sábado, 30 de setembro de 2017

“MasterChef Profissionais”: Nova polêmica sobre uso de animais em estúdio e outra eliminação por erro amador de cozinheiro


Mais uma vez a falta de profissionalismo foi uma das características mais marcante do “MasterChef profissionais”, da Band, que chegou a seu quarto episódio na terça-feira (26). Depois da saída de Berta por sua falta de familiaridade em preparar feijão, e de William, que cometeu o erro crasso de apresentar no prato um camarão sujo, dessa vez foi a vez de Guilherme ser eliminado após servir bife de fígado cru, simplesmente porque “é o ponto que ele gosta de comer”. Ora, onde foi parar toda aquela experiência que a maioria dos participantes exalta ter adquirido em restaurantes estrelados e escolas renomadas, todos conhecidos internacionalmente? Não é o que se tem visto no ar, pelo contrário, os sinais de amadorismo só se agravam a cada semana. Como pode Clécio, o mineiro que força no sotaque e na bajulação dos jurados, dizer que nunca mexeu com uma panela de pressão? A mesma revelação repercutiu nas redes sociais quando foi feita no programa por Deborah Werneck, uma das finalistas do último “MasterChef Brasil”. E olha que se tratava de uma cozinheira amadora.

Fora o despreparo dos profissionais, o que realmente tem movimentado a web são as discussões provocadas pelo fato de animais estarem sendo usados de forma um tanto apelativa no programa. Primeiro foram carcaças de leitões penduradas em ganchos de açougue, agora foi uma vaca que adentrou o estúdio puxada por seu criador. A encenação fazia parte da Prova de Eliminação em que mais uma vez repetiram um leilão de cortes, já realizado em outra temporada, cuja moeda de lance dos participantes era o desconto no tempo de cozimento. E Paola Carosella aproveitou para se posicionar quem critica o consumo de carne. “Quando a gente cozinha frango, o impacto não é tão grande. Mas quando a gente tem do lado um bicho desses, de 800 quilos, com essa carinha, esses olhos, a gente se horroriza. Quem está em casa começa a falar mal e, enquanto isso come a pizza com uma fatia de linguiça ou tem um sapatinho de couro”, ironizou a chef argentina. “Sim, eu me considero uma pessoa cruel, eu como carne. Mas assumo a minha responsabilidade. A segunda responsabilidade é estar ciente da carne que come, pesquisar quem está por trás do bicho e como esse bicho foi criado. A terceira é tomar cuidado ao cozinhar. Temos de saber aproveitar o boi, do rabo ao nariz, e respeitar muito bem cada pequenininho pedaço de carne que ele nos dá”, afirmou a jurada. E concluiu: “É difícil, mas é a realidade, não vamos ser hipócritas!”. Enquanto os dois outros jurados, Érick Jacquin e Henrique Fogaça, igualmente carnívoros, permaneceram calados.

É uma questão a ser analisada com cuidado, pois a razão não está cem por cento de nenhum lado. Primeiro porque se trata de uma competição de culinária que não tem em seu formato qualquer comprometimento em atender quem segue um ou outro tipo de dieta. Segundo porque não é feita para fazer apologia se o melhor para o ser humano é ser carnívoro, herbívoro ou onívoro. O que interessa para o público é ver quem se porta melhor em uma cozinha e, por dedução, torcer por quem cozinha melhor. Agora, cabe ao programa também respeitar alguns limites e não forçar tanto a barra ao expor semanalmente animais como está fazendo apenas para tentar conquistar audiência criando polêmica. Não se combate uma hipocrisia com outra.



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“Dancing Brasil”: Competição chega ao fim com vitória justa de Yudi, um somatório de acertos e terceira temporada confirmada


A vitória de Yudi Tamashiro na final da segunda temporada de “Dancing Brasil”, que foi ao ar na Record na segunda-feira (25), não foi apenas merecida como mostrou que há competições em que, apesar dos interesses dos realizadores, ainda é possível respeitar a vontade popular. Sem dúvida, o apresentador foi o candidato que mais se destacou desde a estreia do programa, assim como as outras duas finalistas, Suzana Alves e Lexa, igualmente mostraram garra e muita evolução ao longo da competição. Claro, que a seriedade e a avaliação criteriosa dos jurados, Fernanda Chamma, Jaime Arôxa e Paulo Goulart Filho, tiveram um peso significativo para que fossem os três na final. O público apenas deu seu aval, lembrando que a emissora tem sido uma das únicas a dizer no ar a empresa de auditoria que fiscaliza a votação feita através da internet.

Mesmo tendo praticamente emendado a segunda temporada na primeira, o programa não chegou a cair na mesmice justamente por seu formato ágil. Diferentemente de outras competições do gênero que apostam em um único ritmo para todos os participantes por episódio, no “Dancing” cada dupla tem o seu próprio desafio e essa variedade dá mais agilidade ao programa. Contribui para dificultar e valorizar a disputa o fato de a coreografia ser feita em cima de músicas que não necessariamente correspondem ao ritmo dançado e são interpretadas ao vivo no palco. E ainda há a participação de todo o elenco em números musicais variados e até mesmo surpreendentes a cada noite.

A própria final abriu com uma coreografia que reuniu a apresentadora Xuxa e seu assistente Sérgio Marone, os três jurados e todas as 12 duplas que participaram da competição. A apresentação misturou vários ritmos e mais uma vez transformou o estúdio em uma verdadeira casa de espetáculos. Apesar de não ter sido um grande sucesso de audiência, “Dancing Brasil” foi a melhor aposta da Record em 2017. E acertadamente já tem confirmada a terceira temporada para o ano que vem.


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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

“MasterChef Profissionais”: Episódio repete prova, chefs não mudam discursos nas críticas, cozinheiros cometem mesmos erros e competição culinária perde audiência


A queda na audiência e a falta de repercussões mais acaloradas na web sobre o “MasterChef Profissionais” podem estar sinalizando que está faltando novos “tômperos” nessa segunda temporada do reality de culinária da Band. Ou pode não ter sido uma boa ideia colocar no ar com um espaço de tempo tão curto uma versão que muda apenas no nome, mas que traz exatamente os mesmos ingredientes da anterior com amadores. Nas duas categorias, os cozinheiros repetem os mesmos erros, as mesmas inseguranças e até alguns perfis que beiram a interpretação de personagens roteirizados. Tanto que a eliminação de Berta, semana passada, e a de William, nessa terça-feira (19), não causaram maiores repercussões. Os dois episódios foram como pratos servidos mornos, preparados com técnicas manjadas e sem sabor. Falta o toque “masterchef” que realmente surpreendesse e agradasse o paladar do público, que a cada “serviço” fica mais exigente.

