sábado, 29 de setembro de 2012

“Viva o Sucesso”: Regina Duarte vem dar um toque de classe e profissionalismo a programa que se propõe a contar histórias de artistas bem-sucedidos e de sucesso



Regina Duarte jamais abriu mão de ser chamada de Namoradinha do Brasil, alcunha conquistada quando fez “Minha Doce Namorada”, novela exibida em 1971. E nesses 50 anos de carreira só fez provar que o título lhe pertence. Muito embora ela já tenha dado mostras de que não é apenas a namoradinha, ela também é a mulher, a amante, a amiga de todas as horas. Foi o que mostrou o “Viva o Sucesso”, único programa inédito do canal Viva, que foi ao ar nessa sexta-feira (28).

Regina emocionou ao falar das dificuldades que enfrentou no início da carreira. “Quando comecei a trabalhar minha família passava por dificuldades. Carne, era uma vez por semana. Se queria comprar um livro ou um sapato novo, tinha que esperar. Éramos cinco irmãos”, contou a atriz, filha de um pai militar que veio do Ceará de pau-de-arara para servir ao exército no Rio Grande do Sul na época de Getúlio Vargas, e lá conheceu sua mãe, uma professora de piano.

Regina também relembrou ter sido descoberta através de um comercial pelo diretor Walter Avancini e lançada na novela “A Deusa Vencida”, em 1964. O programa fez ainda uma retrospectiva com suas personagens inesquecíveis, como a viúva Porcina, de “Roque Santeiro” (1985), as Helenas de “História de Amor” (1995), “Por Amor” (1997) e “Páginas da Vida” (2006), e seu trabalho mais recente como Clô, no remake de “O Astro” (2011).

Com aquele sorriso rasgado que é sua marca registrada, a intérprete de mulheres que entraram para a história da televisão brasileira afirmou sempre ter cultivado uma relação de carinho com os fãs. E mostrou que não parou no tempo em que os admiradores só se relacionavam com seus ídolos através de cartinhas. “No ‘Astro’, eu senti o retorno das pessoas na internet. O país inteiro comentando. Como se eu estivesse em um palco e a plateia virtual dissesse: ‘uau!’”, contou Regina, a namoradinha antenada na Era Digital.

Dirigido por Pablo Uranga, o programa feito pela produtora independente Los Feliz estreou em 31 de agosto tendo Sandy como convidada. Agradou ao fã clube da cantora, mas se mostrou amador, buscando o caminho mais fácil. Depois vieram a escritora Thalita Rebouças, uma escolha pouco feliz para um programa estreante, já que se trata de uma convidada pouco conhecida do público em rede nacional; a apresentadora Ana Maria Braga, que deixou de contar muitas histórias que poderiam ter sido mais enriquecedoras, mas que fazem parte de sua longa passagem pela Record; o cantor Latino, que está longe de ser um representante sério de uma história de sucesso; e agora, finalmente, uma convidada que faz jus ao nome da atração.

Resta esperar que os próximos convidados mantenham o mesmo nível dessa quinta edição. Para quem perder nas noites de sextas-feiras, tem reprise em horários alternativos no fim de semana.