sábado, 9 de março de 2013

“Salve Jorge”: Núcleo policial e judiciário estão deixando muito a desejar com falhas triviais nos comportamentos da delegada e do principal advogado da novela das nove



Alexandre Nero não deve ter tido muita dificuldade de passar do truculento motorista Baltazar de “Fina Estampa” para o inescrupuloso advogado Stênio de “Salve Jorge”. Enquanto o personagem da novela de Aguinaldo Silva, exibida em 2011, um homem humilde, usava sua falta de educação e de refino para justificar suas reações de violência física, apesar do tom de comédia que acontecia paralelamente, o segundo tipo vivido pelo ator na televisão, criado por Glória Perez na atual novela das nove da Rede Globo, um letrado, tenta disfarçar sua falta de ética e de moral por trás da imagem do intelectual vaidoso e forçosamente engraçado. O que é pior? Difícil colocar na balança. Muito menos nesses pesos e medidas usados pela Justiça, inclusive da vida real.

Como escrevi em minha página no Facebook, após assistir às cenas que foram ao ar nessa sexta-feira (8), envolvendo Stênio, Théo (Rodrigo Lombardi) e Lívia (Claudia Raia), um advogado sério, de renome e comprometido com a verdade, como deve ser um profissional dessa alçada, não se submeteria a um jogo sujo sugerido por sua cliente... A não ser que ele assuma no final da novela não passar de um rábula.

Enfim, o núcleo policial e judiciário da novela está deixando muito a desejar. Muitas falhas, muitos furos, muitos erros no todo. Sobra um tom acima, com interpretações exageradas, olhares provocantes quando deveriam ser desafiadores. Olhares carinhosos quando deveriam ser inquisidores. Movimentos bruscos quando deveriam ser cautelosos. Movimentos tímidos quando deveriam ser intimidadores...

Vai saber o que rola por trás até da ficção...