É incrível como Walcyr Carrasco, autor de “Amor à
Vida”, novela das nove da Rede Globo, tem o dom de reunir em um único folhetim
tantas mulheres dissimuladas, de caráter duvidoso, inseguras ou sem
personalidade definida. E Amarilys, a dermatologista interpretada por Danielle
Winits, vem batendo todos os recordes de comportamentos questionáveis e
comprometidos que marcam a maioria das personagens femininas da história. Depois
de aceitar gerar o filho de um amigo homossexual, Niko (Thiago Fragoso), ela
trai o mesmo, seduzindo seu companheiro bissexual, Eron (Marcello Antony), para
ter com ele o bebê e assim se apossar como mãe da criança. Não bastasse tudo
isso, sempre agindo de maneira sórdida e julgando-se certa, ela ainda tenta destruir
a possibilidade de uma criança, Jayminho (Kayky Gonzaga), ser adotada por Niko.
Paloma (Paolla Oliveira) é aquela que deveria ser a
heroína, mas não passa de uma mulher desde o primeiro capítulo perdida e sem
saber o que realmente quer da vida. Aline (Vanessa Giácomo) é a madastra má, a
mulher que se submete até mesmo a ter um filho em prol de uma vingança. Tendo
como cúmplice a misteriosa e também vingativa Mariah (Lúcia Veríssimo). Ambas
no rol das vilãs assumidas, como Leila (Fernanda Machado), que destila veneno
em cada frase pronunciada.
Pilar (Susana Vieira) é a mulher que já suportou
muitas traições e resolve se rebelar justamente após saber que o filho é gay e
o marido vai ter um filho com uma mulher mais nova. É o cúmulo da humilhação. Edith
(Bárbara Paz) e sua mãe, Tamara (Rosamaria Murtinho), formam a dupla perfeita
do imbróglio. A primeira, ex-garota de
programa, tenta convencer que é apaixonada por um gay. Detalhe que ele é rico.
Queria ver se fosse pobre. A segunda vende não apenas a alma como também a
filha ao diabo.
Até mesmo a aparentemente correta Ordália (Eliane
Giardini) decepcionou com seu passado de “periguetona” revelado de uma forma no
mínimo esdrúxula ao descobrir que o pretendente de sua filha, Gina (Karolina
Kasting), Era o mesmo com quem teve um caso no passado. Aí ela se entrega
novamente ao tal ex, Hebert (José Wilker), depois de ter cortado a onda da
própria filha. E a tal Gina, aquela moça exageradamente ingênua, beirando à
ignorância em suas atitudes, resolve virar uma carola.
Já Márcia (Elizabeth Savalla), que, apesar de até
então divertir com suas histórias de ex-chacrete e seus hot-dogs, sempre teve
um pé no mau-caratismo ao incentivar a filha, Valdirene (Tatá Werneck), a dar o
golpe da barriga em um milionário. E agora mostra fraqueza também ao se unir a
Félix (Mateus Solano) para livrar sua própria pele de possível investigação da
polícia por atos passados. Enquanto sua filha, Valdirene, há muito deixou de
ser engraçada para ser uma periguete repetitiva, sem noção e péssimo exemplo
como mãe de um bebê.
Nesse rol, tem ainda o furor uterino de Patrícia
(Maria Casadevall), a assassina e mal-amada Glauce (Leona Cavalli) que, tal
qual Edith, tenta seduzir Félix mesmo sabendo de sua condição de homossexual. E a gordinha Perséfone (Fabiana Karla), que tinha
obsessão por perder a virgindade e só após realizar seu intento resolveu pensar
e repensar sua condição de gordinha.
Engrossando a lista de mulheres de caráter duvidoso,
inseguras ou sem personalidade definida estão a parasita Gisela (Françoise Forton),
a sem orgulho próprioVega (Christiane Tricerri), a pronta a bancar garotões Joana
(Bel Kutner), a advogada sem lei própria Silvia (Carol Castro), a submissa que
aceita ser chamada de “cadela” pelo patrão Simone (Vera Zimermann), e a alcoólatra
Eudóxia (Ângela Rabelo).
Mais "Amor à Vida" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/10/amor-vida-ary-fontoura-e-natalhia.html