O cardápio se repete. No segundo episódio, a Caixa Misteriosa para se preparar um menu vegetariano até foi interessante, o desafio de cortar um frango em partes perfeitas na Prova de Eliminação foi exatamente igual a feita no “MasterChef Brasil” do ano passado, em que a chef argentina deu uma aula para os cozinheiros amadores de como destrinchar a ave e até mostrou exatamente o que é e onde está localizada a famosa “ostra”, desconhecida da maioria dos profissionais. Aliás, outra cena da temporada anterior se repetiu nessa: ao criticar o prato de Berta, a profissional eliminada no primeiro episódio, Paola comparou seu frango a um “sapo amassado na estrada” e imitou a pose do bicho morto. Exatamente como fez na competição entre amadores ao dizer que o ouriço preparado por Mirian tinha “cara de barata amassada”. A jurada gosta desse tipo de encenação, pois sabe que pode render memes na internet e torná-la mais popular.

Nesse segundo episódio houve uma pequena mudança na primeira Prova em Equipe, que foi os participantes não terem sido divididos em dois grupos, até porque deveriam preparar mil pratos para 250 convidados de uma festa de casamento. A vitória de Ravi foi justa, pois incontestavelmente seu desempenho foi o melhor. Enquanto o veterano Francisco só tem pose de “papai sabe tudo”, na prática só deu bola fora e foi o responsável pelo pior resultado. Pablo não fica atrás, ficou claro que a demora no cozimento do peixe foi porque ele não colocou no forno na hora que tinha sido sugerida por Monique mais de uma vez. No entanto, como ele já trabalhou com Érick Jacquin e talvez para agradar o chef francês, Mirna usou seu poder de líder para salvá-lo da prova de eliminação. Quem acabou saindo por fazer o pior prato com frutos do mar, inclusive com camarão sujo, foi William, apesar de todas as dicas que recebeu do mezanino. Esse tipo de ajuda não deveria ser permitido, mas pelo que deu para perceber pelas imagens, acontece livremente no momento em que os jurados, Paola, Jacquin e Henrique Fogaça, não estão acompanhando in loco a gravação da prova. O auxílio até foi citado de forma evasiva por Fogaça na hora da avaliação do prato, dito em tom de quem ouviu falar, mas não testemunhou o fato. A produção deve contar depois tudo o que rolou durante as provas para os três chefs e a apresentadora Ana Paula Padrão fingirem que estavam na cozinha o tempo todo.

Em relação aos participantes, contrapondo a pose de Francisco, que faz lembrar a postura que beirava ao pedantismo de Ivo na primeira temporada de profissionais, dessa vez o que começa a incomodar é a humildade que beira a vitimização de Mirna. Está ficando chato a edição estar dando destaque para o apelo da baiana para seus dramas familiares, como se o critério principal da competição fosse a história pessoal e não os dotes culinários. No primeiro episódio ela usou seu clipe para contar que era filha de pais alcóolatras, o pai batia na mãe, a mãe batia nela, e mesmo assim ela dedica sua vida a acarinhar as pessoas com massagens e através da cozinha. Aí no segundo, após não se dar bem como chef de equipe, Mirna voltou a apelar para o emocional para tentar justificar seu desempenho mediano: “Depois do dia da perda da minha mãe, é mais um dia que estou tendo que conter a minha emoção para segurar a onda de outras pessoas. Isso é desesperador”, afirmou ela. Repetir depoimentos dramáticos não tem a ver com a proposta da competição, portanto a falha maior é da direção do programa que permite dar destaque a esse tipo de desabafo na edição.

Da mesma forma está ficando forçado o personagem de mineirinho caipira encarnado por Clécio. No começo foi até vista com bom humor sua idolatria pelos jurados, em especial por Paola, mas virou uma bajulação repetitiva e inconveniente. Perdeu a graça também porque deu para perceber que ele só carrega no sotaque mineiro quando está diante de Paola, Érick e Fogaça ou nos depoimentos gravados para serem inseridos na edição. Quando está conversando informalmente com os demais concorrentes parece outra pessoa se expressando. Mas ao que tudo indica por enquanto apenas Irina e Ravi se tocaram que Clécio não é tão ingênuo e amiguinho de todos como tenta parecer. Pelo contrário, “ele é estrategista”, como observou o gaúcho.
A falta da mesma empolgação de antes manifestada pela audiência pode ser ainda por que ele sabe que não adianta torcer por um ou outro concorrente durante a temporada. A opinião e o voto do público só vão valer na final, quando restarem apenas os dois cozinheiros que os jurados escolherem e que, certamente, deve corresponder aos interesses dos realizadores do programa. E até nesse ponto não existe mais a expectativa de antes, pois mal começou e os spoilers de quem são os dois finalistas já estão sendo divulgados na internet.



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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

“A Fazenda”: Falhas da direção e falta de versatilidade de Justus como apresentador prejudica votação para formar primeira Roça


A formação da primeira Roça de “A Fazenda – Nova Chance”, nessa terça-feira (19), tinha tudo para ser uma noite em que a Record poderia conquistar maior audiência, não fossem os erros crassos da direção ao não saber conduzir a edição das imagens gravadas e a total falta de versatilidade e carisma do apresentador Roberto Justus. Por mais que se questione o nível de categoria na escalação dos participantes, até agora todos estão cumprindo exatamente o papel já previsto de quem se propõe a entrar nesse tipo de reality. E como o público que acompanha esse tipo de atração espera, na hora da votação não faltou confusão. Teve peão não cumprindo o combinado e votando em membros do próprio grupo, teve troca de acusações e até bate-boca com direito a palavrões, ao vivo, principalmente entre Dinei e Ana Paula Minerato. A modelo acabou levando dez votos e foi para a Roça ao lado de Monick Camargo, indicada por Flávia Viana, a Fazendeira da semana, e de Nicole Bahls, escolhida pela própria Ana. Foi boa a ideia de surpreender com uma Prova do Fazendeiro entre as três roceiras imediatamente após a votação, dentro da proposta de desestabilizar aqueles que acham saber tudo que vai acontecer por já serem veteranos em realities. Melhor ainda foi justamente a mais votada, Ana Paula, ter vencido o desafio e voltado para a sede como Fazendeira.

