Fato é que desde a
estreia, dia 3 de maio, a repercussão da reprise foi imediata. Em menos de um
mês o programa, apresentado por César Filho e Isabela Garcia, colocou o canal
em terceiro lugar como o mais assistido na TV por assinatura. Não foi à toa que
até o “Vídeo Show”, da Globo, passou a encerrar suas edições sempre com um
sucesso mostrado no “Globo de Ouro”. Nessa segunda-feira (21), o programa
comandado por Ana Furtado e André Marques reapresentou Kátia cantando “Qualquer
Jeito (Não Está Sendo Fácil)”, sucesso de 1988. Não por acaso, quando a cantora
cega apareceu cantando no “Globo de Ouro” na segunda semana de revival do
programa, seu vídeo foi o mais acessado no site do canal. Sem falar nas
repercussões que continuam nas redes sociais.
O que levaria
telespectadores de todas as idades a mergulharem nessa onda nostálgica? Entre
os mais jovens, alguns podem estar apenas buscando uma diversão movida pelos
modelitos da época, outros talvez estejam indo mais fundo e buscando uma
comparação entre a qualidade do que era produzido antigamente e o que se ouve
hoje. Melhor ou pior? Só o fato de levar à reflexão já é um ponto positivo.
Inicialmente reprisado de
terça a sexta-feira às 23h15m, o programa ganhou mais um horário nesse fim de
semana, quando passou a ser exibido também aos domingos, às 18h. Merecidamente.
Afinal, além de hoje não existir um programa voltado exclusivamente às músicas
mais tocadas e ser raro as atrações atuais mesclarem vários ritmos em uma única
edição, no “Globo de Ouro” era possível ver artistas de diferentes segmentos
reunidos em uma noite, como Rosana, Lobão, Xuxa e José Augusto. Ou Wando, Rita
Lee e Roberto Carlos, atrações da noite dessa terça-feira (22).
Era a diversidade de
gostos se sobrepondo e desprezando atitudes “diferenciadas” dos que se acham os
reis das “bolachas pretas”, que fazia toda a diferença.