Para quem gosta de bicho, Alexandre Rossi, que ficou
conhecido do público ao apresentar o quadro “Dr. Pet”, no “Domingo Espetacular”
da Record, acaba de ganhar um programa próprio, o “Missão Pet”, que estreou
nessa terça-feira (26) no canal National Geographic Brasil. A ideia é a mesma: mostrar
o zootecnista ensinando animais a se comportarem de forma adequada. Só que
nessa nova série, que terá 13 episódios, não são apenas os bichinhos de estimação
que serão alvo do especialista. Além de cães e gatos, ele mostrará suas
habilidades em também amansar elefante, tigre, macaco e até papagaio.
Nesse primeiro episódio,
os personagens foram dois
cãezinhos bem nervosos: o lhasa Scooby e o dachshund Churros. O primeiro
foi
recolhido na rua por um jovem casal, mas, mesmo sendo tratado com amor,
era agressivo e mordia quem chegasse na casa, inclusive os próprios
donos quando era
contrariado. O segundo latia desesperadamente e avançava nas visitas e
costumava fugir
para a rua, deixando toda a família preocupada, com medo que ele fosse
atropelado por algum carro.
O mais interessante são os métodos que Rossi utiliza
em cada caso. Scooby foi educado graças ao uso de bexigas explodidas por sua
dona a cada atitude inconveniente do cão. Para Churros, a arma foi um spray
de água, que o ensinou a não mais ultrapassar os limites dos portões da casa. “A
gente muda o cachorro por meio do comportamento das pessoas”, explicou ele. São
dicas aparentemente simples, como broncas seguidas de sustos e recompensas,
como o biscoitinho dado após cada bom comportamento. Mas requer paciência e
dedicação dos donos. Duas semanas após
orientar os familiares, Rossi volta aos lares para conferir o resultado e a
transformação dos bichos.
Diferentemente do quadro na Record, no qual ele
fazia as visitas acompanhado de um mascote, primeiramente foi a cachorrinha
Sofia e depois o Mascotinho, ambos vira-latas, agora Rossi não tem
mais acompanhante. Nem cenário simulando um consultório veterinário. As
explicações intercaladas nos blocos das visitas são gravados em externas
variadas.
As
situações são interessantes, os conselhos úteis
para quem tem pet, mas o programa peca na edição ao repetir várias vezes
as
mesmas imagens e declarações dos donos dos bichos. Os dois casos são
intercalados e cada vez que vai de um para o outro é feito um resumo do
que
acabou de ser mostrado anteriormente. Não justifica nem se foi para
preencher o tempo do programa
no ar, já que não há intervalos - pelo menos não teve no primeiro. Com
certeza haveria mais situações inéditas para serem mostradas.Sem falar
que o telespectador não precisa ser condicionado pela repetição.
De qualquer forma, é uma atração que certamente terá
público certo entre os apaixonados por bichos. E o histórico de Rossi é o
melhor aval de garantia de seu trabalho. Formado em Zootecnia e mestre em
Psicologia pela Universidade de São Paulo, ele se especializou em comportamento
animal pela Universidade de Queensalnad, na Austrália. Mas o interesse por
adestramento foi precoce. Com apenas 6 anos de idade, treinava seus peixinhos
no aquário para pedirem comida passando por argolas e tocando um sino para comer. Depois, passou a treinar coelhos, hamsters e
bichos de estimação de amigos. Como profissional, trabalhou em diversos países
como África do Sul, Irlanda, Portugal, Estados Unidos, Tailândia e Austrália e
já lançou vários livros sobre sua especialidade.
Além de programas na televisão, Rossi está à frente
desde 1998 da Cão Cidadão, empresa criada por ele para oferecer serviços de
adestramento e consultas comportamentais, cursos, palestras, workshops,
treinamento de animais para filmes e propagandas e participa ativamente de
projetos sociais e beneficentes. Para quem se interessa pelo assunto, vale
conferir o site: http://www.caocidadao.com.br/.