Regina Casé voltou totalmente reciclada na nova
temporada do “Esquenta”, que estreou nesse domingo (9) na Rede Globo.
Repaginado, o programa ganhou maior versatilidade, com espaço para temas sérios
serem tratados de forma informal e sem exagero nos momentos mais divertidos. Como
foi a forma natural e descontraída como foram mostrados os portadores de
deficiência, atletas paraolímpicos e de integrantes do bloco Senta Que Eu
Empurro que compareceram em massa na plateia. “O interessante é que descobrimos
que a maioria deles vem aqui por vontade própria, porque se sentem, bem e isso
é maravilhoso”, afirmou a apresentadora.
A estreia também contou com a presença luxuosa da
presidenta da República Dilma Roussef em uma entrevista gravada em Brasília na
unidade da rede de hospitais Sarah Kubitschek, centro de reabilitação. A
conversa girou em torno de vários assuntos, mas principalmente focou na
necessidade da inclusão social de portadores de deficiência. Funcionou bem a
ideia de intercalar a entrevista costurando vários momentos de outras atrações,
e não apresentá-la em um único bloco, pois não prejudicou a dinâmica do
programa. E a informalidade de Dilma, no clima do “Esquenta”, contribuiu para o
bom resultado. Ela soltou até um "ajunta", em homenagem aos seus conterrâneos mineiros.
Arlindo Cruz e Leandro Sapucahy, participantes fixos
desde a primeira temporada, agora ganharam o reforço de Péricles, ex vocalista do Exaltasamba,
e Xande de Pilares, vocalista do grupo Revelação. Também teve a presença de
Herbert Vianna, cantando e contando um pouco de sua condição de cadeirante. Já
a presença de estudantes de Medicina da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ), que foram comemorar sua formatura no programa, ficou meio desnecessária,
ou não funcionou como deveria.
Deu para perceber que várias arestas foram aparadas
em relação às temporadas anteriores: a música “Esquenta (Tema de Regina)” já
não é mais tocada à exaustão numa verdadeira lavagem cerebral de exaltação à
apresentadora; Regina Casé, acredite, está menos deslumbrada, deixando que os
outros também apareçam e se jogando menos diante das câmeras para dominar a
cena, como fazia antes; e a edição pode melhorar, mas está bem mais cuidadosa,
sem aqueles cortes abruptos que eram feitos.
A declaração de amor
de Estevão Ciavatta, um dos diretores do programa e marido de Regina, que ficou
temporariamente tetraplégico após um acidente de cavalo em 2008, encerrou a
estreia com chave de ouro. O mais marcante, porém, foi a mensagem deixada por um
atleta paraolímpico: “Para quem é guerreiro, nada é impossível”.
Mais "Esquenta" aqui:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/02/esquenta-precisa-um-cuidado-melhor-na.html
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