quinta-feira, 7 de março de 2013

“Saia Justa”: Repaginado e com novas debatedoras, programa resgata naturalidade que havia nas primeiras temporadas

Astrid Fontenelle fez toda a diferença ao assumir o posto ocupado durante quase onze anos por Mônica Waldvogel no comando do “Saia Justa”, do canal GNT. O programa voltou ao ar nessa quarta-feira (6) repaginado, com novo cenário e novas debatedoras. Ao lado de Astrid estão a jornalista Bárbara Gancia e as atrizes Mônica Martelli e Maria Ribeiro. A abertura mostrou um clipe em que as quatro se apresentavam, falando um pouco sobre elas próprias, enquanto se preparavam nos bastidores para entrar em cena. Astrid, 52 anos, abriu usando o famoso bordão de Abelardo Barbosa, o Chacrinha: “Eu vim para confundir e não para explicar”.

Nesse quesito, a premissa do programa se mantém a mesma: debater sobre os mais variados assuntos sem ter a intenção de, obrigatoriamente, se chegar a um consenso. Elas continuam falando ao mesmo tempo, enquanto Astrid tenta por ordem na casa sob o comando do diretor Nilton Travesso, através do ponto. Na estreia os temas discutidos foram sobre a pressão que a mulher moderna sofre de ter que ser bem-sucedida em todos os setores; a ditadura da dieta que obriga todas as serem magras; o trabalho do grupo Mães de Maio, movimento criado por mulheres que tiveram seus filhos assassinados, e as “senhoras que são tendência”, destacando mulheres de 60, 70, 80 anos, que fazem sucesso posando como modelos de marcas famosas.

Depois de uma temporada em que homens se revezaram na participação dos debates, o time era formado por Dan Stulbach, Eduardo Moscovis, o músico Léo Jaime e o jornalista Xico Sá, o programa voltou a ser mais “saia” e menos “calça justa”. Sem o ar professoral e politicamente correto que Mônica tentava disfarçar com uma informalidade nem sempre espontânea, Astrid trouxe mais leveza ao bate-papo. A apresentadora tem uma comunicação direta com a câmera, o que a aproxima do público e faz com que os telespctadores se sintam parte daquele “clube da Luluzinha”.

Barbara Gancia, de 55 anos, contribui com sua bagagem cultural adquirida em anos de jornalismo. Mônica Martelli, 44, pareceu ser a menos tensa com a estreia e se destacou com suas opiniões coerentes e naturalidade tanto ao falar sobre questões pessoais quanto profissionais. Já Maria Ribeiro, 37 anos, estava mais preocupada com os cabelos e em parecer muito descontraída, sentando sobre as pernas, numa postura que remeteu àquela já adotada no mesmo programa por Rita Lee e Fernanda Young. Nada original, deu a sensação de que a atriz estava interpretando alguma personagem chata, forçada e com pouco conteúdo. Parecia uma espectadora, foi a que menos se manifestou, e quando o fez tinha sempre um “Eu” em cada frase.

No conjunto, o “Saia Justa” promete uma temporada mais arejada e foi super justa – sem trocadilho - a homenagem feita a Rita Lee, colocando no encerramento uma música da cantora que, sem dúvida nenhuma, foi a participante que teve presença mais marcante desde a estreia do mesmo, em 2002. A cantora saiu dois anos depois, quando houve uma edição especial de número 100 no ar. Desde então não houve outra como ela.

Mais GNT em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/05/chuva-de-arroz-serie-do-gnt-sobre.html