domingo, 10 de setembro de 2017

“Popstar”: Final tem vitória previsível de André, Xuxa no repertório de Eduardo e apresentadora dividindo gafes com jurados


Sem maiores surpresas ou novidades, o “Popstar” chegou ao final nesse domingo (10), na Rede Globo, com a vitória previsível de André Frateschi. Não que o cantor e ator não tenha merecido, já que suas performances sempre estiveram à altura de um profissional. E é aí que está o problema, pois a competição foi anunciada como sendo entre artistas que não tivessem a música como principal profissão. O que não é o caso de André, músico desde os 16 anos e atuante no cenário musical profissional desde 2006, que chegou até a usar suas apresentações no programa para divulgar sua turnê de shows como vocalista do Legião Urbana. Ou seja, sua seleção desde o início foi injusta com aqueles concorrentes que eram autênticos “cantores de chuveiro”, como os atores Murilo Rosa, Fabiana Karla, Érico Brás, Lúcio Mauro Filho, Marcella Rica e Eduardo Sterblitch, além dos repórteres e apresentadores Alex Escobar e Rafael Cortez. É verdade que havia o grupo formado por Thiago Fragoso, Cláudio Lins, Sabrina Parlatore, Marcelo Mello e Mariana Rios, que também não são cem por cento iniciantes na arte, pelo contrário, todos trazem alguma preparação na bagagem. Mas isso só deixa mais claro que para a segunda temporada, que já foi confirmada, a direção do programa deveria definir melhor seus critérios de seleção para não haver essa disparidade entre um concorrente e outro.

Apesar do resultado previsto, a final teve aqueles momentos fora do roteiro que só o “ao vivo” permite, como a câmera mostrar Toni Garrido na bancada de jurados bocejando mais de uma vez. A primeira foi quando Sabrina estava cantando e a outra, coincidentemente, foi na vez de Cláudio Lins, para quem o técnico não bateu o botão e tentou argumentar que na semana passada o voto de Dinho Ouro Preto foi registrado mesmo a luz não tendo acendido. Fernanda Lima rebateu dizendo que da vez anterior a falha não tinha sido do jurado. Pouco depois foi a vez de a apresentadora ter que se desculpar por trocar o nome de Toni Garrido pelo do Titã Toni Bellotto. Mas o vocalista do Cidade Negra também teve seu momento de destaque ao ser o único a não bater o botão para André Frateschi quando só restavam ele e Cláudio Lins na disputa pelo prêmio de R$ 250 mil e um carro Zero Km. “Eu tenho o direito de esperar o outro candidato se apresentar para decidir se dou ou não meu ponto para ele também”, afirmou Toni, recebendo o apoio dos demais jurados. “Mandou bem, Toni”, gritou Preta Gil na bancada.

Teve ainda o momento “tensão disfarçada” quando Eduardo Sterblitch apareceu em sua segunda apresentação cantando “Lua de Cristal”, hit da Rainha dos Baixinhos que agora está na Record. Maria Rita chegou a se esconder atrás da bancada e o humorista acabou tendo a pontuação mais baixa de toda a competição, com apenas dois jurados apertando o botão. Mesmo sendo eliminado, Edu não se deixou intimidar pelas críticas por ter escolhido uma canção conhecida na voz de Xuxa Meneghel e devolveu a moeda recitando versos da letra como: “Todos somos um e juntos não existe mal nenhum”, calando a voz da “intelectualidade” reinante entre os jurados. Mas a gafe maior que talvez tenha passado quase despercebida foi de Paula Toler ao tecer uma crítica disfarçada de Ivan Lins dizendo que Cláudio Lins “em termos de voz” é muito melhor do que seu pai. “Evidentemente é um compositor espetacular, mas cantando...”, e Fernanda Lima falou em cima, para Paula encerrar a frase com um “é incrível” fora de nexo. A ex-vocalista do Kid Abelha deve ter se esquecido de que seu começo de carreira também foi bem sofrível “em termos de voz”. De qualquer forma, fica a dica de que, para a segunda temporada, o cuidado na seleção de participantes da competição deve ser igualmente aplicado na escolha dos técnicos e especialistas convidados para compor o júri.



Mais "Popstar" em:
https://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2017/09/popstar-ana-carolina-e-samuel-rosa-se.html