Lamentavelmente, Roberto Justus não tem o menor traquejo para conduzir esse tipo de programa. Para começar, é ridículo um ao vivo em que os participantes apenas ouvem a voz do apresentador. Ele poderia ao menos ser visto através de um telão. Para piorar, o problema técnico de áudio, que se verifica desde a estreia, dificultou ainda mais a comunicação entre eles. Talvez por falta de retorno, Justus não parava de falar, ignorando as manifestações dos peões. Discussões e troca de farpas rolando no palco da votação e o apresentador sempre sorrindo e seguindo seu texto no teleprompter, completamente alheio ao que estava acontecendo. E mesmo quando tomava conhecimento, não ousava sair do roteiro previamente estabelecido. Deu até vontade de parar de assistir a Prova do Fazendeiro, pois Justus atrapalhou as roceiras com suas interferências inconvenientes quando as três precisavam de concentração.

Mas a falha mais grave da noite foi cometida pela direção, assinada por Rodrigo Carelli, que está cometendo o mesmo erro de repetir as mesmas informações e imagens de forma seguida em uma mesma edição. No programa gravado de sexta-feira (15), por volta dos cinco minutos, Roberto Justus apareceu dizendo; “Ontem foi dia de prova, valendo um carro zero... E o assunto deu o que falar depois”, aí entrou quase cinco minutos de imagens com os peões falando mal de Ana Paula em diversas situações. Terminado o bloco, apareceu exatamente a mesma “cabeça” de antes com o Justus dizendo: “Ontem foi dia de prova...”, e aí sim entraram algumas imagens dos comentários sobre o sorteio do carro zero para, em seguida, Ana Paula voltar a ser assunto antes de várias sequências da lida com os animais. No fim, a única chamada gravada pelo apresentador para um episódio de quase uma hora de duração, foi repetida duas vezes e não correspondiam exatamente às situações mostradas. Ah, ele também gravou um “A Fazenda Nova Chance volta já”, para chamar os comerciais. E voltou a aparecer na Prova da Chave, que também estava gravada.

Já nessa terça-feira foi a vez de Justus chamar uma matéria e colocarem no ar a mesma sequência de imagens que já havia sido mostrada no bloco anterior, sobre outro assunto, claro. Como estava ao vivo, foi interrompida e o apresentador entrou para avisar que “agora sim”, iriam mostrar as imagens corretas. Será que não existe uma equipe de redação trabalhando em conjunto com os editores? E o que faz a direção que não revisa o material antes de jogar no ar? Ou seja, qualquer resultado negativo em relação a essa temporada não deverá ser atribuído tão somente aos peões escolhidos, mas principalmente à falta de profissionalismo dos realizadores e a incompetência Roberto Justus para comandar uma atração em que descontração, sagacidade e inteligência são fundamentais para acontecer uma devida interatividade entre apresentador e confinados.


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terça-feira, 19 de setembro de 2017

“Dancing Brasil”: Jaime Arôxa rebate vaia impondo seu papel como jurado técnico e Milene sofre queda no palco na semifinal


Depois de escapar da zona de risco durante toda a segunda temporada do “Dancing Brasil”, Milene Domingues não conseguiu se salvar da eliminação justamente na semifinal, nessa segunda-feira (18), na Record. Pela votação do público, a atleta Jaque Carvalho também deixou a competição, enquanto a funkeira Lexa foi salva e disputará a final com Yuri Tamashiro e Suzana Alves. A eliminação de Milene, no entanto, não surpreendeu tanto, já que seu desempenho nunca foi dos melhores. E logo na sua primeira apresentação da noite, ela acabou levando um tombo feio enquanto dançava samba com seu coreógrafo, Rafael. Aparentemente, a falha foi mais dele, que segurou apenas as pernas da parceira, deixando o corpo dela solto no ar. A questão não foi tratada pelos jurados, Jaime Arôxa, Fernanda Chamma e Paulo Goulart Filho. Talvez como consolo, na segunda apresentação a dupla ganhou o primeiro dez de sua trajetória, dado por Arôxa, dançando cha cha cha.

Se com Milene o jurado foi generoso, o mesmo não aconteceu quando Suzana Alves se apresentou dançando salsa com seu coreógrafo, Tutu. Quando Arôxa começou a falar que esperava mais do número, a plateia não se conformou e começou a vaiar. Mas ele não se intimidou e rebateu dizendo que não estava ali para bater palma para todo mundo. “Estou aqui para fazer meu trabalho e dizer que tem que ser bem feito. O programa só é bom por causa da gente (os jurados) também. Sabia disso?”, afirmou ele, enquanto Xuxa tentou cortar o assunto chamando a outra jurada, mas se tocou que Arôxa ainda não tinha concluído seu julgamento, pediu desculpa e o deixou prosseguir. Não é a primeira vez, porém, que a apresentadora discorda claramente das opiniões do jurado. Para amenizar o clima, Fernanda e Paulo foram só elogios e deram dez para Suzana, o que acabou ajudando a livrá-la da zona de risco.

A postura de Arôxa não foi apenas um momento isolado no “Dancing Brasil” como também reflete uma questão que tem sido levantada ultimamente, que é a função que jurados devem desempenhar em qualquer tipo de competição. Papel esse que vem perdendo seu real valor em função de nem todos os programas terem a preocupação de convidar profissionais gabaritados para fazerem avaliações consistentes e imparciais. Há pouco tempo tivemos duas situações constrangedoras em duas atrações da Rede Globo: no “Dança dos Famosos” e no “Popstar”. No quadro do “Domingão do Faustão”, a atriz e bailarina clássica Carolina Kasting foi agredida nas redes sociais simplesmente por ter dado uma nota 9 após ter elogiado uma participante. Duas semanas depois, Carolina voltou a ser alvo de piada no próprio programa, com a conivência do apresentador Fausto Silva. Ora, se não há cuidado na seleção de jurados, não pode haver patrulha sobre o julgamento dos mesmos. Mas deve haver, sim, responsabilidade de quem comanda o programa de não deixar que a plateia constranja quem está com a palavra. Como aconteceu no episódio do “Popstar” em que Mônica Iozzi foi vaiada apenas por não ter apertado o botão para Alex Escobar que, diga-se de passagem, era um dos participantes mais limitados como cantor. E Fernanda Lima, como apresentadora, apenas achou graça da situação e nada fez em defesa do direito de a jurada ter opinião própria. Graças a seu jogo de cintura, Mônica não se intimidou e encarou a plateia de frente. Como fez Arôxa agora.

