sábado, 22 de outubro de 2016

“Como Será?”: Há dois anos no ar, matinal de sábado mantém qualidade na forma descontraída de informar e prestar serviço


No ar desde 2014, o “Como Será?” já se consolidou como uma daquelas excelentes opções para quem acordou cedo nas manhãs de sábado, quer e pode ficar na frente da televisão a partir das 7h. O programa da Rede Globo, incluído na categoria jornalístico, traz uma fórmula muito bem elaborada ao embutir informação nas matérias de entretenimento e ao dar às notícias um tratamento leve e coloquial nas entrevistas. Contribui muito a apresentação carismática de Sandra Annenberg, jornalista que também ocupa a bancada do “Jornal Hoje”, e a desenvoltura da equipe de repórteres e colaboradores.

No geral, com pouquíssimas exceções, as pautas se preocupam em trazer projetos voltados à educação, cultura, ecologia e ciência. A edição desse sábado (22), por exemplo, estava especialmente muito bem alinhavada. Destaque para o quadro “Expedição Campo”, no qual foram mostradas novas técnicas usadas na agricultura para irrigar as plantações no Sertão do Ceará usando o mínimo de água possível. A reportagem foi feita de forma tão atrativa por Renato Cunha que despertou a curiosidade e despertou até o interesse em se pensar em formas de aplicar algumas das ideias no próprio ambiente.

No “Hoje É Dia de Fã”, que mostrou separadamente três grupos distintos de pessoas aficionadas por Elvis Presley, pela série “Jornada nas Estrelas e por Luan Santana, o repórter Alexandre Handerson se superou na descontração. Os dois primeiros, com integrantes adultos, foram os mais interessantes, pois muitos estavam caracterizados como seus ídolos e suas atividades extrapolam o fanatismo e buscam também atividades culturais, recreativas e até de assistência social. Enquanto o terceiro, do cantor sertanejo, é formado em sua maioria por jovens que se relacionam quase que exclusivamente pela internet. Sem graça.

Também foi legal mais uma etapa da viagem de Max Fercondini e sua namorada Amanda Richter no “América do Sul Sobre Rodas”, em que passaram por Medelín, na Colômbia, mostrando a cidade como um exemplo de resiliência. Misturar momentos de atritos e de romance do casal dão um colorido à parte na reportagem. Assim como foram bem ilustradas as matérias sobre prevenção à violência contra a mulher, a criação de teclados para cegos, produção de barras de cereal e a entrevista em estúdio com o tema problemas da fala. Sem dúvida, o programa estava redondo. Uma excelente opção na TV para começar o sábado.


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