Rodrigo Lombardi deve ter outro motivo para querer
dar um tempo na carreira de ator depois de “Salve Jorge” que não seja apenas o
de querer ter mais tempo para se dedicar a seu primeiro filho e ainda ter um
segundo. A cena protagonizada por Théo, seu personagem na novela das nove da
Rede Globo, no capítulo dessa quinta-feira (17), foi patética, revelando que aquele
que deveria ser o mocinho da história na verdade é um sujeito machista, egoísta
e mal-agradecido.
Explica-se: depois de ter reatado e ficado noivo de
Érika (Flávia Alessandra), o capitão reencontra Morena (Nanda Costa) e não
titubeia em levá-la para um motel. Após passar a noite com a ex que o abandonou
às vésperas do casamento para ir ganhar dólares na Turquia, ele simplesmente
fica furioso ao descobrir que Érika já sabia que Morena estava no Brasil e não
o avisou. De dedo em riste na cara dela, ele esbraveja: “Você sabia que Morena
tinha voltado e ficou mancomunada com minha mãe me induzindo a tomar uma
atitude rápida em relação a você”, gritou ele, achando-se cheio de razão. Ele
já não é bem crescidinho para assumir sozinho a decisão de ter assumido um
compromisso de noivado? É muito fácil pular a cerca e depois culpar a mamãezinha.
Mas é nojento ele ir jogar a culpa na própria noiva.
O pior mesmo foi acompanhar toda a sequência do
militar na cama com Morena ao som de “Esse Cara Sou Eu”. Definitivamente, a
letra da música de Roberto Carlos não traduz em nada o “Cara” que se mostrou o
personagem. Um cara que no início tinha fama de mulherengo, sempre foi manipulado
pela mãe, e que não tem o mínimo de sensibilidade em respeitar o sentimento dos
outros, como fez com Érika, traindo-a pela segunda vez com Morena. A autora
Glória Perez não devia estar em seu melhor momento de inspiração ao escrever
essas cenas tão pobres de qualquer tipo de romantismo.
Mais "Salve Jorge" aqui:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/12/salve-jorge-giovanna-antonelli-faz-uma.html