segunda-feira, 3 de outubro de 2011

“CQC”: Marcelo Tas e cia, que defendem tanto transparência nos outros, não dão qualquer explicação para a ausência de Rafael Bastos na bancada do programa



Mônica Iozzi abre sua participação na bancada do “CQC” dizendo que Rafael Bastos teve câimbra na língua e que essa é sua primeira participação na bancada. Não é bem assim... Mônica Iozzi já dividiu a bancada, no dia 1 de agosto, ao lado de Rafael Bastos e Marcos Luque, em noite que Marcelo Tas não pode apresentar o programa.  Mônica faz reportagens no CQC desde setembro de 2009, após ter vencido um concurso para escolha do oitavo elemento do programa.

Assim, Marcelo Tas seguiu o programa sem dar qualquer explicação convincente que justificasse a presença de Mônica na bancada do “CQC” de hoje, 3 de outubro, na Band, ocupando o lugar de Rafael Bastos. O ator-jornalista, comediante, que faz questão de lembrar que é judeu e gaúcho, como se isso fosse mais um motivo de piada, foi punido com o afastamento do programa, em princípio por uma noite, após ter sido mais uma vez infeliz em suas “gracinhas” agressivas e desrespeitosas.

O episódio aconteceu na edição do dia 19 de setembro: “Que bonitinha que está a Wanessa Camargo grávida”, disse Tas. “Eu comeria ela e o bebê”, afirmou Rafael, tentando fazer mais uma das suas piadas grosseiras e sem graça. Tas tentou disfarçar, mudando de assunto. Já Marcos Luque, amigo do empresário Marcus Buaiz, marido da cantora, fora do ar repudiou a piada do colega.
Nunca vi tanta saia justa junta e incluída num programa que se orgulha de ser ao vivo. Se é ao vivo, que dê explicações inéditas e verdadeiras.

Também está na hora de a mídia parar de chamar as declarações de Rafael Bastos de “polêmicas” e “bombásticas”, pois isso só alimenta seu ego. O que tem de bombástico e polêmico em alguém dizer que “mulheres feias deveriam agradecer caso fossem estupradas, afinal os estupradores estavam lhes fazendo um favor, uma caridade?”. É no mínimo nojento ouvir isso. E está muito longe de ser engraçado.

Sinceramente, admirava o trabalho dele como repórter no começo do “CQC”, que estreou em 2008. Principalmente pelas materias de denúncia e cunho social. Coisa que ele ainda tenta fazer no programa “A Liga”, na mesma emissora, mas sua imagem de repórter sério anda brigando com um certo prazer em se sentir um “celebrity” dos palcos. Não é à toa que seu primeiro show stand-up se chama “A Arte do Insulto”, e o segundo, “Péssima Influência”. Está faltando colocar um pouco a mão na consciência e avaliar se não está confundindo liberdade de expressão com liberdade de agressão.