quarta-feira, 6 de setembro de 2017

“A Casa”: Clima descontraído de show e anúncio de segunda temporada se sobrepõe a anúncio de vencedora em final ao vivo


A final de “A Casa” nessa terça-feira (5), na Record, apostou mais na linha de show do que propriamente no formato tradicional usado em reality show de confinamento. Após dois meses no ar, dos cem participantes iniciais restaram quatro, justamente o número de moradores para o qual havia acomodações suficientes durante todo o jogo. Não foi nem preciso chamar caravanas para fazerem às vezes de torcida, pois os próprios “expulsos” da casa foram suficientes para ocupar os lugares na plateia. Até mesmo os finalistas foram levados para o palco para somente ali saberem o resultado das últimas provas, gravadas previamente, e então descobrir os dois nomes que seriam submetidos à votação do público. E não foi com muita surpresa que a campeã foi a jovem estudante universitária Thaís Guerra, levando o prêmio de R$ 436.772,00, que foi o que sobrou da soma inicial de R$ 1 milhão.

Indiferente às críticas e à baixa audiência, Marcos Mion não se deixou abater e anunciou com a maior empolgação que haverá, sim, uma segunda temporada. Além de confirmar a notícia, o apresentador ainda abriu na mesma hora uma votação para que o público escolhesse 20 ex-participantes para voltar na próxima edição. A melhor parte, no entanto, foi uma edição especial do “Vale A Pena Ver Direito”, quadro tirado do seu programa “Legendários”, em que são mostrados os momentos mais bizarros e engraçados dos confinados. Assim como ajudou a presença de Fabio Porchat, que emendou seu talk-show na final ao vivo, como tem feito nas finais dos realities da emissora.

Sem dúvida alguma, Mion é quem realmente conseguiu segurar “A Casa” na grade da programação. Se for analisado com profundidade, trata-se de um reality que proporciona um entretenimento de gosto duvidoso ao submeter pessoas a privações de necessidades básicas, principalmente alimentar e de higiene, o que acaba expondo a todos a riscos de doenças infecciosas e contagiosas. Mas, como todos são adultos e estão conscientes de tudo ao assinarem seus contratos, cabe a cada um arcar com os ônus que podem advir de possíveis bônus. Espera-se, no entanto, que entre os ajustes a serem feitos na próxima temporada haja maior cuidado da direção e dos realizadores do programa em relação à função social que deveriam e podem exercer em rede nacional.


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