terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

“Big Brother Brasil 12”: Público elimina o vilão dissimulado da competição com índice recorde de rejeição: mais de 90 por cento

Se tivesse mantido o papel de Shrek, o simpático ogro do filme americano de animação computadorizada, como era chamado por Pedro Bial no começo do “Big Brother Brasil 12”, talvez o carioca Rafael, de 35 anos, não fosse eliminado nessa terça-feira (28) com um índice de rejeição recorde de 92%. Logo após a estreia do programa, em 10 de janeiro, ele até prometia fazer uma bela parceria com a gaúcha Monique, a sua Fiona. Só que, leonino, ao se ver no quarto Selva, o projetista de iluminação sentiu-se o próprio Rei da Floresta. Botou as garras para fora e revelou-se um sujeito manipulador, fofoqueiro, falso e dissimulado. De ogro, como gostava de ser chamado, ficaram os arrotos nojentos que soltava em alto e bom som na frente de todos, as grosserias e comentários escatológicos. Mas de Shrek, personagem romântico e heroico do cinema, ele nada tinha.

O que fica evidente nessa edição do “Big Brother Brasil” é que o público parece estar mais exigente na hora de votar e eliminar os vilões. Este foi o sétimo paredão. No primeiro, com o jogo ainda começando e sem tempo suficiente para julgar o comportamento de cada um, a eliminada foi a mineira, dona de bar e preguiçosa Analice. No segundo, a baiana chorona, chata e de voz irritante Jakeline. No terceiro, a paulista Mayara, que se mantinha neutra, distante de todos, só comendo e dormindo, não foi poupada. No quarto, Ronaldo abriu o placar de recorde de rejeição ao levar 81% dos votos. Do grupo Selva, ele conquistou a antipatia do público não só por articular os votos com Yuri e Rafa, como também pelo bate-boca desenfreado que teve com Kelly e Fabiana. No quinto, a disputa foi acirrada entre dois elementos do quarto Praia: Fael e João Maurício. Perdeu o segundo, mas com uma diferença pequena. No sexto veio a desforra: Laisa foi eliminada com 88% dos votos. Os motivos estão aqui “Big Brother Brasil 12”: Laisa é eliminada após cometer, entre outros, os Sete Pecados Capitais
E agora, foi a vez do maior articulista mau caráter de todos. Ainda restam outros. Tanto lá quanto cá. Pois também falta ver a comprovação real de que os brasileiros estão mesmo aprendendo a votar. A oportunidade virá em outubro nas urnas.

Voltando ao Rafa, ele perdeu a noção de que suas atitudes estavam sendo assistidas pelo público de fora ou realmente não faz o menor juízo de valor entre o que é ser um jogador estrategista e o que é ser uma pessoa de caráter duvidoso. Isso ficava claro quando, após incutir na cabeça de seus colegas de quarto em quem eles deveriam votar, na hora da votação ele escolhia outra pessoa, para aparentar que estava fora da combinação.

Também foi desrespeitoso com João Carvalho, chamando o mineiro de 46 anos de moleque, apenas porque ele não queria mais fazer parte das combinações do quarto Selva. E logo depois, foi falsamente consolar o representante comercial, chorando. João não era nem é um exemplo de comportamento, mas só não percebeu quem não quis a forma como Rafa tentou se aproveitar da fragilidade do outro.

Não bastasse seu jogo sujo, ainda resolveu começar um romance com a mineira Renata, de 22 anos, que já tinha ficado com Jonas e Ronaldo no programa. Em menos de dois meses, Rafa foi o terceiro caso amoroso da loura na casa. E, em apenas dois dias, já estava declarando um “Eu te amo”... Não é à toa que em seu perfil no site do programa, Rafa diz que se considera autossuficiente e que tem poucos amigos de verdade por ser uma pessoa de personalidade forte. “Falo o que penso. Não tenho nem uma mão de amigos. Colegas tenho uma penca”, afirma. Depois dessa exposição de sua arrogância no programa, com certeza ele terá ainda menos amigos de verdade fora dele.

Quanto à edição do programa, foi constrangedor terem usados duas músicas de Cazuza como tema de duas pessoas que são tudo, menos representantes de letras marcantes do poeta: “Exagerado”, para Yuri, e “Faz Parte do Meu Show”, para Rafa. Na boa, esses dois estão longe de merecerem representar as ideologias de Cazuza.