terça-feira, 2 de abril de 2013

“Flor do Caribe”: José Loreto e Débora Nascimento superam desafio de viverem personagens diferentes daqueles que os revelaram em seus trabalhos anteriores


José Loreto e Débora Nascimento, atores que levaram para a vida real a paixão da ficção que surgiu entre eles em “Avenida Brasil”, novela das nove da Rede Globo de João Emanuel Carneiro exibida ano passado, estão reafirmando seus talentos e carismas em “Flor do Caribe”, novela das seis. Não, os atores não estão novamente formando par romântico no ar na trama escrita por Walter Negrão e dirigida por Jayme Monjardim. Pelo contrário, seus personagens pertencem a núcleos distintos e enfrentam desafios diferentes.

Apesar de Taís, interpretada por Débora, também ser romântica como era Tessália, a atriz está conseguindo amenizar a sensualidade aflorada que havia na personagem anterior. Sem falar que a atriz possui uma luz própria que ilumina a tela. Quando a cena é de alegria, ela sabe não exagerar na euforia, dando naturalidade ao momento. Nada de forçar risos dignos de teste para propaganda de pasta de dentes. E quando é de tristeza, seu choro é verdadeiro, as lágrimas caem com suavidade. Diferentemente de outros atores que choram a seco, não derramam uma lágrima sequer.

Já José Loreto, como Candinho, destaca-se pela façanha de fazer mais um coadjuvante caricato, tal qual na novela anterior das nove, em que interpretava o descolado e conquistador Darkson, mas com uma repaginada total no intérprete. Para a novela de Walter Negrão, dirigida por Jayme Monjardim, o ator não mudou apenas o cabelo, ele desenhou uma linha de interpretação que trouxe todo o diferencial do que tinha feito antes. Depois de bater um bolão com o grande Marcus Caruso, o Leleco de “Avenida Brasil”, agora Loreto se supera contracenando com uma cabra, Ariana, que é sua companheira e ouvinte constante.

O tipo aluado de Candinho faz lembrar um pouco o marcante Dirceu Borboleta de Emiliano Queiroz em “O Bem-Amado”, novela de Dias Gomes exibida em 1973, e também alguns traços do Tonho da Lua de “Mulheres de Areia”, escrita por Ivani Ribeiro em 1993. Muito embora Candinho não seja doente mental, como era o personagem vivido por Marcos Frota. Loreto está seguro e, mantendo essa linha de atuação e não se perdendo no meio do caminho, certamente ele poderá ser forte concorrente a prêmios de melhor ator coadjuvante este ano, depois de ter levado o de revelação em 2012.




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