quinta-feira, 8 de junho de 2017

“MasterChef Brasil”: Falta pimenta, apesar da culinária baiana, com jurados contidos nas críticas e cozinheiros sem empolgação


Sem cozinheiro fazendo malcriação e sem jurado exagerando na agressividade nas críticas, o “MasterChef Brasil” dessa terça-feira (6), na Band, apenas cumpriu seu roteiro, sem grandes emoções. O episódio estava mais para um PF do que para um prato gourmet. A presença de duas baianas: a chef Dadá e a cantora Daniela Mercury, até conseguiu dar um tempero na primeira prova, mas nada que realmente apimentasse o programa. Nem mesmo a eliminação de Taise causou qualquer tipo de comoção. O que ficou visível é que os três jurados, Érick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella, estão mais cuidadosos com as palavras na hora de avaliarem os pratos. Talvez seja um efeito pós Caroline. Mas, por outro lado, os participantes não estão cozinhando com o mesmo sangue nos olhos de antes, alguns parecem desanimados. Não respondem mais nem o “Sim, chef” quando Paola fala. Até Miriam, que tinha fama de encrenqueira, está apagada, dando sinais de cansaço.

Tentando animar, Fogaça fez até um “gugu, dadá” esfregando os olhos igual criança e Daniela cantarolou seus sucessos. Já Ana Paula Padrão não foi feliz ao tentar descontrair dizendo: “É Bahia, mas não é devagar, não”. A observação foi deselegante, feita diante das duas convidadas baianas. E a tal alegria que a apresentadora e Jacquin exaltaram deve ter ficado só nos bastidores da gravação, porque na edição faltou ligar o trio elétrico na tomada.

Chamou a atenção ver Paola se policiando para não ser agressiva, quando já ia ser dura na crítica dizendo que tinha muito gengibre no caldo de sururu de Valter e Taise, ela parou e refez a frase: “Não é muito gengibre, tá errado, tem uma nota de temperos que apaga o caldo de sururu”. A chef argentina chegou até a se solidarizar com Victor e Michelle que erraram feio na massa do acarajé: “Tadinhos, falar o que, né?”. Realmente, a forma de apontar ou de encarar o erro do outro faz toda a diferença. E o momento bola fora de Jacquin aconteceu na Prova de Eliminação, quando o chef francês anunciou como algo surpreendente servir sorvete com carne: “É uma tendência forte na Europa, e o “MasterChef” trouxe essa novidade para vocês”. Como assim? Onde está o “lançamento” no programa se há quatro semanas Fernando fez um sorvete de cachaça de jambu de acompanhamento de um prato com peixe, vinagrete de feijão, e tapioca? Estão precisando refrescar a memória. E dar uma esquentada no programa, antes que essa quarta temporada desande de vez.


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