Yoná Magalhães voltou a mostrar em “Sangue Bom”,
novela das sete da Rede Globo, a luz e o vigor que vêm acompanhando a atriz ao
longo dos seus 58 anos de carreira. Não bastasse o talento daquela que foi uma
das primeiras mocinhas das telenovelas brasileiras, aos 77 anos de idade, Yoná
mostra uma boa forma e uma beleza que, apesar de madura, traz traços joviais de
causarem inveja a muitas atrizes de gerações mais recentes.
Na novela escrita por Maria Adelaide Amaral e
Vincent Villari e dirigida por Carlos Araújo, ela interpreta Glória Pais, mulher
que fez parte da alta sociedade, mas que não perdeu a classe após a
falência. “A ruína nos levou os bens,
mas não a educação e a paz”, afirma a personagem a Perácio, seu filho,
interpretado por Felipe Camargo. De família tradicional, Glória, controladora e
orgulhosa, não se conforma com o comportamento nada elegante de sua nora,
Brenda (Letícia Isnard), que tem dois filhos de outro casamento, Xande (Felipe
Lima) e Tábata (Samya Pascotto).
A história de Yoná é tão rica quanto a da maioria de
suas personagens. Voltando um pouco no tempo, dá para lembrar que ela esteve em
“Saramandaia”, em 1976, que agora ganhará um remake na Globo. Foi a Matilde de
“Roque Santeiro” (1985), a inesquecível Tonha de “Tieta” (1989), a Carmela Ferreto
de “A Próxima Vítima” (1995), a Úrsula de “A Padroeira” (2001), a Flaviana de
“Senhora do Destino” (2004) e em seu mais recente trabalho em novelas, há
quatro anos, foi a Adalgisa de “Cama de Gato”.
Sem falar em seus trabalhos em minisséries, como a
Geni de “Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados” (1995); no teatro, em que
ficou seis anos em cartaz com a primeira montagem de “A Partilha” (1991), e no
cinema, onde, entre outros filmes, protagonizou “Deus e o Diabo na Terra do
Sol”, longa de 1964 que virou um marco, dirigido por Glauber Rocha.
É sempre gratificante ver em cena grandes atrizes
que realmente têm não apenas uma trajetória rica e fazem parte da história da
TV, como também não pararam no tempo e continuam servindo de exemplo às mais diversas
gerações. Em poucas cenas, Yoná Magalhães mostra que continua sendo uma grande
estrela que se sobrepõem ao tempo e não perde o talento e a classe que marcam
sua trajetória.
Mais "Sangue Bom" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/05/sangue-bom-ingrid-guimaraes-e-marisa.html