Pedro Bial parecia estar apresentando a final da cinquentagésima edição do “Big Brother Brasil”. Maria da Graça Meneghel parecia estar conclamando sua aposentadoria. E tudo transcorreu em clima de festa. Merecida, sim, se Xuxa estivesse completando 50 anos de carreira. Mas 50 anos de idade soa como um festim falsamente programado.
O programa foi bem feito, momentos de emoção, edição
caprichada, tudo bem, mas eram 50 anos de aniversário de vida, não de carreira.
Não lembro de ter assistido a um especial pelos 50 anos de vida de Tônia
Carrero, Laura Cardoso, Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Antonio Fagundes e
tantos outros muito mais importantes para o cenário artístico.
Como pedia o momento, muitos elogios, muita
exaltação, e divulgação de seu lado humanitário. Precisava? Se a intenção é
ajudar sem compromisso esse marketing poderia até ter soado como um “faço o bem e olho
a quem”. Mas, o que importa é que Xuxa faz o bem também! E que bom termos pessoas como ela tendo coragem de divulgar e assim tornando-se exemplos.
Que tal outros artistas sairem do esconderijo e divulgarem o bem que fazem e assim servirem de exemplos?
Ou será que esses outros não contribuem sem um cachê em troca?
Ou será que esses outros não contribuem sem um cachê em troca?