ferraz e Ellen Roche parecia pertencer a outra novela. Por mais que as atrizes se esforçassem, era como se suas personagens tivessem caído de paraquedas na novela e não se ajustaram às situações criadas para justificar estarem ali. Outra trama obsoleta girou em torno do triângulo amoroso formado por Giovanni (Jayme Matarazzo), Bruna (Fernanda Vasconcelos) e Camila (Agatha Moreira). Insosso, não empolgou nem mesmo com o surto de loucura de Bruna no final, torturando o ex-amado em cenas que abusaram nos requintes de crueldade claramente inspiradas em filmes como “Encaixotando Helena” e “Louca Obsessão”. Felizmente o horário da novela não permitiu chegar ao auge do terror visto no cinema.    

É preciso destacar, no entanto, algumas interpretações que fizeram toda a diferença e realmente deram um fôlego extra à novela. Na frente da lista está Mariana Ximenes que, apesar do cansativo “mi” eu isso, “mi” eu aquilo de Tancinha, deu um brilho todo próprio à feirante que mereceu reinar como protagonista absoluta. A seu lado, o ator João Baldasserini também se sobressaiu e caiu no gosto do público, suplantando com seu talento a pose de galã já ultrapassada de Malvino Salvador. Não há como não citar ainda Grace Gianoukas, que fez até Fedora “ressuscitar” na trama e ainda ganhar a companhia de Cristina Pereira, em uma bela homenagem à intérprete da mesma personagem em “Sassaricando”. E, para concluir, o casal revelação da novela, Shirley e Felipe, que literalmente “shipparam” como Shirlipe e conquistaram a torcida do público graças à entrega de seus intérpretes, Sabrina Petraglia e Marcos Pitombo. Se tivessem guardado o casamento de Shirlipe para o último capítulo, o final poderia ter sido mais animado.


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terça-feira, 8 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Noite Retrô é marcada por candidatos sem cultura musical e jurados não honrando a função de mentores


Em clima Retrô, a apresentação do Top 8 do “X Factor Brasil” nessa segunda-feira (7), na Band, teve mais deslizes de candidatos e de jurados do que propriamente a nostalgia que o tema sugeria. A expectativa de ver os candidatos empolgados em fazerem uma viagem no túnel do tempo interpretando sucessos dos anos 70, 80 e 90 naufragou diante da falta de cultura musical da maioria. E o que restou aos jurados foi se digladiarem entre si, um criticando o outro em uma discussão que só levantou um questionamento sobre qual é realmente o papel de mentor no programa. Será que é tão somente escolher o repertório de seus pupilos?

A primeira saia-justa começou com Di Ferrero errando o nome de “Against All Oldds”, de Phil Collins, que Miguel iria cantar. O vocalista do NX Zero disse “Take a Look at Me Now”, citando a frase mais forte da letra da música. E ficou pior ainda quando o candidato confessou não conhecer a canção e de ter apenas ouvido falar em Genesis. Foi um prato cheio para Rick Bonadio lhe dar uma lição ao vivo: “Isso é uma coisa muito ruim para o artista. Para o público tudo bem, mas pra quem vai trabalhar com música, pra quem vai cantar, precisa conhecer os grandes ícones da música mundial.”, disse o jurado, com propriedade. Só ficou estranho esse mesmo critério não ter sido lembrado quando as meninas do Ravena disseram desconhecer Frenéticas ao saberem que iriam cantar “Dancing Days”, música que foi até tema de abertura de uma das novelas de maior sucesso da televisão brasileira que tem o mesmo título. Terá sido uma espécie de proteção ao grupo, o único ainda sob a batuta de Paulo Miklos?

O foco se concentrou na bancada quando, acostumada em sua zona de conforto, Alinne Moraes acabou na mira dos outros três jurados. Até mesmo de seu amiguinho, Rick Bonadio. A cantora ficou visivelmente incomodada quando eles foram unânimes em dizer que Jenni tinha sido prejudicada pela escolha de “Mr. Jones”, de Adam Duritz. Realmente, é uma música ótima para se ouvir em qualquer outra situação, menos sentada em uma plateia assistindo a uma competição. Rick até tentou ser cavalheiro dizendo que todos estão sendo sempre testados, eles como mentores e os candidatos como artistas. Mas Alinne foi ainda mais infeliz com sua desculpa: “Nem só de música boa a gente vive. O artista tem que se adaptar. Isso é só um teste”, defendeu-se a jurada. Como uma mentora expõe seu candidato a esse tipo de teste nessa altura da competição?

