terça-feira, 9 de julho de 2013

“Vai Que Cola”: Paulo Gustavo e time de grandes atores garantem humor prazeroso e criativo em programa do Multishow que traz referências ao antigo ‘Sai de Baixo’



Paulo Gustavo, protagonista absoluto no ótimo “220 Volts”, no Multishow, mostrou que está longe de ter um ego maior que seu talento ao dividir a cena com um super time de atores em “Vai Que Cola”, que estreou no mesmo canal nessa segunda-feira (8). O formato do humorístico lembra um pouco o “Sai de Baixo”, sitcom exibida pela Rede Globo de 1996 a 2002, por ser gravado com uma plateia funcionando como elemento atuante, mas traz o diferencial de ter um palco giratório, que não chega a ser uma novidade, já que era um recurso usado no “Balança Mas Não Cai”, exibido na Globo no fim dos anos 60, início dos 70.

O personagem de Paulo Gustavo, Valdomiro Lacerda, também tem um perfil semelhante ao de Caco Antibes, personagem de Miguel Falabella no antigo humorístico que se passava no bairro paulistano do Arouche. Valdomiro é um burguês que morava no Leblon, Zona Sul do Rio, e foi acabar no Méier, subúrbio carioca, e tem horror a pobre. As interpretações dos dois atores são bem distintas. Assim como o ambiente. Se antes tudo se passava num apartamento, agora a história se desenrola na pensão da Dona Jô (Catarina Abdalla).

É nessa pensão que desfilam os personagens de Fernando Caruso, Samantha Schmütz, Sílvio Guindane, Emílio D’Ávila, Marcos Majella, Cacau Protásio e Fiorella Mattheis. No programa de estreia, além de Paulo, quem roubou a cena mesmo foi Cacau Protásio, que mostrou sua veia cômica em horário nobre na novela “Avenida Brasil” ao cantar “Eu quero ver tu me chamar de amendoim”. A cena ganhou repercussão e virou hit na internet. A atriz, de peruca longa, fez a diferença. Enquanto Samantha Schmütz precisa mudar um pouco o tom de voz de suas personagens. Ela parece estar sempre fazendo o Juninho, que interpreta no teatro e no “Zorra Total”.

No conjunto da obra, é um programa com os moldes de humor que faz falta atualmente na TV aberta. Sem tirar o espaço cativo de “A Praça É Nossa”, do SBT, e do próprio “Zorra Total”, da Globo, um humorístico de qualidade e menos popularesco seria bem-vindo se saísse das muradas da TV por assinatura.


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