Quando
estreou nos Estados Unidos, em outubro, “Last Man Standing”, criada
por Jack Burditt, produtor de “Frasier” e de “30 Rock”, surpreendeu ao
atingir altos índices de audiência. Muito por conta do grande número de fãs do
protagonista, Tim Allen, que estrelou séries de sucesso nos anos 90 e depois
passou a se dedicar ao cinema. Já por aqui acho que a serie que começou a ser
exibida na terça-feira (08), no canal LIV, não causará surpresas. Não apenas
pelo “retorno” do ator.
Em
"Last Man Standing" tudo gira em torno do fotógrafo e diretor de marketing
de uma loja, responsável pelos catálogos de vendas de artigos de caça e pesca.
Como não é, digamos assim, um sujeito muito bem sucedido e sua mulher recém
promovida precisa se dedicar mais ao trabalho, ele se vê obrigado a passar mais
tempo em casa monitorando as três filhas do casal: uma adolescente mãe
solteira, que não deseja a ajuda dos homens para viver sua vida; uma jovem
desmiolada que só pensa na aparência e uma pré-adolescente que ainda não sabe
como lidar com a puberdade.
Uma
espécie de papai-faz-tudo, Mike (Allen) faria uma boa dupla com Marcos,
personagem de Ângelo Antônio em “A Vida da Gente”, que também cuida das tarefas
domésticas e dos filhos enquanto a mulher se responsabiliza pelo sustento da
família. E ouve dela frases contudentes ao criticar a relação dele com as
filhas: “Por que dar conselhos? Cuide do que sabe fazer: enxotar guaxinim no
quintal!”. Mas, em se tratando de uma comédia, Mike está mais para o babaca
Willie (Max Wright), do seriado “Alf, o ETeimoso”. Engole todos os sapos com um
sorriso humilhante nos lábios e se sente conformado ao receber um afago.
Tirando a
trivialidade de tudo, o que mais incomoda é o som excessivamente alto de
risadas o tempo todo. Quando os americanos vão perceber que usar claquete é um
recurso pobre, irritante e que apenas subestima a inteligência do público? Um
bom programa de humor não precisa avisar que está na hora de rir, certo?