Maurício Meireles parece ter chegado ao “CQC” com um atraso de três anos e meio. O novo repórter do programa da Band demonstra claramente uma tentativa de repetir uma fórmula que dava certo na estreia do “CQC”, em 2008, quando os integrantes faziam graça bancando os repórteres inexperientes e que faziam perguntas aparentemente audaciosas escondidas por trás de caras de ingenuidade. Danilo Gentili foi um dos melhores nesse papel. Mas... A fórmula ficou batida demais. E por mais que Maurício tente, apresentando -se aos entrevistados com uma humildade forjada de quem está estreando na função, não convence nem tem mais graça.
Maurício é mais um que vem dos palcos fazendo
comédia stand up, como todos os outros integrantes: Felipe Andreoli, Rafael
Cortez, Danilo Gentili, Oscar Filho, Marco Luque, e Rafinha Bastos. Esse
último, apesar de não aparecer mais no ar, depois do episódio já lembrado aqui,
ainda tem seu nome incluído entre os apresentadores no blog oficial
do “CQC” no site da Band. Já o de Maurício Meireles, que estreou no dia 21
deste mês, ainda não aparece na relação. Estará em “período de experiência”?
Se for esse o caso, seria bom o "novato"
começar a criar uma identidade própria e buscar fazer a diferença onde todos os
outros parecem ter se acomodado no caminho fácil de repetir sempre o igual, que
deu certo no começo, mas que se esgotou. A sensação que se tem é de que o “CQC”
virou apenas uma vitrine para humorista interessados em atrair público para
seus shows stand up.
Não é à toa que, ano passado, Danilo Gentili e
Rafinha Bastos abriram até uma casa noturna com shows desse gênero em São
Paulo. Nada contra eles usufruírem e tirarem vantagem da propaganda gratuita.
Mas, ao demonstrarem estarem muito mais interessados em um negócio vantajoso
apenas para eles fora da TV, quem está perdendo é o telespectador.