“Tapas e Beijos”, em seu terceiro ano no ar nas
noites de terça-feira, recebeu uma mexida em toda a trama, a começar pela volta
para o subúrbio de Sueli (Andréa Beltrão) e Fátima (Fernanda Torres), após não
terem mais condições de pagar o apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio
de Janeiro. A situação foi provocada por
Flavinha (Fernanda de Freitas), que assumiu o comando da loja Djalma Noivas no
lugar do marido, Djalma (Otávio Muller), que ainda se recupera de um enfarte, e
aumentou o aluguel do imóvel onde as duas amigas moravam.
A vida de Jorge (Fábio Assunção) e Armane (Vladimir
Brichta), também não está fácil. Armane, após um incêndio ter destruído sua
loja, teve que voltar para a ex-mulher, Clotilde, que é citada, mas, pelo menos
por enquanto, ainda não apareceu. E Jorge é pego de surpresa com a aparição de
sua ex-mulher, Márcia, interpretada por Malu Galli. A atriz, por sinal, entrou
no clima e mostrou perfeita sintonia com o afinado elenco.
Mas os encontros e desencontros não atingem apenas a
dupla de casais principal da história escrita por Cláudio Paiva e dirigida por Maurício
Farias. Chalita (Flávio Migliaccio), agora casado com Lucilene (Natália Lage),
também está tendo seu momento de destaque. Sua união é de fachada, para o
libanês não correr o risco de ter que voltar a seu país de origem, mas ele
acaba se apaixonando pela jovem, que está namorando Lelu (Felipe Abib), um ex
de Fátima, e também despertando o interesse de Armane, ex de Sueli. Enfim, a
nova temporada promete muito barulho e confusão.
Há 12 anos no ar, “A Grande Família” voltou às
noites de quinta-feira já apresentando novidades na abertura, que agora tem a
música-tema, que era cantada por Dudu Nobre, agora interpretada por Ivete
Sangalo. De autoria da dupla Tom e Dito e composta em 1972, a canção “A Grande
Família” também embalou a primeira versão do seriado exibida nos anos 70. E
pelo primeiro episódio dessa 13ª temporada deu para perceber que Agostinho
(Pedro Cardoso) vai roubar, literalmente, mais uma vez muitas cenas. Tudo
porque Lineu (Marco Nanini) e Nenê (Marieta Severo) resolvem passar seus bens,
ainda em vida, para os filhos, Tuco (Lúcio Mauro Filho) e Bebel (Guta
Stresser). Tuco, agora decidido a seguir a carreira de ator, vende sua parte
para a irmã. Esperto e aproveitador, Agostinho, recém-saído da cadeia na qual tinha sido preso na
temporada anterior, assume o comando da casa e de toda a família da esposa. Foi o pontapé inicial para os eternos embates entre as famílias Silva e Carrara.
Tanto o elenco principal quanto os coadjuvantes dispensam
elogios. Todos os atores, depois de tanto tempo no ar, brincam em cena com
maestria e desenvoltura. E, sem dúvida, o programa que agora tem direção-geral de
Felipe Sá e autoria de Mauro Wilson, que conta com a colaboração de Bernardo
Guilherme e Marcelo Gonçalves, vem com fôlego para mais um ano e talvez muitos
outros, apesar de estar sempre na eminência de ser sua exibição derradeira. Destaque
no episódio dessa quinta-feira (4) para a merecida homenagem feita pelos dez anos da morte de Rogério Cardoso, ator
que interpretou Floriano, ou Seu Flor, o pai de Nenê, de 2001 a 2003.
O mesmo não se pode dizer de “Louco Por Elas”, que
voltou em sua terceira temporada em janeiro logo após o “Big Brother Brasil 13”. Parece apenas uma sequência do que vinha
sendo visto nos anos anteriores. A “novidade” da fase atual foi a volta de
Veruska, personagem de Reginaldo Faria que na trama vive o pai de Léo (Eduardo
Moscovis). A mudança é que antes ele se vestia de mulher e agora, por uma
contingência, voltou a se vestir como homem. A situação é diferente, mas
Veruska não é propriamente uma novidade. Giovana (Deborah Secco) ter passado de
escritora a apresentadora de televisão, no melhor estilo Cristina Rocha no
“Casos de Família” do SBT, também não convenceu.
De bom mesmo até agora foi a homenagem feita a
Glória Menezes, mês passado, na qual enquanto Violeta contava seu passado para
a neta Theodora (Laura Barreto), imagens da atriz em cena ao longo de sua
carreira foram mostradas. Glória mereceu. E o seriado, que tem redação final de
João e Adriana Falcão e direção de Allan Fiterman, também merece sair da
mesmice mais vezes.
Mais em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2011/10/tapas-e-beijos-visual-refinado-dos-anos.html
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/11/tapas-e-beijos-x-louco-por-elas-yona.html