quarta-feira, 15 de maio de 2013

“Tapas & Beijos”: Otávio Muller se torna o destaque na terceira temporada da série com a interpretação hilariante que dá à versão dupla do personagem Djalma



Otávio Muller se superou em todos os quesitos no episódio dessa terça-feira (14) de “Tapas & Beijos”, na Rede Globo, transformando em motivo de muitas gargalhadas as situações estapafúrdias vividas por seu personagem, Djalma, que, num surto total, saiu peladão pelas ruas de Copacabana. O ator vem conquistando espaço maior na história ao interpretar papel duplo em que o novo Djalma conversa com sua versão antiga, em que ele era o sério e correto dono da loja Djalma Noivas. Agora, proibido de trabalhar após ter sofrido um enfarte e sentindo-se um inútil, ele vive momentos de perturbações e devaneios, misturando remédios fortes com bebida.

Nesse último episódio, Flavinha (Fernanda de Freitas), a mulher dele que assumiu o comando da loja em seu lugar, viaja para São Paulo a negócios e deixa Sueli (Andréa Beltrão) e Fátima (Fernanda Torres) com a missão de ficar de olho no marido. O que as duas amigas e funcionárias da loja não contavam é que iriam se deparar com um Djalma no limite do desespero. “Sem a Flavinha eu me sinto nu”, afirma ele, totalmente sem roupa. A nudez, no entanto, é mais um detalhe diante das expressões do ator.

Otávio Muller se tornou a grande sensação nessa terceira temporada graças à sua versatilidade em contracenar com ele próprio, sem uso de dublês nas cenas, com imagens totalmente diferentes. O antigo Djalma estava sempre vestido de forma impecável, com a imagem de um comerciante de respeito; o novo tem aparência suja, desleixada. Mas não é apenas o visual que pontua o diferencial, o ator também empresta um gestual completamente distinto para cada um dos dois Djalmas, sem deixar que se perca a certeza de que os dois são a mesma pessoa. Não é qualquer artista que atinge esse nível de interpretação.

Vale lembrar que, com 25 anos de carreira, o ator e diretor já estreou na televisão com o inesquecível gente boa Sardinha de “Vale Tudo” (1988), depois vieram outros momentos marcantes, como nas minisséries “Memorial de Maria Moura” (1994) e “Os Maias” (2001), entre outros. No cinema fez o político Lobo Neves em “Memórias Póstumas”, filme inspirado na obra de Machado de Assis, “Memórias Póstumas Brás Cubas”; e no teatro, entre muitos trabalhos, atuou como diretor em importantes espetáculos, como “Decameron: A Comédia do Sexo”, e “Adorável Desgraçada”, ambos em 2010. E agora em "Tapas & Beijos" vive um de seus melhores momentos fazendo comédia na TV.


Mais "Tapas & Beijos" em:

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