Para piorar, Alinne remexeu no assunto ao tentar dar o troco, usando o mesmo argumento para criticar a interpretação de Diego, do time de Di Ferrero, para “Baby One More Time”, de Max Martin. Tentou brincar, mas soou apenas como uma revanche deselegante. Enquanto Rick abusou na grosseria ao dizer que nunca tinha acontecido no programa de alguém não saber cantar. “Eu não sei mais o que falar. É surreal o que eu estou vivendo aqui”, afirmou ironicamente. E Di rebateu: “O fone que ele está ouvindo não deve estar bom”. Será que foi por isso que quando Ravena cantou, logo em seguida, Rick achou tudo lindo e maravilhoso? A avaliação dele foi surreal também. As Frenéticas, 40 anos depois, teriam mais fôlego do que as meninas do grupo mostraram.

Não é à toa que no balanço da noite a melhor performance tenha ficado mesmo por conta de Cristopher, de 37 anos, o mais velho da competição, cantando “Somebody To Love”, de Freddie Mercury.


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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

“The Voice Brasil”: Fase das audições termina sem inovações, com excesso de lágrimas e maioria de vozes femininas


Assim como aconteceu na estreia, a última noite de audições às cegas do “The Voice Brasil”, nessa quinta-feira (3), na Rede Globo, investiu na emoção. Se na primeira semana Lulu Santos foi às lágrimas com o candidato que cantou uma música de Tim Maia, nessa quinta quem desabou foi a candidata Laura, de 17 anos, que não controlou o choro ao ver a cadeira de Carlinhos Brown virar para ela. E teve ainda a emoção de Carol, que após ter três cadeiras viradas, contou que seu sogro tinha falecido e o marido precisou voltar para o interior de Minas Gerais. Já o momento “desnecessário” foi quando Elian, de 16 anos, fez cara de decepção ao não ser classificada e Lulu, Brow, Claudia Leitte e Michel Teló fizeram de tudo para confortá-la. Não precisava tanto, afinal a menina cantou mal e desafinou a canção inteira.

Com as quatro equipes formadas pelos técnicos, cada uma com 12 candidatos, o que chama a atenção é que as vozes femininas predominam nessa temporada. Dos 48 candidatos, 33 são mulheres. Brown tem apenas dois homens em sua equipe, Lulu tem 3 e Claudinha e Teló, 5. Mas foi uma voz masculina, ou melhor, o visual masculino de Gabriel, o último aprovado para o time de Teló, que mais mexeu com as redes sociais. Agora vai ter que ter aulas também de como não se deslumbrar com a fama virtual instantânea de subcelebridade.

Aliás, o time do cantor sertanejo tem outra integrante que causou estranheza ao ser selecionada por ele na semana passada. Justamente ele, que costuma ser sempre o que mais demora a virar a cadeira, apertou o botão poucos segundos após Amanda ter começado a cantar. Nenhum dos outros três viraram. E quando ela terminou de cantar, aliás a música foi bem curta, Teló a “reconheceu” imediatamente: “Ela já deu canja no meu show”, entregou o técnico. A pedido de Brown, os dois até fizeram um dueto no palco. Definitivamente, não colou a tal “coincidência”, justamente no último número da noite.

Mas no geral essa fase das Audições não trouxe qualquer inovação. A primeira novidade dessa quinta temporada só acontecerá mesmo a partir da próxima semana, quando Ivete Sangalo, estreando na função de Supertécnica, aparecerá ajudando os técnicos a treinarem os participantes para a fase das Batalhas. É esperar para conferir se a baiana morena, autêntica de Juazeiro, vai chegar para apimentar o bobó da competição, que já conta com uma baiana loira, de Niterói. E também para ver se a atriz Mariana Rios finalmente terá sua participação justificada. Até agora a atriz fez apenas algumas aparições esporádicas na coxia das apresentações ao lado dos familiares dos candidatos, sem nem ter seu nome citado.


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