Rodrigo
Sant'anna e Thalita Carauta são aqueles tipos de pessoas que nascem para
brilhar. Só é preciso aguardar o momento certo, pois, quando este chega, suas
estrelas reluzem tanto que até ofuscam outras que não souberam fazer bom uso de
seu momento de glória. Os dois formam uma dupla imbatível no “Zorra Total” e
vem a cada semana conquistando mais espaço. Rodrigo faz uma verdadeira
metamorfose e torna-se irreconhecível no papel da diarista Valéria, ex
Valdemar, pós operação. E Thalita é a inocente Janete, que, apesar de toda
feiúra, acredita ser uma mulher linda, sensual e irresistível. No programa
deste sábado (21), Janete anunciou o lançamento de seu livro “Os dez primeiros
passos para deixar os homens a seus pés”. Foi o que bastou para que muitas
dicas dos telespectadores fossem dadas na internet para tal “obra”.
O sucesso
dos dois artistas tem a ver também com a cumplicidade, que visivelmente não
acontece apenas em cena. Em todos os programas nos quais são homenageados é
nítida a naturalidade e sinceridade que há na relação de amizade. Em um meio
tão competitivo quanto é o artístico, muito mais do que outros em que mesmo os
egos sendo tão inflamados quanto, mas nos quais não há exposição na mídia, é
raro encontrar uma dobradinha tão equilibrada. Mas o que conta mesmo são as
caracterizações e atuações perfeitas. Tudo isso, claro, pontuado por um texto
inspirador da equipe de redatores do programa.
Valéria e
Janete estrearam com um quadro próprio no vagão do quadro “Zorra Brasil” em
maio do ano passado. De lá para cá eles só vêm ampliando a conquista de espaço
no programa. Nem mesmo a tentativa dos moralistas de plantão de tirarem o
quadro do ar pelo fato de, em algumas situações, Janete aparecer reclamando de
estar sendo bolinada no vagão do metrô, interrompeu a trajetória da
dupla.
Vale
lembrar que Rodrigo e Thalita começaram no “Zorra Total” como coadjuvantes de
Katiuscia Canoro, a Lady Kate. Eles apareciam nas cenas de “frashback” vivendo
os personagens Admilson e Crarete. Na época, Katiuscia, no ar desde 2008 com
sua Lady Kate, disse que a dupla tinha vindo do teatro, onde mostrava situações
engraçadas que acontecem no dia a dia do típico morador do subúrbio carioca, na
peça “Os Suburbanos”, para dar uma sobrevida ao quadro da perua que tinha como
bordão o “Tô pagano”. Sobrevida que acabou quando Admilson e Crarete viraram
Valéria e Janete. E o “Tô pagano” perdeu espaço para o “Ah, como eu to
bandida”.
É, talvez
o público se identifique mais com a falta de glamour da bandida...