Adriane
Galisteu deu mais uma demonstração nessa segunda-feira (23) de que
originalidade não é o forte do “Muito +”, que apresenta ao lado de quatro
colaboradores nas tardes da Band. Pegando carona na polêmica causada na
internet pela panicat Babi Rossi, que raspou os cabelos ao vivo no “Pânico na
TV”, que agora também está na Band, nesse domingo (22), Adriane desafiou
Gominho, ou, Vinicius Gomes, conhecido apenas por ser um perseguidor de
celebridades no Twitter e que faz parte da equipe de apresentadores-colaboradores
do “Muito+”, a fazer o mesmo.
Para
variar, a loura lançou uma votação no Twitter perguntando aos internautas se
eles aprovavam a ideia. Aliás, os twitteiros deveriam cobrar uma participação
nos lucros desse programa, já que eles são responsáveis por boa parte da
produção da atração. Dando bola dentro ou dando bola fora, como aconteceu no
caso da falsa morte da Rita Guedes, noticiada pela apresentadora para causar
sensação, baseada apenas em boatos lançados na internet, que acabou se
transformando num grande mico.
No que
parecia nitidamente ser uma encenação, Gominho se mostrou revoltado com a ideia
de se desfazer de sua cabeleira. “Ela foi paga para fazer isso”, afirmou ele,
referindo-se a Babi. E avisou que só rasparia o cabelo no programa, ao vivo,
por R$ 15 mil. Até sua mãe, dona Penha, teve seus cinco minutos de fama ao
falar por telefone com Adriane para se manifestar contra o desafio imposto a
seu filho. Ele tem até essa quarta-feira (25), para dizer se aceita ou não raspar
a cabeça. Ou seja, será mais uma tarde garantida para Adriane e sua trupe
fazerem sensacionalismo com uma banalidade a mais.
Aliás,
fazer programa à custa do Twitter já está virando uma praxe na Band. Até o
“CQC” comemora quando consegue emplacar uma tag no microblog. E o “Muito+” está
indo na rebarba do “Pânico”, que aumentou sua audiência ao mostrar Babi
raspando a cabeça após campanha promovida pela produção do programa no Twitter
sugerindo que ela imitasse a careca do apresentador do ‘CQC’, Marcelo Tas. A
outra opção seria ela adotar o corte moicano do jogador de futebol Neymar, do
Santos.
Na média
geral, o “Pânico” ficou em terceiro lugar no Ibope. E a rejeição para tal
encenação foi demonstrada também através da internet. O ato não foi considerado
por internautas como uma forma de homenagear mulheres que tem câncer e passam
por tratamento de quimioterapia, como Babi chegou a afirmar em entrevista ao
site da Band, tentando justificar sua atitude. Logo campanhas contra o programa
foram lançadas nas redes sociais, como a hashtag #forapanico, criticando o fato
de terem usado esse ato de raspar a cabeça como uma brincadeira, apenas para
ter audiência e ainda tentarem argumentar que é em homenagem a quem perde o
cabelo por doenças.
O que se
percebe é que a sinergia entre televisão e internet, um se apropriando de
informações do outro) e a simbiose que vem se fortalecendo também entre os
resultados obtidos por ambos os veículos (audiência x acessos) começam a dar
sinais de que merecem ser melhor avaliadas.