Ou seja, primeiro é preciso mais responsabilidade dos realizadores de competições na hora de convidar profissionais que realmente tenham aval para serem jurados conforme a área de atuação que esteja sendo alvo da disputa. E segundo, que os critérios desses profissionais sejam respeitados tanto pela plateia quanto pelos apresentadores.


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Sobre Mônica Iozzi no "Popstar" em:
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Sobre Carolina Kasting no "Dança dos Famosos" em:
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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

“A Fazenda”: Após falhas na estreia, peões desperdiçam nova chance repetindo alguns comportamentos já condenados pelo público


O acréscimo de “Nova Chance” no nome da temporada nove de “A Fazenda” parece ainda não ter sido entendido nem pelos realizadores, nem pelos participantes do reality rural da Record. Afinal, para todos deveria valer a máxima de que não se deve desperdiçar a nova oportunidade de fazer o certo e não repetir erros passados. Logo na estreia na terça-feira (12), no entanto, a direção, produção e técnicos do programa foram os primeiros a cometerem falhas de principiantes. Preocuparam-se em abrir usando efeitos tecnológicos dando um tom futurista e pecaram nos recursos técnicos básicos como áudio e edição de imagens. O problema no som prejudicou não apenas a comunicação entre Roberto Justus e os peões no ao vivo como também a inserção das partes gravadas previamente. Já a insegurança do apresentador foi responsabilidade apenas dele. Justus estava perdido no roteiro e inseguro ao interagir com participantes que são tarimbados em realities. Como um apresentador entra no ar sem ter feito o dever de casa de pesquisar antes o perfil dos participantes? Não é culpa da produção se ele não sabia nem o nome de todos os peões.

A ideia de modernizar a nova locação, que saiu de Itú, no interior paulista, e foi para Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, não agradou. Tirou a rusticidade que dava o toque de campo no ambiente interno da sede. Além da redução dos espaços, parece que diminuiu o número de câmeras, ou está faltando agilidade na movimentação das existentes. O ponto positivo é a emissora ter disponibilizado a transmissão ao vivo da rotina dos confinados 24 horas por dia através da internet. Por isso mesmo já foi possível constatar que a maioria dos atuais peões não está sabendo aproveitar a nova chance e está repetindo os mesmos erros que cometeram quando foram confinados em outros realities. Como é o caso de Conrado, ex-Power Couple, e Dinei, ex-Fazenda, que assumiram mais uma vez o posto de articuladores, falsos e fofoqueiros, ganhando agora o reforço de Nahim, ex-Aprendiz. O marido de Andrea Sorvetão continua até mesmo com a mania de fazer sempre deitado seus conchavos pelas costas dos seus alvos: ou é na cama do quarto ou na casa da árvore.

Rita Cadillac, ex-Fazenda, chegou dizendo querer fazer diferente, mas continua usando a idade como argumento para tudo. Adriana Bombom, ex-Fazenda, repete a linha pobrezinha com cara de metida: “Minha mãe é empregada doméstica, dorme no emprego. Meus filhos preferem ficar na Barra da Tijuca”, contou ela na cozinha. Fábio Arruda, ex-Fazenda, repaginou as sobrancelhas e assumiu um ar enfadonho de quem entrou no jogo por falta de opção. Só falta pedir para sair como fez em 2009. Assim como Marcelo Iê Iê, que abandonou o “Power Couple” por problemas de saúde e tenta socializar, mas parece deslocado sem a mulher do lado, que era quem o dirigia na competição entre casais. São novos peões que podem dar ao reserva Rafael Ilha a chance de entrar no jogo.           

Já Yuri, ex-BBB, de novo deu a largada para formar casal logo no segundo dia, tendo como alvo Monick, ex-Casa. A moça deve estar deslumbrada por sair de um confinamento com 99 anônimos para dividir os holofotes com outras 15 “celebridades”.  Nas redes sociais os internautas não gostaram e reagiram lembrando que em 2014 Yuri foi preso por agredir sua namorada. De qualquer forma, Matheus, ex-BBB, tenta fazer o mesmo cercando Ana Paula Minerato, vice-campeã da “Fazenda 8”. Diferente de Marcos, ex-BBB, que parece ter entrado no programa para aproveitar qualquer conversa em que possa discursar contra sua expulsão do reality da Rede Globo. Por isso seu áudio já foi cortado mais de uma vez no ao vivo da internet. Outras duas ex-BBB, Flávia Viana e Monique Amin tentam recuperar o tempo em que ficaram fora do ar e caíram no esquecimento do grande público. Flávia teve a sorte de ser a primeira líder, enquanto Monique vai ter que se esforçar muito para não passar em branco. Nicole Bahls voltou para a baia de suas cabras e parece nunca ter saído da “Fazenda 5”. Aritana, por sua vez, está usando seus dotes culinários de ex-MasterChef e com isso pode se tornar uma das maiores jogadoras dessa edição. Afinal, é na cozinha que acontecem os encontros mais acalorados.


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terça-feira, 12 de setembro de 2017

“Dancing Brasil”: Voto popular elimina Carla Prata e salva Milene Domingues, que fica pela sexta vez entre as piores notas da noite


A eliminação de Carla Prata do “Dancing Brasil” nessa segunda-feira (11), na Record, não causou tanta reação na web quanto o fato de Milene Domingues ter sido salva mais uma vez pela votação feita através do site do programa. É uma situação curiosa, pois faz uma divisão dentro do conceito de público, colocando telespectadores de um lado e internautas do outro. Nas redes sociais, muitos reclamam o fato de a rainha das embaixadinhas ter conseguido escapar da eliminação pela sexta vez, enquanto participantes com melhor desempenho e melhores notas dos jurados deixam a competição. Realmente, a culpa não é do júri, formado por Fernanda Chamma, Jaime Arôxa e Paulo Goulart Filho, que tem sido rigoroso em suas avaliações desde a estreia. Em nenhuma semana Milene conseguiu escapar da Zona de Risco, etapa em que os três piores disputam a permanência na disputa.

