A estreia do “MasterChef Profissionais 2” foi uma
espécie de déjà vu do que foi mostrado no episódio inicial da primeira
temporada da competição culinária exibida pela Band. Faltaram novidades ao
programa que foi ao ar nessa terça-feira (5). Exatamente como no ano passado,
três participantes foram eliminados em provas que pediam releitura, agora
chamada de “reinvenção”; técnica, rebatizada de “habilidade”, e serviço, que
não mudou de nome. Sendo que a prova de serviço dessa vez foi facilitada com
apenas 30 convidados, um terço a menos do que na edição anterior. Ou seja, não
correspondeu ao discurso inicial de Ana Paula Padrão de que nessa nova
temporada “os competidores são ainda mais experientes e as provas mais
desafiadoras”.
Mais uma vez o que se viu foi um desfile de profissionais
enaltecendo suas experiências em restaurantes internacionais, mas se
comportando como amadores na hora de colocar a mão na massa. Como pode uma
cozinheira profissional e professora de gastronomia como Berta se apavorar ao
ter que fazer uma releitura da feijoada dizendo “feijão não é minha praia”? Pior
mesmo foi Pedro ter se confundido e usado açúcar no lugar de sal em sua
receita. Não foi à toa que foi um dos três eliminados. Na linha dos atrapalhados,
em que Priscylla não sabia nem ligar uma batedeira, agora teve Ravi não conseguindo
ajustar o aquecimento do forno. Pode-se dizer que dessa nova turma, Clécio
promete fazer muita graça tietando os jurados com seu jeito mineirinho de ser.
Só precisa cuidar para não extrapolar na bajulação e acabar ficando chato. Não
é o caso de Lubianka, que já conquistou a antipatia da maioria do público por
misturar inglês com português em todas as suas falas. Realmente não justifica
esse exagero na mistura dos idiomas apenas pelo fato de ser filha de mãe
americana e já ter morado 20 anos nos Estados Unidos, afinal ela é pernambucana
como seu pai e está de volta ao Brasil há sete anos. Nem seu sotaque é tão
marcante. Ou seja, está querendo mesmo é fazer tipo.
E se antes havia dois cozinheiros que já haviam trabalhado juntos, Ivo e Dayse, o grupo de agora tem Pablo, que já fez parte da equipe do restaurante de um dos jurados: Érick Jacquin. “Mas aqui vou ser mais exigente”, avisou o chef francês ao participante. À primeira vista, no entanto, Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella, não estavam tão rígidos em seus julgamentos como aconteceu na estreia com os Profissionais da primeira temporada. Enquanto alguns internautas (certamente vegetarianos e veganos) criticavam o fato de terem sido mostradas carcaças de leitões que seriam usadas em uma das provas, Paola elogiou com propriedade a destreza de Edney ao cortar o animal. “Difícil encontrar hoje um cozinheiro dessa geração que saiba despostar, porque as postas já vêm prontas”, observou a chef argentina. Ou seja, a patrulha na web foi apenas mais uma tentativa de sensacionalismo desnecessário. Resta esperar com o que vão implicar no próximo episódio, quando a primeira prova da Caixa Misteriosa trará apenas ingredientes para a execução de um menu vegetariano.
Sobre a estreia da primeira temporada:
https://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2016/10/masterchef-profissionais-estreia-mostra.html