Análise: A mídia explora crises entre casais de atores, mas não mostra ter noção do que se passa na relação íntima entre pessoas que vivem momentos distintos na profissão

Deve ser difícil para um casal de atores manter uma rotina normal no casamento na vida real quando cada um está vivendo um momento completamente distinto do outro na profissão. É o que acontece com Paolla Oliveira, a Paloma de “Viver a Vida”, novela das nove da Rede Globo, e Joaquim Lopes, o Lucindo de “Sangue Bom”, trama das sete da mesma emissora.

Enquanto ela faz a protagonista que vive um momento dramático, internada em uma clínica psiquiátrica, ele continua se divertindo no papel de um garanhão atrapalhado. A carga pesada que a atriz encara destoa da comicidade que faz parte do texto dele. Como “trocar figurinhas” interpretando personagens tão diferentes e com importância também desigual?

Não bastasse ter que conviver com momentos distintos dentro de casa, ainda há a mídia explorando não só as tramas da ficção, mas também da vida real. O mais difícil deve ser mesmo essa interferência externa de quem nada tem a ver com o interno. Se lidar com o interno sem interferência externa às vezes é complicado, imagine com essa intromissão não convidada, não tolerada, não permitida e não preparada para tal iniciativa? 

Apenas para pensar. Sem fazer qualquer juízo de valor.

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