terça-feira, 8 de novembro de 2011

“Labirinto”: Excelente oportunidade de lembrar a primeira incursão de Gilberto Braga no gênero policial na televisão

Depois das reprises das minisséries “Anos Rebeldes” e “Anos Dourados” e da novela “Vale Tudo”, foi gratificante ver Gilberto Braga ganhar mais um repeteco no canal Viva. “Labirinto”, sua primeira incursão em uma trama policial, começou a ser exibida nessa segunda-feira (07), desta vez com os 20 capítulos na íntegra. A minissérie, de 1998, havia sido relembrada pelo canal Multishow em 2005, mas de forma editada, na versão internacional de 15 capítulos, em homenagem aos 40 anos da Globo.

É uma delícia rever, 13 anos depois, Gilberto ousando no gênero tendo como protagonistas Fábio Assunção e Malu Mader, ambos no auge de suas boas formas. A atriz, intérprete da prostituta Paula Lee, até dispensou dublês para fazer a cena em que aparece nua na banheira no primeiro capítulo. Uma cena que durou apenas 10 segundos e causou alvoroço na época. E o ator, no papel de André, também causou ciumeiras por estar com um visual que se assemelhava a Brad Pitt. Apenas inveja da oposição!

Curioso rever Alice Borges e Luciano Szafir protagonizando cenas de amassos e beijos em um dos primeiros trabalhos de importância de ambos na TV. Marcelo Serrado, hoje roubando todas as cenas de “Fina Estampa”, lá ainda não passava de um coadjuvante cumprindo bem a lição de casa. Precisou ir para a Record e ganhar o posto de protagonista para se auto-afirmar como ator de primeira linha.

É gratificante lembrar ainda que Isabela Garcia já fez brilhantemente uma personagem rica e perua, como foi o caso da Ioiô. Nem sempre o problema de um personagem não acontecer é o artista, às vezes é a falta de oportunidade para ele mostrar seu talento. Mas Isabela se supera tanto fazendo a fina quanto a suburbana.

Para quem não assistiu antes, “Labirinto” é mais uma daquelas histórias que traz o “Quem matou”, mas de uma forma mais policial e menos dramalhão. O milionário Otacílio Martins Fraga, em mais uma irretocável interpretação de Paulo José, é assassinado na festa de réveillon em sua cobertura em Copacabana, e o suposto assassino, Ricardo Velasco (Antonio Fagundes) amante da mulher do morto, Leonor (Betty Faria) faz com que a culpa recaia sobre o jovem André, amigo de infância de Otacílio Jr. (Marcelo Serrado), um dos filhos do milionário. André foge e inicia uma luta para provar sua inocência. Enquanto isso, divide-se entre duas mulheres: a prostituta Paula Lee e Virgínia (Luana Piovani), noiva de Júnior, que se apaixona por ele.

Não há como não lembrar também que a música “Não Enche", de Caetano Veloso, usada em “Labirinto”, também esteve na trilha sonora de “Paraíso Tropical”, em 2007, outra trama de Gilberto Braga, como tema de Bebel (Camila Pitanga), uma outra garota de programa tal qual Paula Lee. No andar da carruagem, é prova de que os labirintos acabam sempre desembocando em um ponto em comum...