sábado, 15 de outubro de 2016

“The Voice Brasil”: Edição previsível e excesso de talentos aprovados reduz a expectativa se as cadeiras vão virar ou não


Em sua segunda noite de audições às cegas nessa quinta-feira (13), o “The Voice Brasil” começou a dar sinais de que precisa urgentemente de uma injeção de criatividade que não faça essa temporada naufragar na mesmice. É boa a ideia de preparar uma apresentação dos candidatos antes de eles subirem ao palco, seja através de um clipe de imagens deles na vida real ou com fotos pontuando o bate-papo de cada um com o apresentador Tiago Leifert, mas se esgotou pelo excesso. E também porque já deu para perceber que quanto mais produzida a tal apresentação, maior a chance de que o candidato passará pelo teste. Competição para valer tem que ter ganhador e perdedor na mesma proporção.

Outro ponto que tira a expectativa é o fato de darem ampla preferência a mostrar candidatos aprovados. Dos 12 que se apresentaram nessa segunda audição, dez continuam na competição. Apenas dois foram reprovados, e assim mesmo mostrando competência para ficarem. É sabido que há muitos talentos espalhados pelo Brasil, mas é impossível acreditar que a porcentagem de reprovados pelos quatro técnicos, Claudia Leitte, Carlinhos Brown, Lulu Santos e Michel Teló, seja tão ínfima.

Parece haver um cronograma ensaiado para as cadeiras virarem. Também não entendo por que quando chega alguém cantando sertanejo, Carlinhos, Claudia e Lulu imediatamente apontam para Michel Teló, como se só ele pudesse avaliar o candidato. Não vejo todos apontando para Lulu quando alguém chega cantando rock. Não estão todos ali para avaliar o cantor que se apresenta pela voz, independentemente do gênero musical escolhido por ele?

No mais, Mariana Rios continua perdida. A participação da atriz como repórter se resume a “tapar buraco” enquanto Tiago Leifert dá uma “saidinha” para fazer seja lá o que for. E os técnicos continuam repetindo o mesmo figurino com a desculpa esfarrapada de que o programa é gravado. Tudo bem que a gravação acontece direto, mas fica estranho eles trocarem para as apresentações musicais no encerramento e na edição seguinte aparecerem com as mesmas roupas que estão usando desde a estreia. Claro que a logística é complicada, mas quem faz o programa está lá para pensar em todos os detalhes e buscar soluções para todas as situações. Se quem sabe faz ao vivo, para fazer gravado também tem que ter jogo de cintura.



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