O programa que faltava nas tardes de domingo. Foi essa a sensação deixada pelo “The Voice Brasil” em sua estreia na Globo, no dia 23 de setembro. Mas, passada a fase de audições e de batalhas de duplas, o programa não está conseguindo manter o mesmo clima de torcida e expectativa na etapa de semifinais iniciada na semana passada. Nesse domingo (18), nem mesmo o marketing criado em torno da apresentação inédita de Ivete Sangalo cantando ao lado de Claudia Leitte salvou a disputa musical da falta de empolgação.
Um ponto que vem pegando desde a primeira semifinal
é o repertório. Nessa segunda não foi diferente. Das 12 músicas interpretadas
pelos três candidatos de cada técnico, sete eram canções internacionais contra
cinco nacionais. Dessa maioria, três pertenciam ao time de Claudia. No de
Carlinhos Brown apenas um cantou música nacional, enquanto nos de Daniel e Lulu
Santos dois interpretaram no próprio idioma. Pelo andar da carruagem, daqui a
pouco o nome do programa vai mudar para “The Voice Brazil”, já que a voz é de
brasileiros, mas a música popular brasileira não está sendo devidamente
valorizada.
Aumentou o tempo para votação no terceiro, mas não igualou em relação ao primeiro, que continua tendo vantagem. A solução para essa questão? Talvez Carlinhos Brown, com toda sua falta de originalidade ao se apresentar com um figurino que misturava Três Mosqueteiros com Chacrinha, tenha uma saída mirabolante.