Mônica Martelli foi uma boa escolha para protagonizar o primeiro episódio de “As Canalhas”, que estreou nessa segunda-feira (6), no GNT. Não que a atriz traga algo de canalhice em seu perfil, mas por sua experiência de mais de cinco anos estrelando no teatro a peça “Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou”. A comparação entre as diferenças e igualdades entre comportamentos masculinos e femininos do espetáculo também estão presentes na nova série, baseada no livro “Canalha Substantivo Feminino”, de Martha Mendonça.
Mas, apesar do lado real que a escritora quis levar
para a ficção, mostrando o quanto mulheres podem assumir comportamentos de
canalhices masculinas, isso não chega a ser algo totalmente contemporâneo. E o quê
de futilidade nas entrelinhas só serve mesmo para dar um tom de comédia. Afinal,
canalha é e sempre foi canalha, independentemente de sexo.
Mônica interpreta Amélia, uma produtora de elenco
quarentona, recém-separada, sedutora e aberta a novas experiências. O perfil
parece rico, mas o máximo que acontece é ela se envolver com um jovem muitos
anos mais novo e que, por coincidência, acaba namorando a filha dela, também adolescente.
“A transgressão é a irmã mais nova do risco”, é a frase de impacto de Amélia.
Nada de muito inovador. Afinal, mulheres maduras se envolvendo com homens mais
jovens já foram e continuam sendo mostradas em novelas da Globo, como acontece
atualmente em “Flor do Caribe”, através das personagens de Débora Escobar e
Bruno Gissoni. E a personagem de Débora também tem filhas adolescentes.
Dirigida por Anna Muylaert, a série contará com 13
episódios, tendo uma protagonista distinta a cada um deles. O ponto em comum
entre eles é que todos terão como ponto de partida o salão de beleza de
Madeleine (Zezeh Barbosa). Tem cenário mais mulherzinha do que esse?
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