quarta-feira, 3 de abril de 2013

“Got Talent Brasil”: Rafael Cortez ainda precisa trabalhar sua vaidade pessoal para assumir o comando de uma atração própria

Comentar sobre o “Got Talent Brasil” que estreou nessa terça-feira (2), na Record, seria chover no molhado. É mais do mesmo do que já se viu em muitos outros programas em que o foco é fazer uma miscelânea de anônimos com “talento” para fazer qualquer tipo de coisa. Há dois anos o SBT já tinha feito uma versão não autorizada desse formato, que pertence à Fremantle no Brasil, sob o título de “Qual É o Seu Talento”. Tirando os percalços jurídicos, ao menos a emissora de Silvio Santos deu um título em português à atração. Já na Record, a curiosidade mesmo era como Rafael Cortez, o ex-repórter metido a galã do “CQC”, da Band, iria se sair como apresentador de um programa.

Para começar, Rafael ainda teve que dividir os holofotes com um trio de jurados formado por ninguém menos do que o histriônico cantor Sidney Magal, o cultíssimo carnavalesco Milton Cunha, e a remanescente apresentadora Daniella Cicarelli.  Não sei se a ideia era transformar o ex-CQC em uma réplica de Tiago Leifert, o repórter esportista da Globo que se deu bem como apresentador no “The Voice Brasil”, ano passado na Globo. Se foi, deu errado. Rafael ainda se sente “a matéria” da matéria. E não tem cacife para tal. 

Diferentemente de Danilo Gentili, outro ex-CQC, hoje com programa próprio na Band, mesma emissora do antigo programa e que sempre mostrou humildade até mesmo nas matérias de cobranças políticas, Rafael exagera na pecha de galã. Ainda pode vir a ser um bom apresentador, mas precisa antes amenizar a vaidade excessiva. Talvez trabalhando melhor seu egocentrismo consiga assumir com mais verdade o comando de uma atração própria. Se é que se pode chamar de própria uma atração que traz um título em outro idioma. A tentativa de Rafael Bastos, o Rafinha, outro ex-CQC, também já não deu certo na Rede TV! com seu “Saturday Night Life” aos domingos, nem aos sábados...