sábado, 1 de outubro de 2016

“Batalha dos Cozinheiros”: Buddy erra a mão ao lançar mão de fórmula batida da mistura de ao vivo com prova final gravada


A final de “Batalha dos Cozinheiros”, comandada pelo chef norte-americano Buddy Valastro na Record, repetiu a mesma receita duvidosa usada em outras competições culinárias que é misturar ao vivo com partes gravadas. A prática vem sendo adotada pela Band no “MasterChef” desde sua primeira temporada, mas só na terceira e mais recente a emissora desistiu de fingir que era tudo ao vivo. No caso da Record ainda houve um agravante: como Buddy fala em inglês, foi preciso uma tradução simultânea. E aí ficou muito mais estranho do que já era no decorrer dos episódios dublados na edição. Deu até para ter uma ideia de como os participantes se sentiam ao receberem as ordens do chef-apresentador na cozinha traduzidas através de um ponto no ouvido. Com certeza fazia aumentar a tensão até a hora do “Vamos cozinhar!”.

O grande problema desse falso ao vivo no último episódio é o fato de tirar do telespectador o prazer de se sentir participando da prova que dará a vitória a um participante ou, no caso, a uma dupla. Na “Batalha dos Cozinheiros” ainda teve mais um agravante: ao sair do palco e partir para a imagem do telão, a gravação da disputa final começou com um merchandising de Buddy, que apareceu ensinando as três duplas finalistas a misturarem vários produtos condimentados e apresentando o mesmo como sendo o “seu molho”. Constrangedor ver um chef de cozinha renomado fazendo uma receita cem por cento industrializada. E na rebarba veio a tarefa da penúltima prova: preparar hambúrgueres! Food truck para escolher o melhor cozinheiro caseiro? Inacreditável.

Enquanto isso, no estúdio com plateia as duplas de ex-participantes procuravam disfarçar o desconforto em estar ali sem ter o que fazer. Se o programa fosse todo gravado talvez até funcionasse melhor, por que até no ao vivo Buddy quebrou a expectativa do anúncio dos gaúchos André e Adelino como vencedores para fazer mais um merchan de um patrocinador. Foi, no mínimo, constrangedor.



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