Vale lembrar ainda que na novidade da noite, a Batalha de Duplas, em que os jurados comandaram os ensaios dos concorrentes e seus professores, Milene enfrentou Carla dançando Zouk, com coreografia criada por Jaime Arôxa. E na hora da apresentação, Arôxa, Fernanda e Paulo elegeram como melhor apresentação a da modelo e seu instrutor, Bruno. Justamente a dupla que foi eliminada na votação popular. Ou seja, não é à toa que alguns internautas estejam afirmando que se na decisão final prevalecer o voto do público, a ex-mulher de Ronaldinho deverá levar o título de campeã. Yudi Tamashiro é outro que tem sido visto como queridinho do programa, só que seu desempenho está sempre os melhores. Tem ainda a jogadora de vôlei Jaque Carvalho, a funkeira Lexa e a ex-Tiazinha Suzana Alves, com seus respectivos bailarinos, correndo por fora. Na próxima segunda-feira, duas duplas serão eliminadas e três disputarão a final na semana seguinte.


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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

“Dança dos Famosos”: Ausente, Carolina Kasting é desrespeitada ao ser alvo de piada e deboche em quadro do ‘Domingão'


Deselegante e desnecessária a forma como foi tratada no “Dança dos Famosos” desse domingo (10), na Rede Globo, a nota 9 dada por Carolina Kasting para Mariana Xavier, há duas semanas quando ela participou como jurada técnica no quadro do “Domingão do Faustão”. A polêmica, que estava quieta e Fausto Silva incentivou que fosse reativada hoje, surgiu quando após rasgar elogios à performance de Mariana no forró, Carolina não deu a nota máxima esperada por ela. No ato, a atriz avaliada fez uma cara de espanto que acabou gerando memes na internet. Só que o que deveria ser apenas uma brincadeira tomou outras proporções e Carolina, que tem formação de bailarina clássica e por isso foi convidada a ser jurada técnica, passou a ser alvo de haters e a sofrer ameaças pelas redes sociais. Em um primeiro momento, Mariana saiu em defesa da outra atriz, mas, inexplicavelmente, mudou de postura e passou a instigar as manifestações contra a tal nota 9.

O absurdo começa pelo fato de alguém sentir-se tão incomodado com o fato de não receber uma nota máxima. É o cúmulo do ego inflamado. E esse absurdo toma proporção maior quando o próprio apresentador do programa resolve dar espaço para que o assunto volte à tona de uma forma debochada, grosseira e constrangedora. No vídeo em que são mostrados os ensaios dos participantes, Mariana apareceu nessa semana dizendo para seu professor, sem citar o nome de Carolina, que o caso poderia render um “processo por dano moral por quebra de expectativa”. E ainda soltou um palavrão ao responder a quem pediu para ela maneirar na demonstração de insatisfação: “Disfarça o cacete. Não sei ser assim”, afirmou ela de forma ensaiada e em um tom disfarçado de ameaça, enquanto seu coreógrafo apenas ouvia. Ficou feio, pois Carolina Kasting não estava no programa, logo foi um deboche feito pelas costas da atriz.

Para piorar, Dan Stulbach, colega de elenco de Mariana em “A Força do Querer” que estava como jurado artístico do ritmo funk, fez piada ao largar um “Você é um monstro, menina”, repetindo as palavras de Carolina, dando risada, para depois dar nota dez. O ator parecia até estar tentado reviver seus tempos de apresentador engraçadinho do “CQC”, da Band. E teve apoio da atriz Fernanda Souza, que também estava na bancada, pegou carona e disse que pretendia fazer a mesma brincadeira se fosse chamada antes, para depois dar dez. Nego do Borel, o terceiro jurado artístico, não se meteu e apenas repetiu a mesma nota máxima que já estava dando para todas as participantes. Na parte técnica, a bailarina e ex-assistente de palco de Faustão, Carol Nakamura, também deu dez, afinal ela agora está investindo na carreira de atriz e não quer queimar seu filme. O único que realmente levou a sério a sua função de analisar a parte técnica das apresentações foi o coreógrafo Octávio Nassur, que deu nota 9,7 para Mariana.

A ideia de contar com três artistas e dois bailarinos profissionais na bancada de jurados gera controvérsias no “Dança dos Famosos” desde a estreia do quadro, há 12 anos. Principalmente porque o júri artístico está mais preocupado em não criar animosidade com seus colegas e acaba achando tudo sempre lindo e maravilhoso. O que ainda salvava em anos anteriores eram os jurados técnicos. Mas nessa décima quarta edição da competição, o programa perdeu coreógrafos de peso na bancada, como Jaime Arôxa e Fernanda Chamma que estão fixos no “Dancing Brasil” da Record, e resolveu misturar profissionais renomados a atrizes contratadas da casa que também têm formação de bailarinas. Só que não tem como atrizes como Claudia Raia e Carolina Kasting fazerem um julgamento cem por cento isento de qualquer tipo de relacionamento profissional com seus colegas atores que estão dançando. Deu até pena ver Carol Nakamura cair de paraquedas na bancada, pois estava visivelmente despreparada para tecer qualquer comentário realmente técnico ou assumir a responsabilidade de dar nota a concorrentes mais tarimbadas em um meio onde ela está apenas engatinhando.

De qualquer forma, enquanto episódios constrangedores como o vivido por Carolina Kasting forem tratados com a falta de profissionalismo e a total indelicadeza como foi por parte da direção e do apresentador do “Domingão do Faustão”, cada vez mais a bancada de jurados do quadro perderá credibilidade. E menos profissionais realmente sérios vão aceitar qualquer convite para fazer parte do júri técnico.



