O tão esperado acerto de contas entre as irmãs Ana e
Manu, interpretadas, respectivamente, por Fernanda Vasconcellos e Marjorie
Estiano na novela das seis, “A Vida da Gente”, finalmente aconteceu nessa
terça-feira (14). E as duas atrizes brilharam em sintonia em uma cena tão
difícil. No embate, ambas tiveram seu ponto alto, deixaram de lado a imagem
bonitinha de duas mocinhas boazinhas e acima do bem e do mal. Mais um ponto
para o ótimo texto da autora Lícia Manzo, mostrando que, como na ficção, na
vida da gente também ninguém é perfeito ou dono da verdade. Cada um tem as suas
razões para certas atitudes em determinadas situações.
No embate, Manu começou levando a melhor ao usar o
que tinha ouvido pouco antes de Nanda (Maria Eduarda), a irmã de Rodrigo
(Rafael Cardoso) que disse achar Ana uma garota mimada que foge da raia quando
a situação aperta. “Vai embora e deixa que os outros arrumem o caos que você
deixou. (...) Eu estou na minha casa”, diz Manu. Sem contar que a reação viria:
“Essa casa deveria ter sido a minha, e essa vida também. E a Júlia é minha
filha. Minha, não sua, ouviu bem?”, explode Ana. Depois de dois meses de novela
com a protagonista em coma e mais dois meses de vai-e-vem das duas irmãs se
revezando no posto de grande amor de Rodrigo não era sem tempo acontecer um
momento de clímax como esse.
Para entender melhor, é só reler "A
Vida da Gente": Quem Vai Ficar Com Rodrigo? Resumindo: no começo da
novela, que estreou em setembro, Ana e Rodrigo viveram uma intensa paixão e da
sua primeira vez de amor resultou na gravidez que gerou Júlia. Logo nos
primeiros capítulos, Ana sofreu um acidente e entrou em um coma que durou cinco
anos. Manu resolveu ajudar na criação da sobrinha, acabou se apaixonando por
Rodrigo e os dois foram morar juntos. Só que Ana sai do coma e encontra Manu
não só casada com Rodrigo como dona absoluta do posto de mãe de Júlia. Ana
tenta aceitar a situação, mas a dor de não ter o amor da filha é mais forte.
Assim como também não controla o reascender da paixão por Rodrigo. E aí foi
Manu que se sentiu traída.
As opiniões continuam divididas. Quem torce por Ana,
acha que finalmente ela saiu da eterna apatia e resolveu cobrar aquilo que lhe
é de direito: o amor de sua filha e do pai da menina. Afinal, não há como
simplesmente abrir mão de sua própria história para deixar o caminho livre para
a irmã. E Manu, já que era tão ligada à irmã, deveria não ter perdido a
esperança de que ela saísse do coma. E, quando Ana despertou, comportou-se como
quem não desejava a recuperação da irmã. Para não ter que abrir mão da filha e
do namorado da outra, não ajudou na aproximação de Ana com Júlia. Ambas fugiram
em momentos cruciais de suas vidas.
Resta aguardar agora que desfecho terá essa
história. Ao menos não teremos mais dois meses de expectativa pela frente, já
que sua sucessora, “Amor Eterno Amor”, tem estreia prevista para março.