Um projeto inovador na televisão brasileira não apenas
por ousar na ideia quanto por seguir os passos dessa ousadia tanto no roteiro
quanto na direção artística no desenvolvimento do conteúdo. Assim eu definiria “Supermax”,
série da Rede Globo exibida nas noites de terça-feira e que estreou
em 19 de setembro. Mas, em função da partida de futebol da seleção brasileira
que coincidentemente caiu nesse mesmo dia essa semana, apenas três episódios foram ao ar
até agora.
Felizmente em tempos em que a famosa convergência de
mídia se torna cada vez mais eficaz, hoje assistindo no Globo Play aos
episódios completos do quarto ao décimo primeiro - o penúltimo da série só será
conhecido ao vivo na Rede Globo – fiquei me perguntando como quem que não é assinante e não tem acesso aos vídeos pela internet vai se prender a uma série que mal estreou e já fica 13 dias sem exibição? Não, eu não vou cometer aqui a inconfidência do spoiler!
Mas entendi muito do que havia contestado do que tinha visto nos três primeiros
episódios sobre o fato de no elenco haver atores conhecidos, inclusive duas atrizes atualmente no ar em "Haja Coração". As cenas são fortes demais e, se interpretadas por anônimos, talvez houvesse uma aversão maior. Adianto apenas que a partir do décimo episódio muda tudo... E mais não conto!
Independentemente da resposta da audiência, a falha crucial cometida nessa série está na direção de programação da Rede Globo que não soube prever um cronograma de exibição para a exibição dos doze episódios da série. Para começo de conversa, não era nem para ser uma série semanal! Como uma história que depende totalmente do suspense pode sobreviver a uma semana sem ir ao ar? E ainda por cima correndo o risco de, como aconteceu, ficar duas semanas sem ser exibida? De que adianta tanto investimento em um produto de qualidade se a logística operacional da programação não corresponde?
Mais "Supermax" em:
https://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2016/09/supermax-proposta-de-fazer-reality-show.html