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domingo, 10 de setembro de 2017

“Popstar”: Final tem vitória previsível de André, Xuxa no repertório de Eduardo e apresentadora dividindo gafes com jurados


Sem maiores surpresas ou novidades, o “Popstar” chegou ao final nesse domingo (10), na Rede Globo, com a vitória previsível de André Frateschi. Não que o cantor e ator não tenha merecido, já que suas performances sempre estiveram à altura de um profissional. E é aí que está o problema, pois a competição foi anunciada como sendo entre artistas que não tivessem a música como principal profissão. O que não é o caso de André, músico desde os 16 anos e atuante no cenário musical profissional desde 2006, que chegou até a usar suas apresentações no programa para divulgar sua turnê de shows como vocalista do Legião Urbana. Ou seja, sua seleção desde o início foi injusta com aqueles concorrentes que eram autênticos “cantores de chuveiro”, como os atores Murilo Rosa, Fabiana Karla, Érico Brás, Lúcio Mauro Filho, Marcella Rica e Eduardo Sterblitch, além dos repórteres e apresentadores Alex Escobar e Rafael Cortez. É verdade que havia o grupo formado por Thiago Fragoso, Cláudio Lins, Sabrina Parlatore, Marcelo Mello e Mariana Rios, que também não são cem por cento iniciantes na arte, pelo contrário, todos trazem alguma preparação na bagagem. Mas isso só deixa mais claro que para a segunda temporada, que já foi confirmada, a direção do programa deveria definir melhor seus critérios de seleção para não haver essa disparidade entre um concorrente e outro.

Apesar do resultado previsto, a final teve aqueles momentos fora do roteiro que só o “ao vivo” permite, como a câmera mostrar Toni Garrido na bancada de jurados bocejando mais de uma vez. A primeira foi quando Sabrina estava cantando e a outra, coincidentemente, foi na vez de Cláudio Lins, para quem o técnico não bateu o botão e tentou argumentar que na semana passada o voto de Dinho Ouro Preto foi registrado mesmo a luz não tendo acendido. Fernanda Lima rebateu dizendo que da vez anterior a falha não tinha sido do jurado. Pouco depois foi a vez de a apresentadora ter que se desculpar por trocar o nome de Toni Garrido pelo do Titã Toni Bellotto. Mas o vocalista do Cidade Negra também teve seu momento de destaque ao ser o único a não bater o botão para André Frateschi quando só restavam ele e Cláudio Lins na disputa pelo prêmio de R$ 250 mil e um carro Zero Km. “Eu tenho o direito de esperar o outro candidato se apresentar para decidir se dou ou não meu ponto para ele também”, afirmou Toni, recebendo o apoio dos demais jurados. “Mandou bem, Toni”, gritou Preta Gil na bancada.

Teve ainda o momento “tensão disfarçada” quando Eduardo Sterblitch apareceu em sua segunda apresentação cantando “Lua de Cristal”, hit da Rainha dos Baixinhos que agora está na Record. Maria Rita chegou a se esconder atrás da bancada e o humorista acabou tendo a pontuação mais baixa de toda a competição, com apenas dois jurados apertando o botão. Mesmo sendo eliminado, Edu não se deixou intimidar pelas críticas por ter escolhido uma canção conhecida na voz de Xuxa Meneghel e devolveu a moeda recitando versos da letra como: “Todos somos um e juntos não existe mal nenhum”, calando a voz da “intelectualidade” reinante entre os jurados. Mas a gafe maior que talvez tenha passado quase despercebida foi de Paula Toler ao tecer uma crítica disfarçada de Ivan Lins dizendo que Cláudio Lins “em termos de voz” é muito melhor do que seu pai. “Evidentemente é um compositor espetacular, mas cantando...”, e Fernanda Lima falou em cima, para Paula encerrar a frase com um “é incrível” fora de nexo. A ex-vocalista do Kid Abelha deve ter se esquecido de que seu começo de carreira também foi bem sofrível “em termos de voz”. De qualquer forma, fica a dica de que, para a segunda temporada, o cuidado na seleção de participantes da competição deve ser igualmente aplicado na escolha dos técnicos e especialistas convidados para compor o júri.



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sábado, 9 de setembro de 2017

“MasterChef Profissionais”: Sem inovar, temporada estreia igual edição anterior, inclusive no amadorismo de cozinheiros


A estreia do “MasterChef Profissionais 2” foi uma espécie de déjà vu do que foi mostrado no episódio inicial da primeira temporada da competição culinária exibida pela Band. Faltaram novidades ao programa que foi ao ar nessa terça-feira (5). Exatamente como no ano passado, três participantes foram eliminados em provas que pediam releitura, agora chamada de “reinvenção”; técnica, rebatizada de “habilidade”, e serviço, que não mudou de nome. Sendo que a prova de serviço dessa vez foi facilitada com apenas 30 convidados, um terço a menos do que na edição anterior. Ou seja, não correspondeu ao discurso inicial de Ana Paula Padrão de que nessa nova temporada “os competidores são ainda mais experientes e as provas mais desafiadoras”.

Mais uma vez o que se viu foi um desfile de profissionais enaltecendo suas experiências em restaurantes internacionais, mas se comportando como amadores na hora de colocar a mão na massa. Como pode uma cozinheira profissional e professora de gastronomia como Berta se apavorar ao ter que fazer uma releitura da feijoada dizendo “feijão não é minha praia”? Pior mesmo foi Pedro ter se confundido e usado açúcar no lugar de sal em sua receita. Não foi à toa que foi um dos três eliminados. Na linha dos atrapalhados, em que Priscylla não sabia nem ligar uma batedeira, agora teve Ravi não conseguindo ajustar o aquecimento do forno. Pode-se dizer que dessa nova turma, Clécio promete fazer muita graça tietando os jurados com seu jeito mineirinho de ser. Só precisa cuidar para não extrapolar na bajulação e acabar ficando chato. Não é o caso de Lubianka, que já conquistou a antipatia da maioria do público por misturar inglês com português em todas as suas falas. Realmente não justifica esse exagero na mistura dos idiomas apenas pelo fato de ser filha de mãe americana e já ter morado 20 anos nos Estados Unidos, afinal ela é pernambucana como seu pai e está de volta ao Brasil há sete anos. Nem seu sotaque é tão marcante. Ou seja, está querendo mesmo é fazer tipo.

