Falta sentido na história, assim como faltam
personagens bem construídos, o que acaba resultando em interpretações pouco convincentes.
É até constrangedor ver Antonio Calloni, um ator que já foi aplaudido em cena aberta
na estreia de “Terra Nostra”, novela de Benedito Ruy Barbosa exibida em 1999,
na qual interpretava o italiano Bartolo, agora ser o “Mentor” de uma sociedade
secreta que não convenceria nem em um filmezinho bobo na “Sessão da Tarde”.
Outro ator que tem seu talento desperdiçado é Cássio
Gabus Mendes, nitidamente desconfortável ao interpretar o tal Líder Jorge, o
porta-voz do misterioso Grupo de “eleitos” que estão em busca da felicidade. E,
para completar, Marcello Novaes, depois de ter se superado como Max em “Avenida
Brasil”, ano passado, em breve irá se revelar como o responsável de tantas mortes atribuídas
à Besta de Tapiré, uma lenda boba e para lá de sem propósito.
A falta de protagonistas de peso na linha de frente
também deixa o navio meio à deriva. Juliana Paiva, que se sobressaiu na
temporada anterior de “Malhação”, em que era estreante, voltou precocemente à
cena. Não teve tempo de uma preparação mais estudada nem teve uma
caracterização renovada. A falta de mudança no visual de Flávia Alessandra
também pesa contra. Assim como a mesmice de Thiago Rodrigues, a inexpressão de Vinicius
Tardio e a versão boba alegre de Christiana Ubach, que aparece sempre sorrindo
para Rodrigo Simas em qualquer situação, como se não estivessem em cena.
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