domingo, 19 de maio de 2013

“Ídolos Kids”: Realizadores da disputa musical infantil mostram tato com crianças, sem tatibitate, mas pecam na simulação de telefonemas dados para os classificados

Promover um concurso infantil, seja em que setor for, é sempre uma tarefa delicada e arriscada. Como expor crianças ao risco de em determinado momento sentir na pele a alegria da vitória ou a tristeza da derrota sem causar danos ao emocional de cada uma? Nesse ponto, o “Ídolos Kids”, da Record, apesar da baixa audiência, tem conseguido promover uma disputa na qual não é explorada a dor dos não escolhidos, como costuma acontecer em programas sensacionalistas. Tanto o apresentador Cássio Reis quanto os três jurados, Kelly Key, João Gordo e Afonso Nigro, cada um com seu estilo, mostram tato e desenvoltura ao lidar com os cantores mirins.

Cássio, que na vida real passa a imagem de bom pai com Noah, seu filho de 5 anos, de seu casamento com Danielle Winitts, no ar também se mostra bem à vontade ao se relacionar com as crianças. Já o vocalista da banda Ratos do Porão continua irreverente, mas pegando leve e dando um tom irônico a seus pitacos. “Ouvi umas 30 vezes ‘Quando a chuva passar’. O nível esse ano está melhor, mas tem muito, muita Ivete Sangalo”, reclamou João Gordo, na edição desse domingo (19). Foi a última etapa seletiva antes das apresentações que os eleitos pelo júri farão a partir da próxima semana, com platéia.

Só fica falso tentar dar ar de surpresa ao comunicado dos escolhidos através de “imagens de celular” de um telefonema gravado pelos três jurados. Se era para ser um flagrante, como a câmera estava acionada justamente naquele momento em que o telefone tocou? E os familiares estão sempre por perto para vibrar e comemorar diante do “celular” que está registrando o momento.


Mais convincente é quando a notícia é dada pessoalmente em alguma situação inusitada com o apresentador ou um dos jurados disfarçados. Como fez Cássio nesse domingo, disfarçado de motorista velhinho que, combinado com os pais dos classificados, levou a criança para um passeio e a surpreendeu com uma faixa com o nome do programa interrompendo o trânsito em uma rua de São Paulo e revelou a novidade. Assim como quando João Gordo, disfarçado de palhaço, abordou um menino classificado em uma loja de doces. Dá mais credibilidade tanto para o público infantil quanto para o adulto. Agora é aguardar o grau de criatividade dos realizadores na próxima etapa.



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