sábado, 2 de junho de 2012

“As Brasileiras”: Eva Todor foi a “cereja do bolo” no episódio “A Vidente de Diamantina”, protagonizado por Bruna Linzmeyer


Situações engraçadas, sem exagerar na bizarrice, e diálogos bem-humorados, sem cair na comédia escrachada – como já aconteceu em episódios anteriores - marcaram “A Vidente de Diamantina”, da série “As Brasileiras”, que foi ao ar nessa quinta-feira (31), na Globo. Bruna Linzmeyer interpretou Clara, a vidente do título que ao beijar qualquer homem tem visões de como será seu futuro ao lado dele. Lançada na minissérie “Afinal, O Que Querem As Mulheres”, dirigida por Luiz Fernando Carvalho em 2010, mas conhecida do grande público após interpretar a Leila da novela “Insensato Coração”, em 2011, a atriz não conseguiu disfarçar a tensão por estar vivendo sua primeira protagonista absoluta. Mas os atores Gregório Duvivier (que também assina o texto com Clarice Falcão) e Mateus Solano se encarregaram de dar equilíbrio ao trio que formaram com Bruna. Gregório soube dar o tom discreto e contido de seu personagem, Júlio, melhor amigo de Clara, que a ama em segredo. E Mateus caprichou nas caras e bocas fazendo o professor psicopata Heitor, que tenta conquistar a aluna, mas tem atitudes estranhas.

O tom de humor simples fez a diferença. Como na cena em que Clara chega ao restaurante para jantar com o professor desculpando-se pelo atraso e ele diz: “Eu que cheguei adiantado. Vim de moto costurando no trânsito”. “Você costura e anda de moto ao mesmo tempo?”, pergunta ela, assustada. A piada pode não ser um primor de criatividade, mas ficou engraçada graças às expressões dos atores. 

No geral, no entanto, a participação de Eva Todor é que foi a “cereja do bolo” no episódio. A atriz fez a simpática Dona Conchita, a “amiga madura” com quem Júlio desabafa seu amor não correspondido por Clara, enquanto a acompanha no carteado. No clima de “vidência”, ela quase engana o jovem dizendo que adivinha seus pensamentos e as cartas que ele tem nas mãos. Por isso ganha todos os jogos. Mas no fim acaba revelando, divertindo-se, que vê os naipes dele através do espelho. "Mas, infelizmente, na vida nem sempre temos um espelho para saber se o parceiro está blefando", diz Dona Conchita, sabiamente. A presença de Eva, ou “a Juliana Paes da terceira idade” como Daniel Filho a chamou em sua narração, é sempre bem-vinda em qualquer programa.