E se antes havia dois cozinheiros que já haviam trabalhado juntos, Ivo e Dayse, o grupo de agora tem Pablo, que já fez parte da equipe do restaurante de um dos jurados: Érick Jacquin. “Mas aqui vou ser mais exigente”, avisou o chef francês ao participante. À primeira vista, no entanto, Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella, não estavam tão rígidos em seus julgamentos como aconteceu na estreia com os Profissionais da primeira temporada. Enquanto alguns internautas (certamente vegetarianos e veganos) criticavam o fato de terem sido mostradas carcaças de leitões que seriam usadas em uma das provas, Paola elogiou com propriedade a destreza de Edney ao cortar o animal. “Difícil encontrar hoje um cozinheiro dessa geração que saiba despostar, porque as postas já vêm prontas”, observou a chef argentina. Ou seja, a patrulha na web foi apenas mais uma tentativa de sensacionalismo desnecessário. Resta esperar com o que vão implicar no próximo episódio, quando a primeira prova da Caixa Misteriosa trará apenas ingredientes para a execução de um menu vegetariano.


Sobre a estreia da primeira temporada:
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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

“A Casa”: Clima descontraído de show e anúncio de segunda temporada se sobrepõe a anúncio de vencedora em final ao vivo


A final de “A Casa” nessa terça-feira (5), na Record, apostou mais na linha de show do que propriamente no formato tradicional usado em reality show de confinamento. Após dois meses no ar, dos cem participantes iniciais restaram quatro, justamente o número de moradores para o qual havia acomodações suficientes durante todo o jogo. Não foi nem preciso chamar caravanas para fazerem às vezes de torcida, pois os próprios “expulsos” da casa foram suficientes para ocupar os lugares na plateia. Até mesmo os finalistas foram levados para o palco para somente ali saberem o resultado das últimas provas, gravadas previamente, e então descobrir os dois nomes que seriam submetidos à votação do público. E não foi com muita surpresa que a campeã foi a jovem estudante universitária Thaís Guerra, levando o prêmio de R$ 436.772,00, que foi o que sobrou da soma inicial de R$ 1 milhão.

Indiferente às críticas e à baixa audiência, Marcos Mion não se deixou abater e anunciou com a maior empolgação que haverá, sim, uma segunda temporada. Além de confirmar a notícia, o apresentador ainda abriu na mesma hora uma votação para que o público escolhesse 20 ex-participantes para voltar na próxima edição. A melhor parte, no entanto, foi uma edição especial do “Vale A Pena Ver Direito”, quadro tirado do seu programa “Legendários”, em que são mostrados os momentos mais bizarros e engraçados dos confinados. Assim como ajudou a presença de Fabio Porchat, que emendou seu talk-show na final ao vivo, como tem feito nas finais dos realities da emissora.

Sem dúvida alguma, Mion é quem realmente conseguiu segurar “A Casa” na grade da programação. Se for analisado com profundidade, trata-se de um reality que proporciona um entretenimento de gosto duvidoso ao submeter pessoas a privações de necessidades básicas, principalmente alimentar e de higiene, o que acaba expondo a todos a riscos de doenças infecciosas e contagiosas. Mas, como todos são adultos e estão conscientes de tudo ao assinarem seus contratos, cabe a cada um arcar com os ônus que podem advir de possíveis bônus. Espera-se, no entanto, que entre os ajustes a serem feitos na próxima temporada haja maior cuidado da direção e dos realizadores do programa em relação à função social que deveriam e podem exercer em rede nacional.


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terça-feira, 5 de setembro de 2017

“Dancing Brasil”: Alinne é eliminada após se desentender com seu coreógrafo e jurada reclama do excesso de choro de Milene


A noite foi de climão no “Dancing Brasil” dessa segunda-feira (4), na Record. Coincidentemente ou não, as duas participantes que tiveram as menores pontuações da noite, Milene Domigues e Alinne Rosa, não disfarçaram no palco a insatisfação em relação a seus técnicos, respectivamente os bailarinos Rafael e Ygor. O caso mais visível de falta de sintonia foi justamente da dupla formada pela cantora e ex-jurada do “X Factor”, da Band, que acabou sendo eliminada por ter recebido a menor pontuação dos jurados, os coreógrafos Jaime Arôxa, Fernanda Chamma e Paulo Goulart Filho, e a que recebeu menos votos dos internautas. Ao serem questionados no ar por Xuxa Meneghel se havia acontecido alguma coisa, Ygor foi o primeiro a dizer “Muitas coisas”. Alinne preferiu disfarçar perguntando: “Tá com tempo?”. Na verdade, o desentendimento aconteceu porque a cantora queria mudar a coreografia antes da apresentação, e seu instrutor não acatou a sugestão. A falta de sintonia prejudicou tanto a performance dos dois que foi percebida pelos jurados.

Já Milene fez questão de gravar um depoimento durante o ensaio, dizendo chorando que estava incomodada com a forma severa como estava sendo tratada por Rafael. “Você é bruto?”, indagou Xuxa. “Exigente”, respondeu o coreógrafo. E diante de tamanha infantilidade, Fernanda Chamma foi implacável: “Vamos parar de tanto chororô?”, pediu a jurada, referindo-se também à funkeira Lexa, outra que costuma chorar quando recebe críticas. Realmente, foi bem feio Milene querer jogar para seu bailarino a responsabilidade por seu desempenho, que tem sido um dos mais criticados pelo público através das redes sociais.

E se Alinne e Milene pecaram por acharem que poderiam se sobrepor a seus instrutores, Jacque Carvalho fez o caminho inverso. A atleta não apenas mostrou que está cada vez mais em sintonia com seu partner na pista, Marcelo, como não disfarçou sua insatisfação com as notas que recebeu dos jurados. Após terem tecido só elogios, Arôxa, Fernanda e Paulo deram nota 8, cada um, para a dupla. A atleta ficou literalmente de boca aberta com a soma de 24 pontos, empatada com Carla Prata. Realmente, as notas de Jaque não corresponderam aos comentários dos técnicos. Assim como a unanimidade de dez para Yudi está começando a ficar incoerente com o discurso na avaliação geral feita para os demais concorrentes.


