terça-feira, 19 de novembro de 2013

“Amor à Vida”: Mateus Solano volta a se superar com sua interpretação intensa em cena contundente na qual Félix toma para si o comando do fio condutor de toda a novela


Mateus Solano conseguiu mais uma vez superar toda e qualquer expectativa a respeito de seu talento, já comprovado ao longo dos seis meses em que “Amor à Vida” está no ar, no capítulo dessa segunda-feira (18), em que seu personagem, Félix, é desmascarado diante de toda a família. Dizer que ele roubou a cena seria usar de uma frase feita que ficaria aquém do momento supremo de interpretação do ator, que, acima de tudo, levou para o telespectador de televisão uma mostra do mais puro teatro encenado diante de câmeras.

Como um leão ferido em sua própria jaula, Félix rugiu, quebrou o que tinha pela frente, tentou se defender com altivez, mas também se entregou à própria sorte, e chorou o choro dos injustos com tamanha verdade que ficou difícil separar o personagem do ator. Certamente Mateus Solano deve ter saído dessa gravação carregando um peso enorme nos ombros, porque ele literalmente se entregou de corpo e alma a Félix.

Deixando um pouco de lado as inúmeras situações que deixam a desejar no texto do autor Walcyr Carrasco, a brilhante interpretação do ator foi ainda mais valorizada por ter sido feita em um cenário que reunia medalhões da teledramaturgia brasileira como Natália Timberg, Antonio Fagundes, Susana Vieira e Elizabeth Savalla. E ainda outros intérpretes da linha de frente da história, entre eles Paolla Oliveira, Malvino Salvador e Vanessa Giácomo.

Justiça seja feita a Paolla que, finalmente, soube aproveitar a chance de Paloma embarcar na entrega de seu irmão e conseguiu também se sobressair na cena, enquanto os demais personagens assistiam a tudo de platéia, como se fossem meros coadjuvantes.

Depois dessa cena, que durou cerca de nove minutos no ar e já pode ser incluída na lista de antológicas das novelas, fica difícil imaginar o que mais Félix, ou melhor, Mateus Solano nos reserva. Porque, definitivamente, o ator há muito já é o dono da história. História que, aliás, deveria se chamar “Amor e Ódio ao Félix”.


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