sábado, 9 de junho de 2012

“Perdidos na Tribo”: Programa da Band se aproxima do fim mostrando apenas como pessoas civilizadas se rendem a seus instintos primitivos, aceitando até torturar e sacrificar animais, por alguns mil reais


Após assistir aos dois primeiros episódios de “Perdidos na Tribo”, programa que a Band chama de docu-reality, mas que na verdade trata-se de um show de horrores, e que estreou no dia 13 de abril, decidi não continuar acompanhando. Nessa sexta-feira (8), no entanto, resolvi conferir se alguma coisa havia mudado, já que seria o nono dos dez episódios gravados. Grande decepção. O que pude constatar foi que, movidos pela ambição de ganhar o prêmio de R$ 250 mil, os participantes se transformaram em verdadeiros canibais. Alguns até tentam disfarçar, mostrando-se chocados com a crueldade feita por eles próprios com animais, sacrificados ainda vivos. Mas nem por isso deixam de participar ativamente dos rituais. 
 
O programa consiste em três famílias brasileiras, os Oliva, os Sackiewicz e os Menendes terem que conviver por três semanas com tribos: os Himba, nômades africanos da Namíbia; os Hamer, africanos do sudoeste da Etiópia, e os Mentawai, indígenas que vivem em ilhas da Indonésia. No fim, o chefe de cada tribo avalia se cada membro cumpriu suas tarefas, agindo exatamente conforme os costumes de cada povo, incluindo aí matanças e torturas de animais em seus rituais.

É preciso muito frieza para ouvir os gritos desesperados dos animais e assistir a imagens banhadas em sangue sem se horrorizar. Respeito que tais atos façam parte da cultura de cada tribo, por isso são chamados de primitivos, o que me espanta é ver pessoas ditas civilizadas se sujeitarem a tal comportamento. Será que, após voltarem para casa, suas consciências deixarão que elas coloquem suas cabeças no travesseiro e durmam um sono tranquilo? Caso as três famílias sejam aprovadas por suas respectivas tribos, o prêmio será dividido entre elas, o que dará pouco mais de R$80 mil para cada. 

É, com certeza vai dar para pagar as sessões de terapia que muitos vão precisar fazer após terem participado, por livre e espontânea vontade, de experiência tão degradante.

Mais sobre o programa na crítica da estreia, aqui:

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