terça-feira, 25 de outubro de 2016

“X Factor Brasil”: Competição ganha mais ritmo com apresentações ao vivo, mas peca em detalhes na direção geral dos shows


A exibição do “X Factor Brasil” ao vivo, que começou nessa segunda-feira (24) na Band, já fez muito a diferença em relação às etapas anteriores da competição musical, que eram gravadas. Saindo da zona de conforto da possibilidade de qualquer falha muito grave ser corrigida na mesa de edição, é visível que todos estão muito mais empenhados em fazer diante da câmera. E isso vale não apenas para os cantores que estão na disputa, como também para os jurados, os músicos Alinne Santos, Di Ferrero e Paulo Miklos e o produtor musical Rick Bonadio, e para a atriz Fernanda Paes Leme, que demonstrou estar bem à vontade no papel de apresentadora.

Com tempo cronometrado, o programa ganhou mais agilidade. Até mesmo as inserções de imagens de bastidores mostrando os participantes que iriam se apresentar recebendo uma repaginada no visual, ganhando novos cortes de cabelo e consultoria de moda na escolha dos figurinos, tiveram um ritmo mais acelerado. O que só contribui, já que público quer mesmo é ouvir música. No palco, a produção caprichou para as apresentações de cada candidato, embora em alguns casos os cenários estivessem escuros demais, com uma iluminação muito difusa que poderia estar funcionando bem para quem estava na plateia, mas não para quem assiste pela televisão em casa. Faltou um olhar mais atento da direção dos shows.

O erro maior foi ter pecado pelo excesso de bailarinos no palco, com coreografias que em várias ocasiões estavam visivelmente atrapalhando o cantor, a cantora ou até mesmo o grupo da vez. Como foi o caso de Cristopher, que, além de estar se esforçando para manter o fôlego com tantos graves e altos, parecia ter ficado tonto com a rodinha que as bailarinas fizeram à volta dele enquanto cantava. Até mesmo a apresentadora percebeu e, quando acabou a música, Fê chegou perguntando se Cristopher estava muito cansado e se tinha sido difícil se concentrar com a mulherada dançando à sua volta. Ele apenas deu uma risadinha. De forma menos escancarada, mas também foi desnecessária a forma como os bailarinos quase abafaram a cantora Naomi em sua apresentação. Tomara que corrijam nos próximos.

Já em relação aos candidatos eliminados, acredito que Eli, apesar de ter evoluído, ainda falta ele se preocupar mais com o lado profissional do que com a ânsia de ser um superstar. Tamires se desmontou ao sair de sua praia que é fazer a Beyoncé e ter que interpretar Ivete Sangalo. Também estava totalmente desconfortável naquele figurino, um vestido curto justíssimo, tipo embutido, e uma estola de pele dava a impressão de estar travando seus movimentos. E o grupo O Clã, depois de cantar uma música comercial que já foi tema de abertura de novela na Globo, teve a infeliz ideia de voltar para a repescagem cantando “uísque, vodca ou água de coco”, do Naldo. Se perderam total no Fator X.


Em tempo, para entender a dinâmica do programa, exibido pela Band nas noites de segunda e quarta-feira:
Dos cem candidatos que passaram nas Audições, 60 foram eliminados na etapa do Centro de Treinamento, quando os aprovados foram divididos em quatro grupos de dez (Homens, Mulheres, Grupos e Adultos acima de 25 anos); desses 40, quatro de cada grupo se classificaram para os Shows Ao Vivo ao passarem no Desafio das Cadeiras. Na abertura da primeira noite ao vivo, os 16 cantaram juntos no palco, mas apenas dois de cada grupo se apresentaram individualmente. Nessa fase, cada jurado pode salvar um integrante de sua equipe, os quatro que sobram cantam mais uma música, dessa vez valendo uma vaga na repescagem, e quem decide quem fica é o público, através de votação via telefone, mensagem de texto e pela internet.

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https://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2016/09/x-factor-com-candidatos-fracos-e.html