sexta-feira, 1 de setembro de 2017

“A Casa”: Formato inovador de reality é desperdiçado por falta de criatividade e de originalidade dos realizadores na Record


Após dois meses no ar, “A Casa” chegou ao último episódio gravado nessa quinta-feira (31), na Record, criando uma boa expectativa para a final que acontecerá ao vivo na próxima terça-feira (5). Tanto que conseguiu ficar em primeiro lugar nos TTs, ou seja, sendo o assunto mais comentado nas redes sociais, embora os baixos índices de audiência no ibope ainda não tenham garantido oficialmente uma segunda temporada da atração comandada por Marcos Mion. Um dos maiores problemas pode ter sido o fato de os realizadores não terem se empenhado em corresponder à expectativa inicial criada no público diante de um reality show com formato totalmente diferente dos similares já realizados na televisão brasileira.

Ver cem pessoas confinadas em uma casa preparada para abrigar apenas quatro moradores gerou curiosidade em como iriam se virar para manter a subsistência e de como seria a convivência, já que ninguém se conhecia. Ou deveriam não se conhecer, uma vez que foi descoberto no decorrer do jogo que havia um casal de ex marido e mulher no meio do grupo. Fato é que, passado o impacto inicial, novos acontecimentos geradores de outras curiosidades deveriam ter sido criados. O que inicialmente foi inovador acabou caindo na mesmice. Afinal, combinação de votos, briga por comida, casais se formando por conveniência e participante sendo beneficiado por um tratamento especial dado pelo apresentador, ora, isso o público está cansado de ver. E felizmente está aprendendo a como dar sinais claros de rejeição: seja pela falta de audiência, seja através de críticas pelas redes sociais.

A ideia de realizar provas para dar a oportunidade de recuperarem um pouco do dinheiro desperdiçado do prêmio final, que começou no valor de R$ 1 milhão, foi boa. Mas, faltaram criatividade e originalidade na elaboração dos desafios. Parecia estarem tratando com crianças do jardim de infância do século passado. A desculpa de pouco espaço não cola, pois quando o número de participantes reduziu e interditaram o andar superior, poderiam ter usado aquele cômodo para provas mais complexas. Só no penúltimo episódio resolveram fazer um quis, um jogo que pode ser sempre informativo e educativo conforme as questões formuladas. Uma pena, pois a decisão que sobrará para o público será entre pessoas inexpressivas que só chegaram à final através de conchavos sujos. Ou seja, a história se repete. E de reality inovador não sobrou nada. Se houver uma segunda temporada, será preciso fazer muitos ajustes para realmente manter o diferencial em relação aos demais realities de confinamento.  



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