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domingo, 3 de setembro de 2017

“Popstar”: Ana Carolina e Samuel Rosa se destacam por realmente atuarem como técnicos em semifinal que tem eliminação de dois cantores amadores e de um favorito


Às vésperas da final, o “Popstar” desse domingo (3), na Rede Globo, mostrou que, independentemente da falta de real comprometimento da maioria dos técnicos e especialistas que compõem o júri toda semana, quem decide mesmo é a plateia e os internautas. O público pode surpreender como fez hoje ao não contribuir para a permanência de Fabiana Karla e Érico Brás, apesar de toda simpatia e carisma da dupla, e de Thiago Fragoso, que até então era considerado um dos grandes favoritos da competição musical. Os três não estavam em seus melhores dias. Na primeira fase eliminatória, Érico foi traído mais uma vez pelo fone do retorno que caiu e, como na semana passada, exagerou na autoconfiança, retirando de vez o acessório, sem nem ao menos tentar recolocá-lo. Thiago, por sua vez, apesar de ter desafinado, foi mais prejudicado por não ter se apresentado com a mesma garra que vinha mostrando até então e por estar visivelmente fora do foco de concentração. Coincidência ou não, foi a primeira vez que ele não interagiu com seu irmão guitarrista enquanto cantava. Já na segunda fase eliminatória, Fabiana não foi feliz ao querer homenagear cantores nordestinos, seus conterrâneos, escolhendo duas músicas que exigiam além do seu fôlego.

Por outro lado, André Frateschi, que estava imune, carimbou sua preferência geral ao interpretar Nirvana, fazendo Dinho Ouro Preto quebrar o protocolo indo até o palco abraça-lo, soltando um palavrão pesado no ar, no meio da empolgação. O ator é um dos que está mais longe de ser cantor amador, pois continua em turnê como vocalista convidado da Legião Urbana, dentro de um projeto em homenagem a Renato Russo. Sabe-se lá se não foi para disfarçar que, semana passada, após cantar “Será”, de Renato Russo, ele foi avisado no ar por Dennis Carvalho, na bancada de especialistas, de que está escalado para a próxima novela das nove de João Emanuel Carneiro. Curiosamente, o diretor deu a notícia, inédita, logo após o produtor musical Paulo Lima, que também estava como jurado ter convidado o ator para uma conversa. Parecia disfarce de uma vitória já anunciada.

Ao menos André também tem aprovação do público: na última votação interativa em que conquistou imunidade ele levou nota acima de 9 tanto da plateia quanto dos telespectadores. Diferente de Sabrina Parlatore, que sempre leva dez dos jurados, mas nessa última apresentação a nota dada pelo público não chegou a sete: 6,62. Ora, se para ser um Popstar é preciso mostrar versatilidade, como ninguém cobra que Sabrina saia de uma vez de sua zona de conforto? A ex-VJ e apresentadora nada mais faz do que repetir o repertório do seu CD e dos seus pocket shows. Parece estar cantando sempre a mesma música, sensualizando de forma lânguida em figurinos que contribuem para o clima meio Jéssica Rabbit do filme “Who Framed Roger Rabbit”. Nesse ponto, Mariana Rios vem sendo mais perspicaz, pois se arrisca ao acatar todas as recomendações dos jurados, ora canta em inglês, ora em português; vai do romântico ao dance; faz tanto a linha intimista quanto a ousada, ou seja, não se acomoda.

Só falta mesmo é a direção do programa convidar para a final técnicos e especialistas realmente comprometidos com a função para a qual foram chamados. Foi constrangedor ver no live na web feito por Tiago Abravanel com os jurados nesse domingo, pouco antes de entrarem no ar ao vivo, alguns deles, como Elba Ramalho, defendendo que todos apertassem o botão para todos. Felizmente havia Ana Carolina e Samuel Rosa atuando como profissionais sérios e realmente fazendo uma avaliação técnica que contribuiu não apenas para os candidatos como para quem assiste ao programa. Que tenha mais especialistas como os dois cantores na final.


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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

“A Casa”: Formato inovador de reality é desperdiçado por falta de criatividade e de originalidade dos realizadores na Record


Após dois meses no ar, “A Casa” chegou ao último episódio gravado nessa quinta-feira (31), na Record, criando uma boa expectativa para a final que acontecerá ao vivo na próxima terça-feira (5). Tanto que conseguiu ficar em primeiro lugar nos TTs, ou seja, sendo o assunto mais comentado nas redes sociais, embora os baixos índices de audiência no ibope ainda não tenham garantido oficialmente uma segunda temporada da atração comandada por Marcos Mion. Um dos maiores problemas pode ter sido o fato de os realizadores não terem se empenhado em corresponder à expectativa inicial criada no público diante de um reality show com formato totalmente diferente dos similares já realizados na televisão brasileira.

Ver cem pessoas confinadas em uma casa preparada para abrigar apenas quatro moradores gerou curiosidade em como iriam se virar para manter a subsistência e de como seria a convivência, já que ninguém se conhecia. Ou deveriam não se conhecer, uma vez que foi descoberto no decorrer do jogo que havia um casal de ex marido e mulher no meio do grupo. Fato é que, passado o impacto inicial, novos acontecimentos geradores de outras curiosidades deveriam ter sido criados. O que inicialmente foi inovador acabou caindo na mesmice. Afinal, combinação de votos, briga por comida, casais se formando por conveniência e participante sendo beneficiado por um tratamento especial dado pelo apresentador, ora, isso o público está cansado de ver. E felizmente está aprendendo a como dar sinais claros de rejeição: seja pela falta de audiência, seja através de críticas pelas redes sociais.

A ideia de realizar provas para dar a oportunidade de recuperarem um pouco do dinheiro desperdiçado do prêmio final, que começou no valor de R$ 1 milhão, foi boa. Mas, faltaram criatividade e originalidade na elaboração dos desafios. Parecia estarem tratando com crianças do jardim de infância do século passado. A desculpa de pouco espaço não cola, pois quando o número de participantes reduziu e interditaram o andar superior, poderiam ter usado aquele cômodo para provas mais complexas. Só no penúltimo episódio resolveram fazer um quis, um jogo que pode ser sempre informativo e educativo conforme as questões formuladas. Uma pena, pois a decisão que sobrará para o público será entre pessoas inexpressivas que só chegaram à final através de conchavos sujos. Ou seja, a história se repete. E de reality inovador não sobrou nada. Se houver uma segunda temporada, será preciso fazer muitos ajustes para realmente manter o diferencial em relação aos demais realities de confinamento.  



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