A primeira edição ao vivo do “The Voice Brasil” desse domingo (11), na Globo, deixou a desejar em relação às fases anteriores, da seleção às cegas e das batalhas de duplas. Talvez pela escolha do repertório, talvez pela nova roupagem que os candidatos tentaram dar às músicas em suas interpretações, o programa não teve a mesma vibração nem emocionou como nas semanas anteriores.
Será que fez falta na preparação dos candidatos a
ajuda dos assistentes de Carlinhos Brown, Claudia Leitte, Daniel e Lulu Santos
(respectivamente Rogério Flausino, Ed Motta, Luiza Possi e Preta Gil)? Ou será
que faltou a expectativa do apertar o botão vermelho para escolher ou salvar
alguém? Seria o caso de o técnico criar o suspense e, ao invés de declarar sua
escolha, apertar o botão mostrando num telão o nome do seu eleito?
Nessa semifinal, dos 36 classificados três de cada
time fazem apresentação solo. O público salva um deles votando pelo telefone ou
SMS e, dos dois que sobram, o técnico decide quem fica e quem está fora da disputa
pelo prêmio de R$ 500 mil e contrato com a Universal Music para gravação de um
álbum.
Sem dúvida, hoje, as escolhas do público foram as
mais acertadas. Enquanto a decisão de Claudia Leitte foi a menos coerente, ao
eliminar o candidato que foi ousado e competente ao interpretar “I Have
Nothing”, de Witney Houston. Embora eu, particularmente, não goste da escolha
de músicas internacionais nesse tipo de competição.
A abertura teve uma apresentação gratificante de
Lulu Santos ao lado do Tremendão Erasmo Carlos, cantando “Minha Fama de Mal”.
Já quando Carlinhos Brown subiu ao palco relembrando os tempos de Tribalistas
com “Passe Em Casa” foi constrangedor o desempenho de sua parceira de palco,
Margareth Menezes. A cantora parecia estar em um universo paralelo. Antiga
parceira de Brown nessa música, Marisa Monte, se estava assistindo de casa,
deve ter pensado: “Estou implorando socorro”.
E, para completar, Tiago Leifert, que vinha se
saindo muito bem no papel de apresentador no período em que o “The Voice” era
gravado, bastou novamente se sentir “ao vivo”, como na época do “Globo Esporte”
e do “Corujão do Esporte”, para novamente vestir a máscara de astro do
programa. Será que ele precisa do risco de passar pelo crivo da “edição”
para ser mais modesto?