domingo, 11 de novembro de 2012

“The Voice Brasil”: Fase ao vivo que deveria ser a mais empolgante não repetiu a mesma vibração e torcida que agitaram as etapas iniciais da competição musical dominical


A primeira edição ao vivo do “The Voice Brasil” desse domingo (11), na Globo, deixou a desejar em relação às fases anteriores, da seleção às cegas e das batalhas de duplas. Talvez pela escolha do repertório, talvez pela nova roupagem que os candidatos tentaram dar às músicas em suas interpretações, o programa não teve a mesma vibração nem emocionou como nas semanas anteriores.

Será que fez falta na preparação dos candidatos a ajuda dos assistentes de Carlinhos Brown, Claudia Leitte, Daniel e Lulu Santos (respectivamente Rogério Flausino, Ed Motta, Luiza Possi e Preta Gil)? Ou será que faltou a expectativa do apertar o botão vermelho para escolher ou salvar alguém? Seria o caso de o técnico criar o suspense e, ao invés de declarar sua escolha, apertar o botão mostrando num telão o nome do seu eleito?

Nessa semifinal, dos 36 classificados três de cada time fazem apresentação solo. O público salva um deles votando pelo telefone ou SMS e, dos dois que sobram, o técnico decide quem fica e quem está fora da disputa pelo prêmio de R$ 500 mil e contrato com a Universal Music para gravação de um álbum.
Sem dúvida, hoje, as escolhas do público foram as mais acertadas. Enquanto a decisão de Claudia Leitte foi a menos coerente, ao eliminar o candidato que foi ousado e competente ao interpretar “I Have Nothing”, de Witney Houston. Embora eu, particularmente, não goste da escolha de músicas internacionais nesse tipo de competição.

A abertura teve uma apresentação gratificante de Lulu Santos ao lado do Tremendão Erasmo Carlos, cantando “Minha Fama de Mal”. Já quando Carlinhos Brown subiu ao palco relembrando os tempos de Tribalistas com “Passe Em Casa” foi constrangedor o desempenho de sua parceira de palco, Margareth Menezes. A cantora parecia estar em um universo paralelo. Antiga parceira de Brown nessa música, Marisa Monte, se estava assistindo de casa, deve ter pensado: “Estou implorando socorro”.

E, para completar, Tiago Leifert, que vinha se saindo muito bem no papel de apresentador no período em que o “The Voice” era gravado, bastou novamente se sentir “ao vivo”, como na época do “Globo Esporte” e do “Corujão do Esporte”, para novamente vestir a máscara de astro do programa.  Será que ele precisa do risco de passar pelo crivo da “edição” para ser mais modesto?