Prestes a completar 40 anos no ar, no dia 5 de
agosto, o “Fantástico” está cada vez mais desgastado e dando mostras de ter perdido
não só o vigor como também a preocupação em ser realmente um “show da vida”. O
programa dominical da Rede Globo criado por uma equipe capitaneada por Boni, que
tinha nomes como Manoel Carlos, Armando Nogueira, Augusto Cesar Vanucci,
Borjalo e Ronaldo Boscoli, cabeças “pensantes” nos anos 70, não é mais o mesmo
de quatro décadas atrás. E o que se viu na edição desse domingo (10) comprova
que a mudança não foi para melhor.
Na semana em que a morte de Alexandre Abrão, o
Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr., mereceu homenagens na maioria dos
programas da emissora, a direção do “Fantástico” parece ter se dedicado a fazer
uma espécie de reverência a Sônia Abrão, apresentadora da Rede TV!, prima do
músico, que recentemente foi alvo de galhofa até de Fausto Silva. “Vai
trabalhar com a Sonia Abrão”, afirmou o apresentador do “Domingão do Faustão”,
após um erro de sua equipe. Se Sônia é considerada sensacionalista, não menos
foi o “Fantástico” ao exaltar apenas uma entrevista “reveladora” com a
ex-mulher do cantor, contando o que quase todos já sabiam, ao falar sobre a
morte do cantor.