sexta-feira, 16 de novembro de 2012

“Chicago Fire”: Direção ágil, cenas de ação de tirar o fôlego e bastidores revelados da rotina diária dos bombeiros compensam a falta de dramas pessoais mais originais


Depois de “Beauty And The Best”, remake do seriado de mesmo nome que foi ao ar nos anos 80, começar a ser exibido essa semana no Universal Channel, na terça-feira (13) foi a vez de estrear no canal “Chicago Fire”, que traz a mesma proposta de “Emergency”, sucesso nos anos 70 ambientado em Los Angeles. E pelo primeiro episódio se viu que a adrenalina ficará em alta ao acompanhar o trabalho de bombeiros, policiais e paramédicos na cidade de Chicago. As cenas mostrando os profissionais em ação são tensas, ágeis e conseguem prender a atenção a ponto de quase se perder o fôlego.

O começo mostrou um incêndio em uma casa no qual um dos bombeiros morre no meio das chamas. A partir daí começa a rivalidade entre o líder da equipe dos bombeiros, Matthew Casey (Jesse Spencer) e o líder dos paramédicos, Kelly Severide (Taylor Kinney). Um acusa o outro de ser responsável pela morte do colega. É claro que a presença dos dois bonitões, Spencer, o Dr. Robert de “House”, e Kinney, o lobisomem Mason Lockwood de “Vampires Diaries”, deixa as brigas ainda mais interessantes.

Eles só deram uma trégua quando, quase no fim do episódio, em um incêndio num edifício, Casey e o bombeiro veterano Herrmann (David Eigenberg, de “Sex And The City”) caem no meio do fogo e são salvos graças à ajuda de Severide. Hermann, no entanto, precisa ser submetido a uma cirurgia, o que aproxima os integrantes de todas as equipes, que no fim do episódio aparecem reunidos no hospital à espera de notícias sobre o estado do companheiro.

A série criada por Derek Haas e Michael Brandt e produzida por Dick Wolf (“Law & Order”) também traz o ator Eamonn Walker, que fez o líder dos muçulmanos em “Oz”, agora no papel de Walden Boden, o comandante do departamento de bombeiros e ex-campeão de boxe. É ele que tenta acalmar os ânimos mais exaltados e manter a ordem nas unidades. Também servirá de referência para o novato Peter Mills (Charlie Barnett), que ingressou na vaga do bombeiro morto no começo.

É interessante ver a competição interna entre os profissionais, divididos em tarefas distintas, como quem cuida do resgate, quem é responsável pelas escadas e material de apoio e aqueles que se encarregam das bombas na hora de apagar as chamas. Paralelamente às cenas de ação também são mostrados os conflitos pessoais dos personagens. O roteiro pode não ser muito original nos dramas de cada um, mas não deixa de ser uma boa saída para dar um respiro entre uma tragédia e outra.

Casey passa por um momento conturbado em seu relacionamento com a noiva, Hallie (Teri Reeves). Severide esconde um problema no braço e precisa injetar um medicamento que lhe é dado na surdina pela paramédica Leslie Shay (Lauren Germa), lésbica assumida. A outra paramédica, Gabriella (Mônica Raymond, de “Lie To Me”), é apaixonada por Casey, apesar de saber que ele é comprometido. E Hermann, além do acidente, enfrenta dificuldades financeiras que o fizeram até perder a casa onde morava.

Essa primeira temporada de “Chicago Fire” estreou nos Estados Unidos pela NBC em outubro e, incialmente, terá 13 episódios. No elenco fixo também estão Jon Seda, que fará o detetive Antonio Dawson, irmão de Gabriella, Meghann Fahy interpretando Nicki Kahler, o assistente do Chefe Boden, e Shiri Appleby que aparecerá como Clarice, uma ex-namorada de Leslie. Os próximos episódios também terão participações especiais, como da atriz Kathleen Quinlan, que fará a mãe de Casey, e Sarah Shahi, da série “Fairly Legal”, que aparecerá como uma empresária por quem Severide vai se interessar. Vale conferir.