Adriane
Galisteu pisou feio na bola no “Muito+” dessa terça-feira (10) ao abrir o
programa falando sobre a “possível” morte de Rita Guedes. Na tela, a chamada
era: “Atriz global teria morrido?”. Com ares de consternação, a apresentadora
começa falando: “’Tava’ todo mundo mega animado aqui até três minutos atrás,
mas acabei de receber uma informação, na verdade lendo no Twitter, que a Rita
Guedes teria morrido”. A falha não é só dela. Como a direção, produção e toda
equipe de um programa não tem o mínimo de cuidado em primeiro confirmar uma
informação tão grave quanto essa antes de colocá-la no ar?
Essa
ânsia de ser o primeiro a dar a notícia, verdadeira ou não, tomou proporções
perigosas com a internet. Informações e fotos não são devidamente investigadas
antes de caírem na rede. Revistas e jornais ainda têm um pouco mais de tempo,
pois neles o imediatismo não é tão acirrado. Mas deixar que essa loucura
irresponsável invada os programas ao vivo na televisão é, no mínimo, o máximo
de irresponsabilidade.
Ironicamente,
no “Muito +” dessa segunda-feira (9), Adriane e seus companheiros de palco
debocharam quando lembraram quando a Record interrompeu a programação para
anunciar a morte de seu funcionário Amin Khader, e tudo não passava de uma
armação de péssimo gosto do próprio Amin. O que fizeram na Band foi até pior.
E Adriane
continuou discursando: “É uma grande amiga minha, mora em Los Angeles, ela
postou ‘essa’ foto no Twitter dela (ela está numa câmara hiperbárica, de
oxigênio para tratamento de rejuvenescimento), se eu não me engano, eu nem sei
se o @ritaguedes é dela mesmo ou é fake”. Pausa para um aparte: espera aí, se é
tão amiga, como ela não sabe o Twitter da outra? E dizer “se eu não me engano”?
Nem ela sabe de onde saiu a foto?
Seguindo:
“O que eu li é que parece que deu um erro médico nessa câmara e ela teria
falecido”. Pausa dois: Erro médico na câmara? E ela segue: “Eu não quero
acreditar nessa história porque Twitter tem dessas coisas (...) Se for
brincadeira vocês do Twitter vão tomar uma bronca feia minha, porque isso não
se faz”. Como assim? Ela sabe que “o Twitter tem dessas coisas” e ela faz um
programa ao vivo em cima do que escrevem no miniblog? Ela não tem uma equipe de
produção e apuração que cheque as informações antes de colocar no ar? Vai dar
bronca em quem mesmo?
Aí, vem
Lysandro Kapila após um intervalo comercial, disfarçando estar à vontade,
tentando desmentir o que nunca foi confirmado: “Rita Guedes ainda dando o que
falar, tá bombando. A gente ainda checando se procede ou não. Um apresentador
da Record, Luiz Bacci, diz que ela não morreu (na verdade ele leu o que o
profissional da outra emissora escreveu no Twitter). Mas a gente ainda está com
a pulga atrás da orelha”, afirma Lysandro. A que ponto chegou essa área do
entretenimento? Pulga atrás da orelha sobre se alguém morreu ou não morreu?
Adriane
interrompe Lysandro para dizer que “A própria @ritaguedes ‘tá’ falando ‘para,
porque vocês vão assustar a minha mãe’. Ela falou comigo”, afirmou a
apresentadora, sem esclarecer que Rita não tinha falado e sim escrito para ela
(Adriane), via Twitter. Estranho é que o mesmo Twitter de Rita que Adriane no
começo disse não ter certeza se era o oficial, foi o mostrado para acabar com a
“polêmica armada”. Estão precisando ser Muito Mais responsáveis e Bem Menos
irresponsáveis.